Capítulo XXIX

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Olá pessoas, eu sou tão legal, mentira... Quer dizer, às vezes eu sou... Mais um capítulo e agora vou dormir, prometo tentar voltar antes do ano novo! Juízo na minha ausência, e não façam nada que eu não faria.

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Lauren POV

O ambiente em que me encontrava era uma mistura de café com um pub, talvez sua arquitetura me remetesse a um restaurante. Cadeiras de madeiras, uma área arejada, um palco onde uma banda tocava Jezz. Julgando pelas pessoas que se encontravam ali percebi que era como uma lanchonete para adultos, um lugar para relembrar os tempos de menino sem perder o status de adulto. Nunca havia frequentado lugares do tipo, mas estava encantada com o ambiente e o astral sério e juvenil que transpirava.

- Atrasada como sempre, Lauren. – Alexa levantou-se da cadeira para me abraçar calorosamente.

- Fiquei na Camila até ela sair e depois fui para Taylor me arrumar. – sentei-me ao seu lado e um garçom surgiu com o cardápio. – Coca com limão e gelo. – pedi.

- Você ainda não encontrou uma casa ou apartamento? – bebericou de sua bebida. – Está velha demais para ficar na casa da irmã.

- Não é fácil encontrar um imóvel nessa cidade. Mas estou de olho em um apartamento próximo à casa da Camila...

- Ainda hoje brincando de boneca? – interrompeu. Respirei fundo.

- Não quero brigar. – disse séria. – Mas eu fiz uma escolha e cabe a você como minha amiga respeitar.

- Não está mais aqui quem falou... – sorriu amarelo. – Eu respeito sua decisão, mas isso não me impede de ser contra essa loucura. – bufou. – Lauren você é o cachorrinho da Camila e seu filho te trata como quer porque percebeu que você faz tudo por ele. – Alexa pôs sua mão esquerda em cima da minha direita. – Eu odeio te ver nessa situação de vulnerabilidade, mas amiga você é Lauren Jauregui e Lauren Jauregui não se sujeita a isso... – deixou a frase morrer quando o garçom voltou com minha bebida. Um silêncio incômodo invadiu o ambiente. Sempre as palavras de Alexia rondavam minha mente como abutre a procura de carniça.

- Eu amo a Camila. Não consigo me imaginar com alguém diferente. – suspirei. Arrependi-me por não ter pedido um copo de uísque.

- Sei que ama porque deve ter um sentimento muito forte para você se sujeitar a essa novela mexicana, mas amiga esse relacionamento se tornou algo doentio e cabe a mim, já que você não enxerga, te mostrar a verdade. Você se machuca. Camila se machucar e até o pequeno Jauregui vai sair machucado disso. – parou para pensar. – Talvez Cabello nem se machuque porque ela é a que mais lucra com sua cegueira.

- Eu vim aqui de boa para conversar com você, mas não estou disposta a ser insultada e nem permitir que insulte Camila. – rosnei. – Nós estamos fazendo de tudo para que dermos certo. David sabe que estamos namorando. Não significa que a guerra está ganha, mas se o primeiro passo não for dado à caminhada nunca começará. – massageei minhas têmporas sentindo um pequeno latejar por causa do rumo que a conversa tomou. – Não seja amargurada com o relacionamento dos outros se você nunca se apaixonou. – Alexa gargalhou divertida.

- Lauren, eu sou um ser livre. – ela brincava com seu copo. - Amar é uma droga e torna a vida um inferno. Eu aproveito cada segundo da minha vida, eu provo de culturas e conhecimentos, enquanto você se afoga em ilusão. – balançou o líquido do copo. - Eu aproveito cada sensação que meus relacionamentos me proporcionam enquanto você está presa em algo quebrado. – olhou em meus olhos. - Você é viciada nela e você se humilha para ter um pouco de sua droga, você está disposta a fazer qualquer coisa por uma pequena dose. – bebeu uma dose grande. Alexa delicadamente secou uma gota de sua bebida que escorria e chupou o dedo. – Você merece alguém que seja menos problemático, alguém leve. Você precisa deixar-se levar pelo vento, uma borboleta livre... – mostrou o ambiente abrindo os braços. - Há um mundo a se aproveitar e você há tempos não vive por causa de suas amarras. Seu sorriso é lindo, a coisa mais encantadora, mas é preso por uma marca de preocupação, medo e desconforto. Você age como se o mundo jogasse contra você, quando você é seu próprio inimigo. – minha amiga segurou minhas mãos. – Eu quero minha amiga de volta, aquela safada e meiga com aquele sorriso diabólico e os olhos de anjo. – acariciou minha mão com o polegar. - Eu sempre vou deixar você fazer suas escolhas, mas não seria sua amiga se apoiasse todas suas loucuras.

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