Capítulo 17- Clara

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CAPÍTULO 17 — CLARA

A semana passou tranquila, por mais que eu tente a imagem de Marcelo sempre vem em minha mente. Não o vi desde terça-feira, troquei o horário da academia e na faculdade estudamos em prédios diferentes.

Tudo bem. Eu confesso, estou mentindo. Vi Marcelo sim, mas foi pura coincidência.

Deixa-me explicar, vocês vão compreender. Eu e Carol resolvemos dar umas voltinhas no bloco de direito, só para ver o movimento e apreciar a vista. Adivinha quem a gente viu no corredor? Sim ele mesmo: Marcelo, estava super, mega comestível, com uma camisa branca e calça jeans preta, lindo sexy e perfeito. Confesso que senti saudades, deu até vontade de chegar perto e falar com ele. Até fui à sua direção, mas para estragar minha visão a princesa vaca no cio Dayana estava junto. Então, me restou dar meia volta e voltar para o bloco de humanas e apreciar a vista do Montanha, visto que não tem outro mais lindo, sexy e gostoso como ele no bloco.

Não sei explicar meu ódio por Dayana. Ainda não consigo entender como pode um cara tão legal igual Marcelo namorar uma guria como ela. Não é implicância, mas ela o traiu, namorava Montanha e Marcelo ao mesmo tempo. Como ele não consegue enxergar que Dayana não é flor que se cheire? Que não serve para ele.

Sei que também não sirvo para Marcelo, não sou namorável, mas ele merece uma pessoa legal e essa pessoa não é a Dayana. Mas isso não é problema meu, nem posso alertá-lo sobre a cobra, pois vai achar que sou recalcada. Desejo sorte a Marcelo.

Hoje é sexta-feira dia da festa que o povo tanto falou essa semana. Hoje é dia de bebemorar, afogar as magoas, arrumar um peguete e esquecer de uma vez o Marcelo. Será que consigo?

Fui para a facul, assisti às aulas do primeiro tempo e vim embora me arrumar. A roupa escolhida foi um vestido salmão de lese com a cintura e seios bem marcados e um leve caimento nos quadris, o comprimento entorno de cinco dedos acima do joelho. Max brinco e colar, maquiagem bem marcada e meu poderoso batom vinho, que deixa minha boca bem desenhada. E para completar sandálias de salto pretas.

Eu sei, estou um arraso. Hoje quero me acabar de dançar e apagar todos os vestígios de Marcelo da minha mente.

Meu celular apita, olho a mensagem do Montanha avisando que ele já está me esperando. Dou uma última conferida no visual, pego minha bolsa de mão tranco a porta e vou de encontro com os melhores amigos do mundo.

— Olá, cheguei — entro no carro. Fecho a porta e Montanha coloca o carro em movimento, pegando o rumo da festa, ou seja, da minha perdição.

— Agora sim— Carol olha para todos nós— o quarteto está completo.

— Eu não vejo a hora de chegar nessa festa, esperei a semana inteira — Eva diz toda animada.

— Eva, desencantou do Alê mesmo? — pergunto.

— Clarinha, para! Deixa Eva ser feliz, ela não pode ficar esperando ele acordar para a vida — diz Carol.

— Isso mesmo, Eva, se divirta. Não fique esperando ele não — Montanha diz, olha para nós três e completa. — Eu sou sortudo mesmo.

— Sortudo por que, Montanha? — questiono.

— Porque estou indo acompanhado pelas três mulheres mais lindas e gostosas daquela festa.

— Acho que hoje você vai ter trabalho, Montanha — alerto ele.

— Já percebi, Morena, porque hoje você está vestida para matar. Não só você, as três.

Eu e as meninas damos risada, e seguimos para a festa, animadas. É isso que eu quero hoje, quero esquecer Marcelo e seus beijos maravilhosos.

Chegando bem próximo à festa, cujo nome é "Festa do Bacana", já percebemos que está bombando, visto que não encontramos lugar para estacionar. Depois de muita procura Montanha encontra uma vaga e estaciona. A fila para entrar está enorme.

Jogando com a Sedução - postagens diáriasOnde histórias criam vida. Descubra agora