Ciúmes

300 10 0
                                    


Quando acordo de manhã, sinto o sol nos meus braços, e os braços de Luan ao redor de mim. Eu sorri. Quando me virei, ele estava dormindo, com o rosto satisfeito, e eu acariciei devagar. Ele acabou acordando.

_Bom dia - ele diz, e sorri, chegando perto e me beijando.

_Bom dia. - eu beijo de volta.

_Tudo bem. - ele pergunta, roçando o nariz no meu.

_Tudo ótimo. - respondo - E com você?

_Eu nunca poderia estar melhor.

Eu me espreguiço, e sento na cama. Então percebo que ainda estou nua. Luan corre os dedos pela minha barriga e pelos meus braços, mas sei onde estão seus olhos.

_Vou tomar um banho. - digo e me levanto, e o olhar dele me segue.

_Também vou.

_Luaaan...

_Que foi? - ele tenta fazer uma cara de inocente, mas falha miseravelmente.

Mas não me importo. Então ele me segue, e entramos juntos no banheiro, e quando me viro pra ele, percebo seu Luan júnior acordado.

Começo a rir.

Ele passa por mim, e liga a bica da banheira e depois me puxa pra ele, me beijando. Ele me beija devagar, roçando sua ereção em mim, e beijando meu pescoço logo depois. Sinto minhas pernas tremerem, e não sei mais nem onde estou. Ele está me torturando até que a banheira finalmente se enche e nós entramos nela. Quando Luan se senta, eu me sento sobre ele, e o beijo, já não querendo mais esperar. Sinto ele arquejar e gemer, e gemo também. Me movimento sobre ele e logo meus gemidos aumentam e os dele também, até que não se ouça mais nada. Ele prende um rosnado na garganta e sua boca alcança meu seio, e eu sinto que não vou aguentar de prazer, e finalmente me desfaço sobre ele, até que ele também chega ao nível máximo de prazer.

_Precisamos tomar banhos assim mais frequentemente. - ele diz ofegante, e eu ainda consigo rir.

Nós voltamos no domingo à tarde. Eu olharia nas câmera de segurança pra checar se Lucas realmente apareceu na minha casa. Eu esperava do fundo do meu coração que não. mas meus pensamento agora estavam mais concentrados em outra coisa. Em outra pessoa.

Tinha sido uma primeira vez melhor do que imaginei. Não havia velas, nem flores, mas havia sentimento. Isso é muito melhor do que qualquer quarto de hotel. Eu ao menos sabia o que ele sentia por mim. Eu soube porque ele me passou tudo aquilo enquanto fazíamos amor.

Nossa vida volta ao normal na segunda, e Luan vai me buscar na faculdade. Eu sabia que ele faria isso. Eu só não esperava encontrar aquela multidão de galinhas em volta dele.

_Luan! - era o que todas diziam quando o viam, e corria pra abraçá-lo.

O pior - bem, pelo menos pra mim - É que ele dava atenção a todas elas, tirava fotos, dava autógrafos, e sorria pra elas. Meu sangue ferveu. Mas então ele me viu, e seu sorriso se abriu ainda mais. Ele pediu licença, e se afastou vindo até mim.

Eu não precisei fazer nada, porque ele quem me segurou pela cintura e me beijou. Me faltou o ar, como sempre acontecia. Por um segundo, esqueci que estava chateada com as outras, e depois deixei de me importar mesmo. Ele estava comigo, e fez questão de deixar bem claro.

Ótimo. Fiquem longe.

Eu estava meio preocupada. Luan ia ter que abandonar suas "férias". Ele esteve comprometido com projetos, e parte executiva durante o tempo que comecei a trabalhar, mas agora ele ia voltar a fazer seus shows. Segundo ele, como sua namorada, eu o acompanharia sempre.

Ele me levou pra minha casa durante a semana, mas meus pais ainda iam e vinham para cuidar da minha tia.

_To morrendo de fome - digo enquanto olho a geladeira vaiza.

_AH, eu posso dar um jeito nisso.

Ele abre meu congelador, e pega carne seca e abóbora que está em cima da mesa. Está conhecendo mais da minha casa do que eu.

Ele lava as mãos e eu lavo também. Prendo o cabelo, e ele vem me "ajudar a cortar". Quando ele beija meu pescoço eu me afasto,

_Estou com fome de outra coisa querido - eu digo - Por enquanto carne seca é a única coisa que você vai comer.

Ele dá uma risada gostosa, e faz a refeição. quando ele termina, eu experimento. Está muito bom, mas não dou o braço a torcer.

_Isso é... Muito ruim - digo, fazendo uma careta.

_Como assim ruim?

_Eu estava fedida esses dias, então sua comida é ruim.

Na quarta Luan me dá a notícia de que vai para o Rio, e que quer me levar junto. Claro que eu aceito. Ele tem que gravar o programa do caldeirão. Eu arrumo minhas coisas, torcendo pra que tenhamos tempo de visitar a praia.

Quando finalmente viajamos, ficamos num hotel juntos. Ninguém da mídia parece nos ver. Mas Luan também está bem reservado. Ficamos quase o tempo todo no hotel até a gravação do programa - imaginem fazendo o que.

Quando entramos no set pra gravação do programa, eu fico animada, nos bastidores, observando tudo ao redor. Ele entra, e entre os convidados, está Bárbara Evans. Me lembro de algo estranho que Júlia comentou, mas não consigo puxar pela minha memória que coisa é essa. Quando a gravação começa, vejo ela rir sem parar pra Luan.

Para o meu namorado.

Cheia de chamego. Mas ele a detém, em todas as vezes. O que não me acalma. Quem ela pensa que é?

Quando o programa finalmente acaba, e Luan vem me encontrar, eu o puxo e o beijo de um modo constrangedor. Isso pode parecer meio patético, mas eu faço mesmo assim.

Ela passa por nós, e o olha.

_Ele beija bem né? - ela diz.

_Ele faz muita coisa bem. Coisa que você nunca vai descobrir - disparo, sem raciocinar, e sinto Luan me apertar em volta dele.

Ela sorri falsamente, e sai de lá, e Luan fica me encarando.

_Que foi isso?

_Eu que pergunto porque essazinha ficou toda cheia de floreios pra você. Você é meu namorado,

_Eu sou seu?

_Depois do escândalo que você fez pra gente ficar junto, vai ter que aguentar minhas crises de ciúmes.

NÃO ACREDITO QUE ASSUMI ISSO.

_Eu aguento, minha nega. Por você eu aguento tudo.


Mais que AmigosOnde histórias criam vida. Descubra agora