Capítulo III

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Olá, como estamos?

Me digam o que estão achando....

Me encontrem: @harmolylas97

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Camila POV

Dirigia tranquilamente, uma música aconchegante tocava na rádio. Taylor havia me ligado no dia anterior pedindo que nos encontrássemos no Starbucks da 164 Smith Street. Quando cheguei, ela já se encontrava bebendo um Espresso com chantilly.

- Bom dia Taylor! - cumprimentei com um sorriso.

- Ela está na minha casa. - foi direta. Aquelas palavras me causaram arrepios, senti todo meu estômago embrulhar. Taylor me olhou atentamente, esperando minha reação, mas ainda estava em choque. Sentei na cadeira, respirei fundo.

- Então ela veio mesmo. - sussurrei.

- Desculpa Mila, eu queria te contar pessoalmente... E se te consola, eu mesmo não acreditei quando a vi... Ela sempre disse que vinha e no dia desistia, mas ontem ela chegou.

- Então foi por isso que você não pode pegar o David na escola, não tinha reunião de última hora... Ela estava na sua casa. - constatei o óbvio. Como eu trabalhava algumas horas a mais Taylor me ajudava e buscava meu filho na escola e ficava com ele até eu o pegá-lo. Taylor era uma grande amiga e cuidava muito bem do David.

- Desculpa, eu não sabia o que di...

- Você vai contar a ela? - a cortei e fiz a pergunta que rondava minha mente.

- O segredo é seu... - suspirou. - Apesar de me sentir sufocada toda vez que olho para ela, minha boca amarga com essas mentiras... Eu prometi que não contaria, mas...

- O quê? - quase gritei, eu estava demasiadamente sufocada com a situação.

- Christopher Jauregui! - minhas pernas amoleceram e se não estivesse sentada teria caído. Chris sabia de tudo, mas para convencê-lo de não dizer nada, não foi tarefa fácil. Lembro-me que quando ele soube pegou o primeiro voo para Londres a fim de contar a Lauren, mas dois dias depois dizendo que mesmo contra a vontade dele guardaria meu segredo, mas que sabia que um dia ele se voltaria contra mim.

- Eu vou ligar pra ele... Tay, por favor, fale com ele também...

- Camila isso é ridículo, já se passaram seis anos.

- Por isso mesmo. Eu tenho minha vida, Lauren tem a dela... Por que bagunçar toda nossa rotina! - retruquei.

- Ela é a mãe! - informou.

- EU SOU A MÃE. - sibilei. - Sangue não diz muita coisa, eu vi o primeiro dente nascer, seus primeiros passos, eu que acordei de madrugada para levá-lo ao médio, eu me desdobro em cinco para assistir aos jogos dele na escola, eu sou a mãe. - massageei minhas têmporas sentindo minha cabeça entrar em ebulição. Taylor bufou.

- Você não sente nada mais por ela? - questionou após um silêncio constrangedor, preferia que o silêncio permanecesse.

- Eu a amava Taylor. E amor não acaba rápido. - suspirei derrotada. - Eu transferi meu amor para meu filho, cuidando e o amando... Não tive mais tempo de pensar nela. Eu não sinto raiva, ódio, ressentimento... Passaram-se seis anos e ouvir seu nome não fez meu coração palpitar. Somos mulheres adultas e acredito que assim como eu, ela se sente indiferente ao meu nome... Nós tivemos um passado e só, ela não é minha propriedade... - deixei o discurso morrer.

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