Australian Love

Matando as saudades

01 de dezembro de 2011, 15:15 - Ruas de Sidney - Kate Blunchet

Minhas aulas na escola de Sidney acabaram hoje, todos os amigos que eu fiz sabiam que eu iria embora e na saída, deram um abraço em conjunto em mim e em Chloe. Todos estavam de férias e Justin chegaria amanhã.

Eu liguei para minha mãe, como já ligava praticamente todos os dias. Ela já estava morando em Atlanta, mas para a minha surpresa, falou que cancelou a minha passagem de volta para os Estados Unidos, pois Justin havia passado lá em casa e falado com ela. Eu já tinha falado pra ela que estava namorando com o Justin, na época em que ele me deu o anel, mas mesmo assim já era tarde demais porque ela já tinha visto em algum programa de fofocas e alegou não ter me ligado para ver se eu iria contar.

Perguntei o que ele falou quando foi até lá, mas ela desviou o assunto. Lá vem o Justin me matar do coração, já prevejo. Então, o que me restava era arrumar as minhas malas e esperar chegar amanhã. O sorriso já era uma expressão fixa no meu rosto desde que havia acordado.

Acabei de arrumar as minhas malas e decidi dar um passeio por Sidney para me despedir, afinal, eu nem sabia o que viria na minha vida agora. Ela mudaria completamente. Sempre soube que meu intercâmbio para a Austrália mudaria minha vida para melhor, mas não sabia que seria tanto assim.

Aluguei uma bicicleta no hotel e fui pedalando pela orla. Passeei pelo centro de Sidney, comprei algumas lembrancinhas de lá nas lojinhas para minha mãe e minha família, quando vi um hippie na rua que fazia pulseiras de linha com qualquer nome que eu pedisse. Pedi que ele fizesse duas pulseiras bem fininhas, uma escrito Kate e a outra escrito Justin. Amarrei em meu braço a que estava escrito Justin e a outra daria para ele amanhã. Meio clichê, mas eu esperava que ele achasse fofo.

Fui voltando, parei para tomar sorvete de algodão-doce naquele mesmo lugar que me fazia lembrar tanto do Justin e dei um mergulho no mar. Eu ia mesmo sentir falta daquilo, era o meu sonho desde pequena conhecer a Austrália!

01 de dezembro de 2011, 19:02 - Quarto - Kate Blunchet

Voltei para o hotel, tomei um banho e liguei para Chloe para chamá-la para jantar comigo e assim nos despedirmos. Ela topou, nos encontramos num restaurante que ficava no meio do caminho entre o meu hotel e a sua casa. Ela também voltaria para Paris amanhã. Jantamos, conversamos muito e no fim, ficamos bons minutos abraçadas. Eu falei que quando fosse a Paris ligaria para ela e para que ela fizesse o mesmo se fosse à Atlanta.

Já no hotel novamente, subi para meu quarto, tomei um banho e fui dormir. Amanhã o voo do Justin chegaria às dez da manhã, então eu iria para o aeroporto às 9:30h para esperá-lo.

02 de dezembro de 2011, 08:32 - Quarto - Kate Blunchet

Acordei no dia seguinte às 08:30 com a luz de um sol muito forte entrando pela janela. Sentei na cama, joguei meu cabelo pra frente e fiz um coque de qualquer jeito - eu detestava meu cabelo ao acordar - e me levantei. Fui em direção à varanda para olhar como estava realmente o dia. Vi uma sombra sentada na rede.

Aproximei-me e... Era ele ali? Sério? Eu estou ficando louca?

Nem parei para pensar e saí correndo, sem perceber que a porta de vidro estava fechada. Bati de cara na porta, como uma perfeita retardada. Ele se levantou da rede e grudou a cabeça no vidro. Nossos lábios estariam se encostando, mas o vidro ainda nos separava, pois eu continuava lá intacta desde que bati de cara. Ele abriu um sorriso enorme. Ah, como eu estava com saudades desse sorriso.

02 de dezembro de 2011, 08:41 - Varanda - Justin Bieber

Eu havia falado para Kate que chegaria às dez, mas na verdade eu chegaria bem mais cedo. Entrei no quarto ao lado que costumava ser meu - nada que uma explicação da história para derreter o coração da recepcionista e um pouco de sorte para o quarto estar vago não resolvessem - e pela varanda, fui para a varanda de Kate e fiquei sentado na rede a fitando enquanto dormia pela fresta da cortina. Ela acordou, sentou na cama, prendeu o cabelo e levantou com uma expressão curiosa, indo em direção à porta de vidro.