"Acho que não é o que você diz
O que você diz é muito complicado
Por um minuto
Eu não poderia dizer
Que 'vou cair fora'
São vinte segundos até a última chamada
(...)
Não é um milagre que precisamos
E não, eu não deixarei você pensar assim"➸❥ Birdy - 1901
__________❥__________* Miranda *
O cheiro artificial de eucalipto vindo de aromatizador do carro me deixava tonta, mas eu iria aguentar, só mais alguns metros, pelo menos era o que ele me prometia.
A chuva riscava o vidro perfeitamente, trazendo toda as lembranças indesejáveis para cima de mim novamente, mas eu forçava o sorriso, era o que eu teria de garantir até o nosso destino.
Ele faz a volta em uma praça da cidade muito movimentada, que possuía ali em torno vários restaurantes românticos, com arbustos em vasos nas laterais, aquelas luzes que deixavam o clima romântico para ser sentido a flor da pele. Sorrisos e casais espalhados por aí, sentados em mesas na parte de fora, mas coberta, dos lugares, os protegendo da chuva.
Meu coração acelerou ao perceber que ele já estacionava, tão rápido e ouvi minha respiração travar ao exato instante que ele puxa o freio de mão.
Tão galanteador, com aquele olhar manso, aquele sorriso combinando com todo seu vestuário despojado de menino universitário, tudo parecia puro, mas ... Tão igual aos outros, tão superficial.
- Pronta? - ele pergunta, enquanto destravava as portas
Sem ter certeza, assenti com a cabeça, tentando transparecer uma calma na áurea, que não existia realmente.
Matheus sai como uma flecha do automóvel e contorna aquele rapidamente, fazendo o gesto de cavalheirismo de me abrir a porta, antes que eu mesma fizesse tal coisa de uma forma descontraída, despreocupada com tal atitude.
Era errado, eu estava me enganando e enganando um coração super inocente nessa história inteira.
Ele me abraçou junto de sua cintura, me deixando sem escapatórias pelas laterais, que já estavam me sufocando de tal forma. Aquele perfume, era igual, era torturante, era dele, era extremamente estranho.
Matheus me conduz até o restaurante mais marcante daquela rua.
Debaixo de uma cobertura com plantas e flores emaranhadas nas estruturas e pequenas velas em tons pasteis, em cima daquela mesa, a nossa mesa, coberta por um pano fino e branco, era um clichê completamente sofisticado, até demais para mim.
Ele me puxa a cadeira em mais um de seus atos de cavalheirismo, eu que já ia guardando tudo o que tinha em mãos dentro da pequena bolsa, que deixo recostada na cadeira vazia ao meu lado.
Assim que Matheus se senta, um garçom vem nos atender, oferecendo o especial do chefe, que parecia tentador e interessante.
Segundos depois, o mesmo nos vem com uma garrafa de vinho, eu nunca havia bebido, mas já me disseram que era a mesma coisa que suco de uva engarrafado e rotulado, com alguns meses contados, ou até anos.Assim que vejo o líquido pintar as taças de forma rápida, tenho a certeza de que estava fazendo a coisa errada, mas suspiro e ao me perguntar se estava tudo bem, Matheus acaba deixando escapar um olhar intrigante em minha direção.
Ele engatava uma conversa atrás da outra e eu, fingia que estava interessante, os assuntos não tinham nada de mais. Matheus começou a se revelar e revelar histórias esquisitas conforme levava o vinho para o estômago.
Uma, duas, três, quatro, cinco taças, bebia como se fosse água.
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skype • rafael lange
Dla nastolatków"Eu não tive coragem de aparecer em frente a tela, então pedi para ela se passar por mim na primeira chamada de Skype que teríamos" all rights reserved to mendeshau I...