Capítulo 7

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Não acredito que o Matheus está me fazendo passar por esse constrangimento! Se ele pensa que foi igual a um jogo de xadrez, onde ele fez xeque mate, mal ele sabe que após o xeque mate o jogo sempre recomeça! E vai ser agora! Eu sou a rainha da vez!

Vesti uma blusa branca que ia até o início das minhas coxas, não usava nada por baixo, além de uma calcinha pequena de renda preta, que aparecia perfeitamente junto aos meus seios,na blusa quase transparente. Comprei na viagem, peguei na pressa, não sabia que ficaria tão curta, entretanto serviu perfeitamente para a situação.

Abri a porta do banheiro vagarosamente. Deparei-me com aquele homem perfeito, musculoso, só de cueca. Dr. Ávila abriu um sorriso safado e os olhos percorreram pelo meu cabelo que estava preso, com apenas alguns fios caindo sobre meu rosto. Droga! Ele está me deixando excitada só com o olhar, não quero nem imaginar o estrago que ele pode fazer me tocando. Matheus olhou fixamente meus seios, em seguida desceu até minhas coxas expostas.

- Vejo que você está excitada - o idiota fala com ar de superioridade. Odeio isso nele, se acha o último homem da terra.

Deixei a toalha que estava em minha mão cair propositalmente, virei de costas para ele e abaixei para pegar, deixando minha bunda empinada em sua direção, obviamente que deve ter aparecido toda a minha calcinha, mas não ligo, quero apenas provoca-lo. Escutei barulho na cama, e levantei rapidamente. Ele não pode se aproximar tanto, pois não quero ceder. Vou dar uma lição nesse safado... PUTZ, tarde de mais.

- Então você só tem cara de santa, mas no fundo é safada. Assim que eu gosto! - declarou abraçando-me por trás.

Estremeci! Ele está esfregando seu membro ereto em mim, e eu... eu estou caindo na dele de novo. Quase esqueci que eu era...sou a rainha. Não posso falar, estou ofegante, entretanto, posso agir

- Aiii! - ele berrou.

Dei com o cotovelo no estômago dele. Agradeci pelas várias aulas de defesa pessoal, só não esperava me defender do meu cliente excitado

- Se tens a mulher que queres na sua cama, para a sua satisfação, parabéns. Mas, primeiro, não sou qualquer mulher! Sou sua advogada, sou a pessoa que vai livrar a sua cara. Segundo, se eu tivesse disposta a transar com você, além de idiotice, seria para a minha satisfação, do meu jeito, com as minhas regras. Terceiro, o chão é todo seu, porque quem dorme na cama sou eu! Péssima noite pra você! - falei rapidamente. Agradeci imensamente as forças divinas por me devolverem o poder da fala, que esse médico de quinta tirou de mim.

Deitei na cama, joguei o lençol e o travesseiro dele no chão. Virei para o outro lado e fiquei quieta, estava quase dormindo quando ouvi um sussurro.

-Dra. Sanclear, vais implorar para eu possuir cada parte do seu corpo, vai implorar por mim. Não esqueça, seus argumentos ficam para o tribunal, porque na cama você não me convencerá que estou errado, você apenas vai gemer e gemer. No jogo do sexo ninguém me ganha! Nem mesmo sua prepotência...

Não sabia o que responder, melhor deixar ele pensar que eu estou dormindo. Fiquei em alerta, caso ele ainda tentasse qualquer coisa, mas não demorou muito para Matheus sussurrar um "droga" e ir ao banheiro. Olhei pelo canto do olho , e ele segurava a parte da frente da cueca. Não aguentei, comecei a rir baixinho. O doutor todo poderoso foi se aliviar no banheiro de um hotel beira de estrada. Quem diria?

Acordei, olhei para o chão, Matheus não estava mais lá, fui ao banheiro, nenhum sinal dele. Tomei banho, escovei os dentes, coloquei a calça jeans, uma blusa vermelha de alça , e calcei uma sapatilha. Estou tão acostumada com salto alto que sai do quarto com medo de cair.

Andei pelos corredores, até achar um grande salão com várias mesas. Havia muito mais homens que mulheres, deve ser por causa do torneio de pesca. Fui até a grande mesa onde estava servido o café , peguei algumas frutas, pequenos pães e suco.

- Aqui! - falou alguém. Virei e avistei Iago.

Sentei na mesa, dei bom dia, todos responderam, exceto Matheus.

- É meu irmão, imagino que você levou o maior fora ontem à noite.

- Cala boca Iago! Você não sabe de nada - disse o mais velho irritado.

Não resisti, comecei a rir e Lia me acompanhou. Iago deu um sorriso de canto e disse

- Quem diria o doutor pegador levando um gelo. Isso ficará marcado para todo o sempre.

Comi, sem dar uma palavra, mas ri inúmeras vezes internamente. Aposto que o senhor sedutor deve estar com ódio de mim.

Defesa Quase PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora