Capítulo XLI

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Camila POV

Natal para mim significava duas coisas. Comida e família. As palavras da minha vida. Uma data que representa união, reencontro, esperança, renovação. A véspera do Natal significa jantar, família, sorrisos e casa cheia, pois todos, quando digo todos me refiro às principais pessoas da minha vida, estão comigo.

Mais uma foi anexada e que se depender de mim nunca mais sairá. Lauren.

- Está linda... – Lauren abraçou minha cintura e beijou meu pescoço. – Estou quase desistindo de descer e tirá-la do vestido. – sussurrou em meu ouvido. – Vermelho voltou a ser a cor mais quente. – ronronou.

- Lauren! – tentei reclamar, mas minha voz saiu manhosa, uma confissão escancarada do quanto estava gostando das caricias. Lauren sorriu. – Todos estão lá embaixo... – eu choraminguei. Sua mão esquerda desfilando por minha coxa por cima do vestido enquanto a direita me prendia a seu corpo. – Não podemos nos atrasar.

- Não me importo nem um pouco. – mordiscou meu pescoço, o inclinei um pouco para que ela tivesse mais liberdade naquela região. – A culpa é sua por usar um laço e me lembrar dos velhos tempos... – deixou uma trilha de beijos. - E por esse maldito vestido vermelho colado... – analisou um pouco o vestido. – Na verdade, acho que ele está curto demais – afastou seu corpo do meu e pareceu me analisar minuciosamente de uma forma crítica. – e não quero ninguém olhando seus atributos bem desenhados por esse vestido! – apontou para o closet. – Camila troque de roupa. – ordenou.

Revirei os olhos e puxei seu corpo para junto do meu.

- Cala a boca Jauregui e volte ao que estava fazendo! – umedeci os lábios.

Lauren riu e aproximou sua boca da minha. Nossas bocas roçaram-se antes de se conectarem, sua língua logo acariciou lentamente meu lábio inferior pedindo passagem, para dentro da minha boca. Suas mãos presas em minha cintura certificando-se que eu não fugiria. Minhas mãos perdidas em seus cabelos e arranhando levemente sua nuca. Seu perfume desnorteando qualquer pensamento coerente. Já não existia festa, nem ninguém, apenas Lauren e eu, e nosso beijo. Sua língua movendo-se sem pressa, fazendo-me senti que perderia o chão. Ela sugou minha língua enquanto caminhava quarto até me prensar contra a parede, forçando sua intimidade contra a minha. Gemi contra sua boca.

- MAMA. – o grito do David soou fora do quarto seguido de inúmeras batidas. – Posso entrar?

Lauren chupou meu lábio inferior e o prendeu entre os dentes e os mordiscou antes de finalizar o beijo com alguns selinhos.

- Estou pensando seriamente em deixá-lo de castigo. – murmurou próximo aos meus lábios, nossas testas estavam coladas, seus olhos ainda fechados, a respiração ofegante. – Eu estou...

- Não estou tão diferente de você, amor. Acredite!

- Mama? – David chamou novamente.

- Eu preciso de ar... Vou ao banheiro trocar de calcinha. – comentou frustrada.

Quando Lauren começou a andar estapeie em sua bunda.

- Você está maravilhosa nesse vestido também, meu amor! – pisquei, ela apenas negou com a cabeça. – Quando a festa acabar terminamos nosso assunto.

- MAMA? – gritou.

- Mal posso esperar. – fechou a porta do banheiro.

- Pode entrar meu amor. – respondi.

- A senhora não estava me ouvindo? – reclamou. - Estava gritando faz horas. – seu cenho estava franzindo com raiva.

- Eu estava ocupada meu amor. – aproximei-me dele. – Você está lindo. – o admirei em um jeans, uma camisa branca e por cima um suéter vermelho com o desenho da cara de uma rena e com as mangas de diversas cores, nos pés, botas de cano médio marrom. Como seu cabelo estava curto estava partido na lateral com quase um topete em um penteado clássico. – Sua vó o deixou um gatão – beijei sua bochecha. - Por que não colocou o sapato social que eu separei?

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