CAPÍTULO 9 - CLARA

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Clara

— Ai, meu Deus, que beijo foi esse? — sussurro, colocando a mão na boca.

Ainda estou parada feito uma pedra, sem reação, vendo Marcelo de indo embora pelo corredor. Não consigo acreditar no que ele fez, como pode me beijar dessa forma? Que ódio, quem ele pensa que é? Me beijar assim, me ameaçar e ir embora me deixando com cara de tacho, isso não vai ficar assim. Vai ter troco, pode ter certeza disso, Marcelo.

Respiro fundo, me situo e começo a pegar os livros do chão e guardá-los na prateleira, vou até a mesa que, minutos antes, estávamos juntos e percebo que ele realmente foi embora, ou está fugindo de mim.

Arrumo minhas coisas e saio da biblioteca em direção ao Núcleo de Ensino, coloco meu caderno e um livro no armário, pego a chave e o capacete e vou em direção ao estacionamento. Mando uma mensagem de texto para as três pessoas que mais preciso nesse momento.

"No meu apartamento daqui uma hora

Montanha, traga duas garrafas de vinho.

Meninas, tragam o chocolate"

Para melhorar o meu dia, quando monta na Penélope um palhaço fala:

— Gostosa, queria ser essa moto para ficar no meio das suas pernas. — O coitado mexeu com a pessoa errada hoje.

— O que adianta ficar no meio das minhas pernas se você não saberia usar o que tem no meio das suas — rebato e saio, sem esperar resposta, em direção ao meu apartamento.

Não sou obrigada a ouvir cantada barata. Hoje não estou com paciência para babaca.

Já no meu apartamento, ligo o rádio e começa a tocar a música Anjo Bom e Anjo Mau - Thaeme e Thiago

— Marcelo, se prepara porque você vai conhecer o meu anjo mau.

Vou para o banheiro, tomo um demorado banho, pois somente um banho, duas garrafas de vinho e chocolate serão capazes de controlar o ódio que estou sentindo. Enquanto a água cai nas minhas costas me lembro de como foi o beijo do Marcelo, seu gosto, seu cheiro. Eu não poderia estar sentindo isso.

— Só quero seu corpo nada mais — digo baixinho.

Não existe nenhum sentimento além do desejo.

Acabo o banho, coloco um vestido leve, penteio o cabelo e escuto a campainha tocar. Vou até a porta e abro, é o Montanha que está com as duas garrafas de vinho na mão.

— Está tudo bem? — pergunta, abraçando-me.

— Não! Entra. — Montanha me entrega as garrafas e senta-se no sofá. — Vai beber agora ou esperar as meninas?

Jogando com a Sedução - postagens diáriasOnde histórias criam vida. Descubra agora