03. Hopeful

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Louis estava jogado no tapete felpudo do sofá da sala, enquanto tinha seu tablet em mãos aberto em um dos seus livros favoritos, se lamentando para Liam, enquanto o mesmo estava cozinhando na cozinha. A única coisa que dividia esses dois cômodos era uma bancada de mármore, onde Liam se apoiava de vez em quando para responder o amigo.

— Sério, Payno! Eu nunca vou ser best-seller, ta me ouvindo? Nunca vou conseguir escrever o livro dos meus sonhos! Nem minha mãe vai querer ler minha grande obra! Sou um fracasso! Já disse pra você, vou ser fotografo de formatura e casamento, daqueles bem chatos que reclama quando alguém simplesmente passa na frente da iluminação — resmungava e bloqueou a tela do aparelho que estava em suas mãos. — Credo, esses fotógrafos são chatos, não quero ser como eles... Ninguém me contrataria... — gemeu e virou seu corpo, ficando de bruços e seus braços abertos ao lado de seu corpo. — Liam?

— Oi?

— E se eu fosse advogado?

— O juiz iria ter pena de você, porque o homem pra fazer drama, e daria o julgamento por encerrado! De verdade, Louis, para de falar merda!

— Liam.

— O que?

— Falo muita merda... — escondeu o rosto nas felpas do tapete e gemeu baixinho. — E se eu me formasse professor?

— Coitados dos alunos — respondeu sincero, ouvindo os muxoxos do amigo. — Você nem gosta de escola, nunca nem foi bom aluno, quem dirá ser bom professor.

— Você não está ajudando.

— Quer saber? — perguntou, indo em direção onde o amigo estava jogado, dando um tapa na cabeça dele. — Você precisa sair, se divertir. Quem sabe, assim você tem inspirações para um tema para seu livro. Que tal a gente sair?

— Agora?

— Agora.

— Você tem faculdade amanhã, é uma terça-feira, Liam! E aonde a gente iria? — perguntou, levantando o rosto e se remexendo para se pôs ereto.

— Alguma festa, boate...

— Abre em terça-feira?

— Eles só querem dinheiro! Se tiver gente que gasta dinheiro com bebidas para depois sair transando no banheiro, então tem gente que abre suas boates para essas pessoas — respondeu e assistiu o amigo se espreguiçar e se sentar ao seu lado no sofá. — O que me diz?

— Da ultima vez não acabou bem! Você sabe, não quero ter o desprazer de cruzar com aquele cabeludo.

— Ou o prazer porque ele é gostoso, admite.

— Não admito nada... Mas vou me vestir, não tenho nada a perder! E se encontrar esse Styles só a ganhar... Porque ele me prometeu um olho roxo, não é tão mal.

— É, você ta no lucro, vai rápido!

...

Quando Liam havia dito que iriam a uma boate, Louis não imaginou que seria a mesma da sexta passada. Isso fez Louis entrar em um certo tipo de pânico. Se aquele garoto aparecesse de novo, ele estaria muito ferrado.

Sabia o pavio curto que tinha e ia acabar sendo rude com ele novamente e seu braço ainda tinha uma pequena marca, mas que já estava sumindo. Ele ainda não sabia qual era a diversão de ficar bêbado e dançar como um retardado, onde as pessoas passavam por vergonhas e não se preocupavam quantas bocas passaram pela sua em uma noite.

Louis queria tentar.

— Liam, me diz que tipo de inspiração vou ter aqui.

— Talvez um romance que começou no banheiro sujo de boate, um drink derramado no vestido vermelho e curto de uma garota, por um homem loiro dos olhos azuis...

Keep This Name || ls (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora