16. Everything is wrong... Everything

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[Comentem bastante, espero que gostem e tenham boa leitura. (:]


Já era sexta à noite, dois dias depois da ultima vez que Louis viu Styles. O cacheado não havia o procurado, nem sequer feito uma ligação, já o menor não estava tendo muito tempo para pensar nisso, estava ocupado demais com suas coisas.

Na verdade, gostava de pensar nas coisas que já haviam feito juntos e não quando iam se ver novamente. Se não se auto conhecesse tão bem, diria ate estar apaixonado, mas logo descartou essa idéia assim que ela surgiu.

Ele se focou tanto com sua história inventada nos últimos dias, que já se sentia um dos personagens. Tentava descrever cada detalhe muito bem e acabava pegando um pouco para si. Um dos personagens se questionava o que queria fazer de sua vida, enquanto o outro sabia exatamente o que estava fazendo. Louis levou muito dos dois para ele mesmo, ficando dividido entre os dois.

Ele estava tão confuso com as coisas em sua vida nos últimos tempos. Estava com saudades de casa, cheio de trabalhos e agora também tinha o garoto cacheado. Ele tomava boa parte dos seus pensamentos, ainda mais quando estava a escrever.

Em típica sexta à noite, Louis nunca foi de sair muito e não queria se ocupar como fizera nas noites anteriores. Por esses motivos, pegou um moletom quentinho e maior que seu corpo, calçou seus vans típicos e saiu a andar em direção ao centro de Londres.

Observou muitas pessoas vestidas com roupas para ir a alguma festa, assim como Liam fizera mais cedo. Viu também famílias saindo de um restaurante que passara e lembrou-se da sua, por mais que tenha falado com sua mãe, não era o mesmo que estar lá com todos eles.

Doncaster estava longe, se pegava pensando que sua casa é lá, que Londres não é para ele, mas que escolheu estar ali. Era uma cidade grande e maior em oportunidades no que gostaria de fazer com seu futuro.

Passou por um carrinho de pipoca e acabou comprando um saquinho e logo voltou a andar. Parou na calçada e olhou para o outro lado da rua, subindo o olhar para o prédio em sua frente. Suspirou algumas vezes e resolveu atravessar.

Algumas pessoas passaram por ele, mas se concentrou mais em sua pipoca. Subiu as escadas com calma, não estava com pressa, hoje não.

Concentrou-se em não cair ou acabar tropeçando em um degrau e acabar caindo, depois ser encontrado desacordado por alguém. Não, ele não queria.

Ao chegar à porta que dava a cobertura, respirou fundo e a empurrou com uma das mãos. Ao passar por esse vão, tornou a fechar a porta e amassou o pacote – já vazio – da pipoca e jogá-lo para algum canto.

Foi andando calmamente para uma das beiradas. Lembrou do dia em que passou horas com o cacheado ali, sentado e sem medo de cair. Sentia-se tão... Esquisito. Como se estivesse invadindo território inimigo, mas não voltou atrás. Permaneceu ali.

Ouviu um barulho de algo arrastando e correu seus olhos pelo local e viu um vulto sentado no escuro do local. Era o mesmo lugar em que Louis estava abraçado ao garoto mais novo aquele dia.

Deu dois passos a frente e pôde ver melhor a pessoa, reconheceria aqueles cachos de longe. Estava de cabeça baixa e no momento estava com um dos joelhos próximos ao peito, seu cotovelo sobre o mesmo e sua outra perna esticada. Seria uma pose digna de ensaio fotográfico ao ver de Louis.

— Por que está aqui? — a voz do cacheado soou rouca, como sempre, chamando a atenção do menor, que percebeu que ele se manteve de cabeça baixa.

— Não sei — respondeu sincero e escondeu suas mãos no bolso de seu moletom, assim podendo mexer seus dedos sem demonstrar para o outro estar inquieto e nervoso. — Eu, realmente, não sei.

Keep This Name || ls (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora