Capítulo XXXIII

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Como prometido, aqui está a maratona!

Aproveitem.... 1/4

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Um estranho sacudir na cama me tirou dos meus sonhos e ao mesmo tempo fez meu estômago embrulhar. Gemi ao tentar abri os olhos e a claridade cegar-me momentaneamente, forçando-me a fechá-los. Uma risada conhecida preencheu o ambiente e o sacudir na cama aumentou fazendo-me sentir em um barco que enfrentava fortes ondas.

- DAVID. – gritei, quer dizer tentei, pois minha voz saiu rouca e falhada. Ao pronunciar o nome do meu filho lembrei-me de fragmentos da noite anterior e forcei meus olhos abrirem focalizando meu corpo, agradeci por estar vestida, com pouca roupa, mas ainda vestida. Virei para o lado e vi apenas os pés do meu filho indo e voltando do colchão. Lauren estava sentada na cama e ria da peripécia de David, usava uma blusa grande preta que chegava até as cochas. Precisaria agradecê-la depois por nos vestir. Pouca coisa estava presente em minha memória, o álcool tinha feito muito bem seu trabalho.

- MAMA, HOJE É DOMINGO! – gritava enquanto pulava na cama, meu corpo reclamando a cada vibração.

– David Cabello, pare de pular na cama. – ordenei, minha garganta doeu por forçá-la. Finalmente a cama parou de balançar, depois de um baque forte, que julguei ser David se jogando no colchão. Minha cabeça começou a latejar, choraminguei. – Lauren, como você deixa esse furacão entrar assim? – reclamei, meus olhos ardiam, mas forcei-me a deixá-los aberto.

- Eu acordei com ele abrindo a porta e me assustei com ele correndo. – bocejou. – Quase fui expulsa da cama porque ele queria um espaço enorme para pular. Mas achei um lugarzinho para assistir de camarote... – piscou descarada.

- Inútil. Nem para colocar moral no recinto... – resmunguei. David aproximou e beijou meu rosto. – E você, senhor Cabello, já lhe proibi de entrar no meu quarto sem bater!

- Desculpa. – choramingou. Minha cabeça latejava. David beijou meu rosto de novo. – Só que eu estava animado e queria acordar a senhora.

- Depois que inventaram a palavra desculpa ninguém fica mais de castigo... – massageei minhas têmporas. – Já deu bom dia a Lauren? – David olhou para ela envergonhado.

- Ainda não... – confessou. Sentou perto de mim e cruzou as pernas em índio. - Mama por que ela dormiu aqui?

- Porque ela é minha namorada. – afundei minha cara no travesseiro desejando dormir. - E namorados dormem juntos...

- O que namorados fazem? – todo o sono esvaziou-se do corpo.

- Quer saber isso por quê? – indaguei curiosa, seu rosto corou rapidamente.

- Você não tem idade para namorar e nem saber o que namorados fazem. – Lauren resmungou. Seu rosto em uma expressão séria.

- Agora tu abres a boca para brigar. – reclamei. – Idiota!

- Mama não diz isso dela.

- Você mocinho, calado já está errado... – uma pontada forte invadiu minha cabeça. – Os dois fora da minha cama. – ordenei. – E não quero vê-los fazendo barulho porque minha cabeça vai explodir.

- Mas Mama...

- Vamos pequeno, essa zanga chama-se ressaca.

- O que é ressaca? – afundei meu rosto no travesseiro tentando parar a ardência dos meus olhos.

- Enquanto eu faço seu café explico.

- Me leva nas costas? – pediu manhoso. – A senhora podia fazer aquela vitamina porque estou me sentindo mais forte a cada dia. – sua voz foi ficando longe o que julguei que eles se afastavam do quarto. Agradeci, pois toda aquela agitação estava fazendo o quarto rodar.

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