*Resolvi fazer uma espécie de capítulo perdido para Skype, não tão longo. Como se fosse um bônus de leitura. Esse capítulo não tem nada de futuro dos dois. Vai ser uma narração do outro lado da história, enquanto a Miranda estava sofrendo após a ligação que o Rafael supostamente desligou, para vocês entenderem como foi realmente. Então, todo esse capítulo será narrado pela visão dele até o dia do baile. Fiz todas as coisas baterem desde o capítulo 27º - A Cobrar*
* Rafael *
- Rafael não desligue, eu lhe prometo, será breve. Esses últimos dias eu estava tentando ser feliz, viver a vida que possuía em mente. Voltei a me vestir bem e tentar me integrar com os outros na faculdade, até aposentei o óculos, lembra que você não gosta disso? É. Mas eu fiz. Eu tentei novamente ser outra pessoa, tentei me reinventar nas últimas horas mas na verdade, todas as noites que eu ia dormir sentia sua falta e fazia questão de me culpar por tudo o que nos ocorreu, voltando ser a mesma Miranda mentirosa de sempre. De tanto tédio, já até memorizei a quantidade de prédios que da para ver da minha janela, pois eu passei bom tempo lá achando que você foi mais um erro dentro dos meus 18 anos, só que, quem eu quero enganar? Eu tentei me acostumar com outro alguém, preguei em minha mente que deveria seguir em frente, os olhos da cor marrom dele, por Deus, não me trazem a paz que os seus azuis conseguem. Lembra a guerra de café? A tela de cinema no teto? Eu sinto falta. Agora eu estou aqui, sentada nesse banco que não consegue ser tão confortável quanto seu colo, sentindo frio que nem o dia que nos beijamos mas a sensação é ruim, as pessoas estão passando por mim se perguntando o que está acontecendo, se me perdi, porque tenho um caminho de rímel preto no meu rosto. O batom que você borrou da ultima vez está gasto. Meu vestido está manchado de suco, meu salto quebrou, minha bolsa ficou para trás e quase fui atropelada, porque eu corri dele, antes que tentasse me obrigar a continuar a mentir para mim mesma. Das últimas vezes, eu jurei para mim mesma que tinha te esquecido, mas olha que hipocrisia minha: pensar em te esquecer já é pensar subitamente em você e nada funcionou antes de perceber isto. Agora, se estou correndo atrás tarde demais, desliga e coloque em minha mente que já recolheu nossas estrofes já faz tempo, mas se ainda temos chances, diga qualquer coisa, vai parecer clichê o que vou dizer, mas me salve desta bagunça.
Sinto meus olhos arderem mais do que eu me permiti. Olho para qualquer ponto no chão do meu quarto e senti tudo sair do meu controle por dentro. Sua respiração perfurou meus pensamento e em um reflexo súbito de lembranças, meus dedos desligam aquela ligação.
Motivado pela raiva, mas também por o que já haviam me dito, eu fiquei cheio do sofrimento.
Abri meu guarda-roupa, escancarando as portas e puxei a primeira mala que vi. Soquei todas as roupas que pude naquela e verifiquei o que havia economizado esse tempo para comprar um novo computador e sistemas. Eu tinha o suficiente para ir e voltar e nisto, enrolei tudo em pequenos bolos e amarrei com os elásticos que prendiam a alinhavam minhas tardis em cima da cômoda, derrubando aquelas devido ao nervoso.
Já se eram dez horas e alguns minutos, que corriam, da noite. Eu me senti apreensivo e queria partir naquele horário.
Graças ao barulho que o senhor aqui não soube evitar, minha mãe acorda e vem desesperada até o quarto, espantada ao entrar:
- Onde você vai a essa hora da noite? - ela pergunta
- Pra São Paulo - respondo, colocando a mala em mãos e verificando minha carteira e bateria de celular.
- Evento? - ela se recosta no batente, confusa e desconfiada.
- Miranda - comento - Só estou cansado disso, mãe.
- Cansado de que, meu filho? - ela insiste
- Quero resolver as coisas com ela. Não é certo fingir que está tudo bem quando não está. Ela mentiu, mas eu errei também.
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skype • rafael lange
Teen Fiction"Eu não tive coragem de aparecer em frente a tela, então pedi para ela se passar por mim na primeira chamada de Skype que teríamos" all rights reserved to mendeshau I...