Lúcia e Ferreira

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Eu acordei as nove horas da manhã com os raios do sol entrando pela janela, sai me arrastando da cama e fui para o banheiro, tomei meu banho e escovei os dentes, sai do banheiro com a toalha enrolada no corpo e vi um bilhete no chão perto da porta, era de Gabriel.

Bom dia. Tive que sair cedo, Jonathan precisava se reunir provavelmente chegarei tarde, o café está na cafeteira e fique a vontade para comer o que quiser e Jonathan me deu instruções para você trancar a porta e não abrir para ninguém.
G.

Quantos anos Jonathan acha que eu tenho, ( não abrir a porta para ninguém) essa era boa, até parece que eu não sabia me cuidar.

Eu tomei o meu café da manhã e depois fiquei sentada olhando para o nada, pensando o que é que eu ia fazer naquela casa o dia todo, eu só conhecia uma pessoa e ela era a mais engraçada que eu conhecia, peguei o meu celular e liguei para Julie.

- Quem é vivo sempre aparece.

- A qual é? Você sabe que a minha vida está uma bagunça.

- Estou brincando sua louca, mas e ai fazendo alguma coisa legal no mundo do crime?

- Que nada, estou no maior tédio liguei para você porque é a única que sabe tirar esse tédio.

- Então que bom que ligou, estou no bar tomando algumas com Matheus.

- O que você está fazendo às 9:45 da manhã em um bar sua louca? Mas enfim, não posso ir no bar do Gângster, Jonathan provavelmente iria para lá e se me visse teria um ataque.

- A boa notícia é que eu não estou no bar do Gângster, estou no Jingle, vamos lá você pega um táxi e enche a cara com a gente.

- Tudo bem eu já estou chegando.

Fui correndo para o meu quarto e fui me arrumar, coloquei uma calça preta bem apertada e um top amarelo com uma jaqueta preta por cima, Jonathan morreria se me visse desse jeito, calçei um sapato de salto preto e sai de casa, eu tranquei a porta e peguei um táxi para o bar do Jingle.

O Jingle era um bar muito famoso igual ao Gângster, a diferença era que o Gângster era mais para os mafiosos e o Jingle não tinha tantos, os que mais frequentavam eram empresários, advogados e de vez em quando algum mafioso super rico dava uma passada por lá. Eu cheguei no bar às 10 horas em pontos, entrei e vi Julie sentada no banco do bar com Matheus, ele me viu e acenou, eu em direção deles e dei um abraço nos dois.

- Mais uma vez fugindo do chefão hein? A sua vida é emocionante.

- Fala isso porque não é você.

Eu me sentei no banco e pedi uma dose de vodca para o barmen e Julie pediu outra, ela virou para mime propôs um brinde.

- A Lúcia, a futura primeira dama da máfia.

Eu ri, nós duas brindamos e viramos a dose de vodca.

- Você é muito idiota.

- Vamos lá eu estou bêbada e além do mais eu não posso ficar feliz porque a minha amiga vai ser a primeira dama da máfia?

- Não sabia que eu ia me casar.

Nós duas olhamos para o lado e um homen alto com a barba por fazer, cabelos pretos e olhos castanhos claros ( é ele era um gato ) estava sorrindo para mim, um sorriso perigoso, muito perigoso e muito sexy.

- E quem é você?

- Me desculpe pelos os meu modos, Meu nome é Apolo, mas a maioria me conhece como Ferreira.

Eu congelei, não acredito que o homen que estava fazendo da minha vida e de Jonathan um inferno estava bem na minha frente e ainda por cima era super gato.
O barmen colocou outra dose de vodca no balcão, eu virei a dose de uma vez e levantei ficando de frente para ele.

- Então é você o cachorro filho da mãe que está infernizando a vida do meu namorado.

- Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Eu sabia que Jonathan tinha uma namorada, mas não que ela era tão louca a ponto de desafiar a morte.

- Você ainda não viu nada, você se acha não é? Mas deixa eu te falar uma coisa, você não passa de um merdinha querendo dar uma de machão.

Dois homens enormes de terno apareceram do lado de Apolo, eles ficaram me encarando com as mãos fechadas, eu logo vi que eram os capangas dele.

- E pode mandar os seus filhotes de pittbul se afastarem porque se eles encostarem um dedo em mim eles vão se arrepender.

Apolo começou a rir, ele passava a mão no queixo e me olhava com um olhar de quem não estava acreditando que eu estava fazendo aquilo.

- Porque os manés sempre ficam com as melhores garotas? Sabe garota eu gosto do seu jeito, poderíamos sair algum dia desses você não acha?

- Você é cara de pau assim mesmo ou é só hoje? Eu nunca sairia com você, eu só queria que você deixasse o meu namorado em paz seu verme.

- É melhor você ver como fala comigo se não eu vou tirar você daqui por esse lindo cabelo ruivo que você tem e quanto a Jonathan ele não vai se livrar de mim até pagar o que me deve.

Eu chamei o garçon e pedi uma garrafa de vodca.

- Eu não vou ficar aqui perdendo o meu tempo com você, agora se me der licença eu tenho que encher a cara Senhor Ferreira.

Eu chamei Julie e Matheus e eles me acompanharam, eu já tinha dado as costas para ele e eu ouvi ele elevando um pouco a voz para eu escutar.

- Eu prefiro que me chame de Apolo.

Eu me virei para encara -lo e disse.

- Vai pro inferno.

- Só se você for comigo.

Eu me virei e fui embora.
Julie e eu entramos no carro de Matheus e ele começou a dirigir em direção a sua casa, abri a garrafa de vodca e dei um gole no gargalo.

- Olha Lúcia se eu não soubesse o quão louca você é, a ponto de desafiar um cara que pode matar você em um segundo diria que está tentando se matar.

Falou Matheus.

- Então ele é o Ferreira, bom ele é um gato não me importaria se ele quisesse me sequestrar, me dá um gole dessa garrafa .

Falou Julie.

Eu ri do comentário dela e entreguei a garrafa, Matheus estacionou em frente a sua casa e descemos no carro, entramos na casa de Matheus , eu e Julie nos sentamos no chão da sua sala e Matheus ligou o som que estava tocando Bob Marley e voltou com uma caixa de chocolates.

- Você vai ficar aqui o resto do dia?

Falou Matheus.

- Na verdade eu não sei, é provável que Gabriel chegue em casa não me encontre e fique desesperado, só de pensar em Jonathan colocando a culpa nele.

- Mas e se Jonathan brigar com você?

Perguntou Julie.

- Eu se me virar com ele, apesar de tudo eu o amo, é só que não consigo ficar na casa de Gabriel sem fazer nada odeio ficar parada.

- Então pega essa garrafa e da aquele gole para ficarmos tão bêbadas igual fazíamos no orfanato.

- Falando em internato o que você está fazendo aqui?

- Eu fugi, na verdade eu bem que falei com a dona Rute primeiro, dizendo que eu iria embora.

- E aonde você vai morar?

- Comigo é claro. Falou Matheus.

- A meu Deus, vocês estão ficando? Desde quando? Não precisa responder é só chilique meu. Cuida bem dela Matheus.

- A ele faz isso muito bem querida pode confiar.

Ela foi para cima dele e o derrubou no chão ficando por cima dele enquanto o beijava.

- Vão para um quarto por favor.

Meu Namorado é um CriminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora