Reviravolta

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Minha visão ficou embaçada e logo as lágrimas estavam caindo pelo meu rosto, a Senhora Rute puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado me abraçando forte, eu me agarrei nela, não acreditava que aquilo estava acontecendo.

- Ela morreu ontem a noite, ela teve uma parada cardíaca, a amiga da sua mãe que ajudava a cuidar dela me pediu para eu lhe avisar que ela tinha morrido e que você iria morar com ela a partir de agora.

- Mas eu não conheço essa mulher, como eu posso ir morar com ela?

- A sua mãe deixou a sua guarda para ela mesmo você já sendo maior de idade ela não queria que você ficasse sozinha no mundo, o juiz já confirmou você irá embora hoje as cinco horas da tarde, é melhor você ir logo preparando as suas malas e ir se despedindo dos seus amigos tudo bem?

Eu confirmei com a cabeça e fui caminhando em direção ao meu quarto, eu ainda não estava acreditando no que eu tinha ouvido, eu sei que eu não via muito a minha mãe mas poxa era minha mãe. Eu abri a porta do meu quarto e Julie estava sentada na sua cama mexendo no seu celular, ela olhou para mim para falar algo irônico mas logo mudou de ideia quando viu como eu estava.

- O que foi que aconteceu Lúcia porque você está com essa cara?

- Minha mãe morreu Julie e agora vou ter que ir morar com uma completa desconhecida para quem minha mãe quis que ficasse responsável por  mim.

 Julie  não falou nada apenas me puxou e deitou comigo na cama e ficamos abraçadas, eu chorando e ela me dando abraços e beijos tentando me acalmar. Ficamos assim por um tempo até que ela começou a falar.

- Não acredito que você vai embora, essa é a pior notícia que eu já recebi, como nós vamos nos divertir agora ou melhor com quem eu vou me divertir?

- Você pode chamar a Alícia - Eu falei brincando com ela.

- Deus me livre aquela ali não vai aguentar nem o primeiro copo de álcool que derem para ela beber.

Nós duas rimos.

- Que horas você vai?

- Às cinco horas da tarde, eu tenho que fazer as malas você me ajuda?

- Claro.

Nós arrumamos minhas coisas em cada mala que eu tinha, eu fui tomar banho e decidi vestir uma blusa listrada com calças jeans e um tênis. Ás 16:30 todos os meu colegas e amigos foram se despedir de mim, a maioria chorou e é claro Julie estava aos soluços, ela foi comigo até o portão junto com a Senhora Rute para esperarmos o carro, exatamente as cinco horas uma BMW preta estacionou em frente ao portão, um motorista de terno e gravata saiu do carro e nos cumprimentou e falou que ele me levaria até a minha nova casa, eu me despedi mais uma vez de Julie e da Senhora Rute. O motorista do carro abriu a porta para mim, eu entrei com um aperto no coração e dei uma última olhada para minha amiga, o carro foi ligado e me levou para longe dali. Depois de 45 minutos, nós estávamos passando pelo centro da cidade e começei a sentir o cheiro de água salgada do mar.

- Em que bairro estamos? Perguntei ao motorista.

- Jurerê Internacional.

Uau, não acredito que eu ia morar ali, o bairro era cheio de casas enormes, não chegavam a ser mansões mas ainda sim eram as maiores casas que eu já tinha visto e ainda era perto da praia, paramos em frente a uma casa, o motorista entrou por um enorme portão de ferro que cobria toda a casa junto com o seu muro super alto e cheio de câmeras, assim que entramos avistei uma enorme casa branca com um jardim impecável com uma fonte em frente a casa, o motorista parou o carro e abriu a porta para mim.

Meu Namorado é um CriminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora