Green is my favorite color

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Gerard estava vencendo o jogo contra o orgulho de Iero, que tinha a própria barreira sendo quebrada aos poucos. Enquanto Gerard se divertia as custas de tudo aquilo, e Jamia continuava desconfortável sozinha na mesa esperando que Frank voltasse o mais rápido possível.

"Gerard, por favor, não se aproxime tanto." Frank praticamente gritara a grande mentira, mas também tendo a esperança que alguém aparecesse naquele banheiro e parasse com as gracinhas de Gerard, que não perdia tempo em se aproximar cada vez mais.

Com a cintura encostando nas costas curvadas do menor, por um tris de alcançar seu traseiro, o que temia Frank. Gerard mordia os lábios fortemente para conter uma risada, observando também como as bochechas de Iero se encontravam rosadas refletidas no espelho.

"E se eu abaixar um pouco mais..." Gerard pronunciou lentamente com um tom malicioso, quase em um sussurro, que fez o pequeno estremecer, assim que conseguiu prender o menor contra a beirada da pia, abaixando um pouco mais seus quadris, friccionando-se nas nádegas do menor, que assim que sentiu a presença inesperada do outro, estremeceu e tentou sair dali.

Frank soltou algum som aparentando um gemido, o que fez os olhos de Gerard saltarem alegres, como se estivesse recebendo um troféu ali mesmo. Derrubar toda aquele enorme muro protetor de Iero, era mais do que uma vitória para Gerard, que não pensava em parar.

"Seus olhos esverdeados brilham intensamente, como se você pudesse carregar em suas íris um pedacinho da galáxia." O maior disse grandiosamente passando uma das mãos pelos cabelos de Frank, que olhou para baixo tentando enganar sua face para negar um sorriso.

Ele havia amado aquela frase.

"Verde é a minha cor favorita." Gerard voltou a falar, se desiquilibrando um pouco e movimentando seus quadris, fazendo que aquele movimento acordasse algumas coisas.

"Eu não vou ficar mais aqui!" Frank bufou irritado, conseguindo se desprender de Gerard, saindo daquele banheiro como um furacão.

Chegando à mesa, onde Jamia já roía as unhas totalmente entediada enquanto se perguntava o que havia feito de errado para Iero tentar desaparecer de perto de si.

"Não estou me sentindo muito bem, vou-me embora, me desculpe." Iero disse nem se sentando a mesa, abrindo a carteira e jogando algumas notas na mesa. Mal olhou para trás e continuou caminhando até a saída, tentando esquecer o que havia acontecido ali.

Procurou por um táxi, mas nada encontrou naquele momento. Parecia que o mundo havia se virado contra si e tudo o irritava como nunca! O garoto já colocara as mãos nos bolsos e caminhava até o que parecia ser o caminho de sua própria casa, dando passos pesados demostrando sua irritação para aqueles que passava aos cantos da rua, que ainda não estava deserta.

Assim que sentiu algumas gotículas geladas tocar seus ombros, que pousara por seus ombros, já estava pensado em se jogar na frente de um dos carros ali próximo à rua, pois aquele dia não estava sendo nenhum dos melhores, e francamente, estava só piorando cada vez mais.

Virou os olhos como uma criança birrenta seu brinquedo, até sentir uma curta dor por a baixo de seu ventre, o que custou olhar para baixo e acabar percebendo um dos piores problemas que tinha naquele momento.

É claro que ele queria assassinar Gerard naquele segundo, tendo certeza que o faria se o outro aparecesse na sua frente exatamente agora. Já que Iero começara a distanciar um pouco mais as pernas enquanto caminhava, pois uma ereção estava o incomodando mais do que tudo.

Xingou Gerard mil vezes e de mil nomes horrendos possíveis, deixando que a chuva molhasse seus cabelos e escorresse por seu rosto, se emendando com a raiva que corria por suas veias e com a enorme vergonha da fraqueza por se sentir atraído por alguém que só pensava em se divertir as suas custas.

Depois de longos e longos minutos, que quase enlouqueceram o pequeno Iero, finalmente ele conseguiu ver sua casa no meio da escuridão. Apresando ainda mais o passo, para conseguir chegar em sua casa, se jogar no primeiro móvel confortável que viria e chorar como um perdedor.

Tirou as chaves dos bolsos, abrindo o portão e trancando-o em seguida, tendo certeza disto desta vez, fazendo o mesmo com a porta. Ensopado, molhando o carpete, nem estava louco o bastante para molhar o estofado do sofá se deitando ali ou mesmo sua própria cama. O que obrigou o menor ir até o banheiro.

Já dentro do box, ligou o chuveiro tentando se decidir em um banho com água fria para acalmar "certas coisas" ou um com água quente para não matá-lo por causa de sua exposição a chuva gélida com um vento horroroso durante todo o trajeto de volta para casa.

Mal se teve tempo para pensar, pois a porta do banheiro rangeu estranhamente, como estivesse sendo sorrateiramente aberta por alguém. O menor sentiu um arrepio de medo percorrer seu corpo, lembrando-se que estava despido e que poderia ser uma visita nada agradável.

Olhou para os lados, tentando procurar algo para se proteger de quem que fosse ali, se sentindo tão idiota por segurar o maior vidro de shampoo que encontrara, pensando que se alguém aparecesse ali sem ser convidado, acabaria por nunca mais voltar.

Se sentindo em uma cena de filme de terror, Iero choramingou baixinho, deixando uma pequena lágrima escapar e correr por seu rosto úmido da chuva. Um breve ruído foi ouvido e em seguida o box foi aberto, vagamente, por mãos cumpridas que tomaram toda a extensão do vidro.

"Quem é você?" Iero gritou ferozmente, dando alguns passos para trás, escorregando e batendo com as costas contra a parede, o que o fez xingar baixo e se segurar para não começar a chorar.

Um rosto desconhecido apareceu contra a fresa aberta do box, fazendo os olhos do menor se arregalarem, pois no fundo, ele esperava que fosse Gerard novamente, e nem se importava tanto se fosse, pois querendo ou não, o outro já havia ganhado a confiança do pequeno.

"Shh, fique quietinho, meu amor." Um rapaz ainda estranho para nós, nojento segundo Iero, com seus cabelos negros ensopados de óleo, que pareciam sem lavar a meses, com as pupilas dilatadas e com as mesmas roupas pretas rasgadas de sempre, se aproximava cada vez mais do corpinho do outro pressionado contra a parede.

Johannes Forster.

Fazia anos que Frank não o vira, que poderia ser classificado como ótimos anos, pois aquele rapaz ali, foi o primeiro namorado do menor que estava ainda na escola, quando acabara de descobrir melhor sobre seu gosto por meninos e não por meninas. O que temia, era que ele não havia aceitado o término, sumido por meses a fio, parecido ter morrido de tando se drogar como antes.

Mas ele estava de volta, estava ali, próximo de Iero, ficando ainda mais perto.

Continua...

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