Australian Love

Prólogo

12 de fevereiro de 2011, 22:30 - San Francisco - Kate Blunchet

Finalmente vou realizar meu sonho de fazer um intercâmbio na Austrália. Sair desse país, ir para um do outro lado do mundo, novas culturas, novos amigos... Vai ser bom pra mim. Pensei nisso tudo enquanto terminava de arrumar minhas malas, colocando tudo que penso precisar no calor australiano.

A propósito, meu nome é Kate. Catherine. Porém, Kate. Detesto Catherine.

Quando terminei, percebi a minha fome e procurei uma coisa fácil - traduzindo: um miojo - para fazer e comi assistindo a um episódio de Gossip Girl na televisão. Logo depois fui - tentar- dormir, já que amanhã seria um dia um tanto quanto longo.

Não estava conseguindo dormir de tanta ansiedade, mas, de uma hora pra outra, ouvi a voz de Justin Bieber saindo do meu celular em forma de despertador e a luz do dia entrando pela fresta da janela.

Fiz um coque frouxo para prender meu cabelo embaraçado e fui até a cozinha, onde mamãe preparava um super café da manhã, cena que eu não presenciava desde o meu último aniversário. Ela fazia waffles e na mesa havia suco, leite, bolo e frutas. Sentei e comi um pouco de cada coisa, enquanto de minuto em minuto minha mãe me dava recomendações sobre tomar cuidado, tomar as decisões certas e etc., afinal, eu viveria sozinha em um país desconhecido, não era tão fácil assim.

Subi para meu quarto e tomei um banho demorado, acordei cedo para poder fazer tudo com calma. Vesti a roupa que havia separado, fiz uma maquiagem leve e coloquei as poucas coisas que faltavam na mala. O relógio marcava 08:30 quando terminei tudo e fui colocar todas as malas no carro.

Minha mãe dirigiu o trajeto até o aeroporto, onde fizemos o check-in quando chegamos e paramos na livraria para comprar algumas revistas.

Fomos caminhando até a sala de embarque e, na porta da sala, eu teria que despedir da minha mãe. Isso doía muito, pois eu era bem próxima dela. Mesmo que a distância não durasse tanto tempo - apenas 1 ano -, não conseguimos conter o choro. Nos abraçamos por um longo tempo, ela disse pra eu me cuidar e que me amava e eu falei as mesmas coisas pra ela.

Entrei na sala de embarque, coloquei a minha bolsa na esteira passando pelo detector de metais e depois sentei numa cadeira bem em frente ao portão que estava escrito em minha passagem. Comecei a ler minha revista para passar o tempo.

Meia hora depois, chamaram meu voo e em alguns minutos eu já estava no avião. Me sentei em minha cadeira de classe executiva e fiquei olhando para o alto pensando em como daqui a algumas horas minha vida mudaria. O avião estava demorando um pouco para encher, então deitei minha cadeira, liguei meu Ipod e fiquei ouvindo algumas músicas calmas, caindo no sono antes que eu pudesse me impedir.