Prólogo

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Hoje é o pior dia da minha vida.

Eu não sei como conseguia enxergar meu caminho na minha frente, mas isso não me impediu de ir cada vez mais rápido, acelerando o carro a cada esquina.

Eu me chamo Manuela, e tenho vinte e um anos. Como toda pessoa, eu tenho vários planos pra minha vida. Faço faculdade de moda, e moro em São Paulo como meus pais, Marcelo e Beatriz. Meu pai é dono de uma agência de Publicidade.

Minha melhor amiga - pra quem estou indo pedir colo agora mesmo - se chama Júlia. E eu já sei que assim que eu chegar até lá, uma música do Luan santana vai estar tocando. Ela é doente por ele. Doente é pouco. Das 24 horas que tem o dia, ela passa todas essas horas falando dele. Eu até gosto, mas não é nada comparado a ela.

Mas eu sei bem o que ela vai dizer quando eu chegar. Principalmente porque a imagem está bem clara na minha cabeça.

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Eu tinha reservado o quarto de hotel, e estava terminando de arrumá-lo junto com a Júlia. Tinha comprado tudo que eu tinha direito pra minha primeira vez com Lucas, meu namorado, e até então o amor da minha vida.

_Já to até imaginando tanto de sacanagem que não vai rolar aqui hoje, hein? - Júlia disse, rindo de mim.

_Já te falaram que você é uma ridícula? - eu disse, fingindo estar brava.

_Sabe que eu to só brincando né amiga. - ela ri de mim.

Estava tudo pronto pra nossa grande noite. Depois de 9 meses - que se completavam hoje - eu ia finalmente me entregar pro Lucas. Eu queria que tudo fosse perfeito, então fui até a empresa onde ele trabalhava. Estava com um vestido curto e justo, um salto, e fiz uma make caprichada.

30 minutos depois eu estava lá, pronta pra fazer a surpresa, mas a única a ser surpreendida fui eu,

Lucas estava em seu carro, os vidros embaçados, a lataria balançando, até que eu cheguei perto e o vi, prestes a comer a secretária.

Eu dei um tapa no carro, que machucou minha mão, e saí marchando de lá enfurecida, e logo ele estava atrás de mim.

_Amor, calma. eu posso explicar. - ele diz segurando meu braço.

_Me solta - eu grito - Eu odeio você, esquece que eu existo - corro em direção ao meu carro.

_Eu te amo, não faz isso comigo.

_Eu quero que você o seu amor vão pra casa do caralho - digo pouco antes de arrancar com o carro.

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Então finalmente chego à casa da Júlia, já não conseguindo mais segurar o choro. Por causa daquele maldito, pelo menos uma coisa boa aconteceu. Eu aprendi minha lição. Nunca mais eu ia confiar em homem nenhum. Esse cretinos são todos iguais.

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