Quando é hora de viver e deixar morrer

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Apolo

Eu liguei para Lúcia para saber se ela estava bem, mas vou admitir que também liguei para saber se ela havia discutido com Jonathan, bom parece que essa parte tinha dado certo, mas não tão certo quanto eu esperava já que de alguma forma isso teve reflexo em mim.
Eu ainda segurava o celular no meu ouvido, não acreditando que ela tinha dito realmente aquilo para mim, e na esperança de que ela não tinha desligado o telefone, que estava apenas em silêncio e que pediria desculpas pelo o que tinha dito já que ela não queria ter falado aquilo, e eu claro aceitaria suas desculpas porque eu a amava, dez minutos se passaram e percebendo que isso não iria acontecer eu desligo o celular e fecho os meus olhos sentindo as lágrimas molharem o meu rosto e uma dor se apossar do meu peito, eu respiro fundo e abro os olhos completamente cegos de raiva, eu ia terminar o que tinha começado e não teria mais misericórdia de ninguém daqui para frente.

Lúcia

No momento em que desliguei o celular depois de ter dito tudo aquilo para Apolo o choro veio em seguida, eu segurava o celular em meu peito e o sentia subir por causa dos soluços.
Sinto duas mãos serem depositadas em meus ombros, elas fazem com que eu me vire e fique de frente para Jonathan, claro que eu já sabia que era ele, provavelmente ficou para escutar a conversa, mas fiquei quieta.
Ele olha para mim, seu rosto estava suavizado, com os dedos das mãos ele limpa as lágrimas que caíam pelo o meu rosto.

- Acredite foi melhor para você. - fala Jonathan.

- Para mim? -solto uma risada de incredulidade e tiro as suas de mim.
- Você acha que eu estou com cara de quem está melhor, eu estou acabada Jonathan, e isso que aconteceu foi melhor para você, não para mim, eu não estou nem um pouco feliz comigo mesma por ter feito isso.

- Não estou impedindo você de ir atrás e ficar com ele se é isso que você deseja. - ele fala sério.

- Acontece que não é ele com quem eu quero ficar.

- Você beijou ele, eu vi como vocês estavam envolvidos, você gosta dele.

- É eu gosto dele, me sinto culpada por isso mas não me sinto um monstro. Você sempre esteve um passo a frente dele, todas as vezes em que estive com Apolo você sempre estava comigo, nos meus pensamentos.

- E o que eu fazia você pensar?

- Que eu não deveria fazer aquilo, que eu tinha que me distanciar de Apolo, porque é você quem eu amo e a minha aproximação com Apolo era errada, mas a única atração que sinto por Apolo é física, se não fosse por isso nós seríamos amigos, ou não.

- Ele gosta de você e pelo o que conheço de Ferreira, ele não é um cara que desiste fácil.
Mas você não sabe quanta felicidade e alívio você me trouxe agora dizendo que mesmo estando com ele eu ainda rondava na sua cabeça, que sou eu quem você ama não ele, eu também te amo Lúcia não imagina o quanto, desde de que você se tornou minha eu não penso em outra coisa a não ser em você, mesmo tendo Ferreira na minha cola, e não importa o que aconteça, se for preciso morrer ou matar alguém para eu conseguir você eu vou fazer.

Queria ter palavras para responder o que Jonathan tinha acabado de me falar, mas nada concreto passava pela a minha cabeça eu apenas fiquei quieta de boca aberta olhando para ele. Quando me dei conta as primeiras lágrimas já desciam dos meus olhos ( mais que merda será que eu não ia para de chorar hoje), Jonathan com o seu polegar limpa as lágrimas do meu rosto, eu fecho os olhos e aprecio o seu toque.

- Tão linda. - Jonathan sussurra.

Abro os olhos e vejo uma lágrima escorrendo pelo rosto de Jonathan, com o meu polegar limpo a lágrima do mesmo jeito que ele.

Meu Namorado é um CriminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora