14. Immer glauben

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Foram o caminho todo até o prédio em silencio. Não ousaram falar uma palavra sequer. Styles continuava sem saber o que pensar sobre os acontecimentos anteriores, principalmente o abraço.

Assim que chegaram ao local desejado, Louis se jogou contra a parede de concreto que havia ali e abriu as pernas, sinalizando para que o cacheado se sentasse entre elas. Logo Styles se encontrava sentado em frente a Louis, de costas para ele, com suas ambas as mãos em cima das pernas do mesmo e fazendo um movimento suave.

Estava nervoso e a cada minuto mexia em seu cabelo, mas depois de um tempo assistindo isso, Louis levou sua própria mão para o cabelo dele e a outra segurou a mão do rapaz a sua frente em cima de sua perna. O maior sentiu os carinhos em seus cabelos cacheados e olhou como estavam suas mãos entrelaçadas.

Deu um mínimo sorriso e negou com a cabeça, se achando maluco com os pensamentos que estava tendo naquele momento. Por nunca ter estado dessa forma com uma pessoa, achava que não estava são, não estava pensando direito. Estava anestesiado.

Louis inclinou sua cabeça em direção ao ombro do outro, apoiando seu queixo ali e aproximando sua boca a orelha dele. Ao sentir a respiração bater em sua pele, Styles sentiu algo estranho descer por suas costas, talvez um arrepio.

— Immer glauben... — sussurrou baixinho e o outro virou seu rosto, o encarando nos olhos, confusão sendo expressa em seu próprio semblante.

— Que demônios está falando?

— É alemão — respondeu dando de ombros e tornou a encostar suas costas no cimento atrás de si. O maior voltou à posição anterior, mas agora deitou sua cabeça para trás, a encostando no peito de Louis. Continuou sentindo os carinhos em seus cabelos e sorriu por breves segundos. — Significa sempre acredite... Sempre acreditar.

O garoto de cabelos cacheados, ao ouvir aquilo, fechou os olhos e ficou sentindo a sensação de ter alguém ali, por ele, se preocupando. Alguém fazendo algo que ninguém nunca fez. Nunca ninguém havia perdido seu tempo com ele, muito menos segurado firme sua mão enquanto fazia carinho em seus cabelos. Nunca havia sentindo o calor de um abraço a não ser de sua irmã ou de Niall.

Estava tendo algumas primeiras coisas com Louis e ele não sabia o que pensar. Deveria estar feliz, enfim feliz, mas estava confuso. Era tudo confuso.

Qual seria o motivo do menor se preocupar? Por que raios ele gostava de sua companhia? Havia lhe dito que era belo naquele mesmo lugar, estava sempre disposto a sorrir e o fazer sorrir, estava lhe mostrando coisas que nunca havia sentido.

Nunca quis sentir.

Fugia.

Sentia medo.

Muito medo.

Sentiu-se covarde, como não fazia tempos. Sentiu-se recuado. Suspirou fundo, dolorido. Tornou a abrir os olhos e encontrou a imensidão do céu acima dele. Parecia tão pequeno ali, junto do outro garoto, mas não estava pedindo por mais. Estava satisfeito. Lembrou daquela frase, "o céu é o limite", mas ele não estava pensando em nada que gostaria mais do que um abraço quentinho vindo de Tomlinson.

Com esses pensamentos embaralhados, virou-se de frente para Louis, olhou fundo em seus olhos e, em um pedido silencioso, pediu por um abraço. E como se o conhecesse, Louis abriu seus braços e o acolheu ali.

Em seus braços.

Lembrou de frases de alguns livros que leu, frases que havia lido em redes sociais e frases que ouviu ao longo de sua vida. Frases que já ouvira de sua mãe e antigos amigos, todas elas falando sobre a importância de um abraço.

Keep This Name || ls (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora