Capitulo 01 - Ana Macread

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GOSTARIA DE AGRADECER À TODAS AS MENSAGENS DE CARINHO QUE RECEBI NESSE PERÍODO DE RECLUSÃO E APRENDIZADO. FOI UM PERÍODO DIFÍCIL, MAS NECESSÁRIO PARA O MEU CRESCIMENTO E AMADURECIMENTO PROFISSIONAL.

A HISTÓRIA "O SEGREDO DA FERA" SERÁ PUBLICADA NOVAMENTE COM TODOS OS CAPÍTULOS REVISADOS.

ESTOU ANSIOSA PELO RETORNO E DEIXO AQUI MINHA GRATIDÃO EM FORMA DE PALAVRAS.

COMENTEM BASTANTE E ME AJUDEM A DIVULGAR ESSA HISTÓRIA LINDA...

BJS,

DANNI MOREIRA.





O inverno ainda está muito denso e a chuva que antes não vinha, agora não cessa. O solo segue encharcado há mais de três dias, a terra molhada reflete apenas o clarão que rasga o céu seguido de uma trovoada e as árvores se escondem na escuridão da noite.

Forest fica em meio à uma densa floresta e não pode ser considerado um lugar que recebe muitos viajantes. As casas são modestas e apenas poucos lugares se destacam, mais especificamente três mansões, que dificilmente recebem manutenção. Ruas de pedras se estendem do começo ao fim da vila e sua economia vem de poucos comércios que arrendam o suficiente para sustentar os mais pobres e manter o luxo dos mais ricos.

Casas feitas de madeiras e pedras contornam a beira da estrada, é um lugar que parece estar sempre noite. Vemos luzes em toda vila, porém é difícil enxergar com toda essa chuva.

O vidro embaçado emoldura as feições delicadas de Ana, seus olhos verdes olham atentos às nuvens carregadas, seus cabelos negros e longos até a cintura herdados de sua mãe refletiam o clarão da lareira acesa. É possível afirmar que Ana e sua irmã Liza são muito parecidas, e se não fosse pela diferença em suas personalidades, seriam quase gêmeas. O crepitar das chamas é o único som a ser ouvido, a luz que emana do fogo ilumina o cômodo simples, deixando-o mais aconchegante e quente.

O espaço se resume a apenas um sofá de dois lugares marrom e uma poltrona da mesma cor gasta pelo tempo. Ao centro, uma mesa seminova que o pai acabou de comprar e um tapete feito no mercado da cidade grande.

Ana olha para a longa floresta escura que se estende para longe.

- Essa tempestade irá atrapalhar o baile de inverno dos Louise. - Catrina quebra o silencio, com seus trinta e cinco anos ainda era uma bela mulher, os cabelos escuros presos em um coque alto não encobria o brilho, a idade não fora inimiga de sua beleza muito pelo contrario Marcos a elogiava sempre que podia.

- Mamãe, você sabe muito bem que essa chuva constante é irrelevante, não importa se está ou não caindo o céu, eles darão o baile. - Liza sentada ao lado da mãe que por sua vez, olha para a irmã com um olhar zombeteiro e fala:

- Talvez você tenha a sorte de achar um marido Ana, nosso pai iria ficar muito contente.

- Liza! - Catrina repreende a filha caçula.

- O que foi mamãe? - Ana a encara - a senhora mais do que ninguém sabe que não importa quem seja meu marido, desde que tenha um bom berço. - faz uma pausa e suspira - Casar é apenas conveniência para nosso pai.

- Não diga isso Ana! Seu pai quer somente o seu bem, ele sabe como faz diferença na sociedade uma mulher bem casada. - diz Catrina descontente com o comentário da filha.

- Queria que meu pai se importasse assim comigo, eu quero me casar! - Liza adora se lamentar, se ela agisse como a irmã, talvez seus pais se cansassem e a deixassem em paz.

No entanto nunca demonstra seu ressentimento, Liza sempre quer coisas que Ana não concorda. A menina quer que a irmã viva histórias regradas por mulheres que não conseguem guardar seus comentários maldosos sobre as vidas alheias.

O Segredo da Fera ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora