Capítulo XXXVII

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Olá pessoas lindas, estou de volta, sentiram minha falta??????

Claro que não, estão aqui pelo capítulo...

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Lauren POV

Eu não sentia minhas pernas, na verdade meu corpo encontrava-se dormente. Inspirar e expirar. Era tudo o que meu cérebro ordenava. Coloquei minhas mãos sobre meu joelho, curvando o meu corpo e respirando com dificuldade, o suor escorrendo da minha testa e meu corpo reclamando de dores abdominais. Olhei para frente, David e Anne continuavam correndo sem perceber que eu já não os acompanhava.

- Eu assumo daqui. – mesmo cansada meu corpo entrou em alerta quando Veronica tocou em meu ombro. – Corram o máximo que puder, pois sou eu que vou pegar vocês... – gritou para os meninos. – Lauren está velha para brincar! – debochou. Endireitei meu corpo e segui para debaixo da árvore onde Lucy se encontrava perdida em um livro de culinária. Enquanto caminhava sentia minha perna direita fisgar.

- Você está acabada Jauregui. – comentou sem tirar os olhos do livro.

- Você nem se mexeu desde que chegamos. – resmunguei. Peguei minha garrafa de água e comecei a solver o líquido desesperadamente.

- Essa função é da Vero. – mudou de página. – Ela é formada em educação física... - sequei a água que escorria da boca.

- Você e a Camila são duas preguiçosas... – abri minha mochila em busca de meus óculos escuros. – Eu passei a tarde correndo, dançando, pulando corda, jogando bola, futebol americano... – respirava com dificuldades. – A bateria deles é recarregada com energia solar. – reclamei. Lucy riu do meu comentário.

- Esses dois juntos são piores que furacões, pois além de testarem nossa energia testam nossas paciências, nossas forças e nossos limites. – olhou para mim e piscou. Deitei no gramado, meu peito subindo e descendo de forma rápida.

- Como ele era? – perguntei timidamente.

Lucy me encarou por alguns segundos como se tentasse entender minha pergunta.

- Lindo. – respondeu por fim. – A coisa mais linda que eu já vi... Geralmente as crianças têm cara de joelho, mas David – suspirou nostálgica. – era tão pequeno, mas já carregava seus traços, o sangue Jauregui fala mais alto. – fechei meus olhos acolhendo suas palavras. – Eu sei que nunca terá desculpas suficientes que nos isente da sua raiva, mas acabamos guiadas pela mágoa...

- Eu não quero tocar nesse assunto. – murmurei. – Não agora, eu não quero brigar e não quero enfrentar outra discussão... Eu só quero repor as energias que eles tiraram. – exclamei.

- Tudo bem... – concordou. – Mas eu, quer dizer, nós não desistiremos tão facilmente da sua amizade...

- Vocês desistiram... – as palavras saíram mais rápidas que meu controle.

- Sim você tem razão, mas eu acredito em segundas chances e talvez o destino apenas esteja se encarregando de consertar as coisas...

- Talvez. – a cortei. – Ou talvez seja o nosso adeus. – sussurrei. – Às vezes só precisamos de um ponto final nessas reticências. – abri meus olhos e pude ver a tristeza nos olhos de Lucy, mas eu estava magoada demais para dizer que no final tudo ficaria bem em nossa amizade se eu sentia que não ficaria.

[...]

Mal tive tempo de abrir a porta e David e Anne dispararam para dentro. Lucy e Vero caminhavam lentamente carregando as coisas dos meninos, perdidas em um mundo só delas. Peguei a gaiola onde Banana se encontrava e segui o caminho para o quintal. Próximo a cozinha o cheiro de peixe invadiu meus sentidos e fez minha barriga roncar. David e Anne tagarelavam em alto e bom som sobre a tarde que tiveram, eu estava fisicamente morta, mas eles pareciam ter energias suficientes para mais cinco horas de diversões.

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