Diário de Um Sobrevivente

01/05/2018

São 8h55m da manhã e decidimos fazer a nossa primeira incursão na cidade procurando mais mantimentos.

Ainda temos metade da despensa cheia, mas achamos melhor irmos agora antes que a população de zumbis aumente na frente de nossa casa ou que os alimentos sejam todos saqueados pelos sobreviventes remanescentes.

O grupo que fará a patrulha já está separado, vão ser três pessoas, eu, meu pai e meu tio, vamos levar o revólver conosco, apesar de já ter nos deixado na mão uma vez é a nossa única opção, meu tio também empunhou um facão e eu peguei um dos rádio comunicadores.

Tinha uns 8 zumbis perto do nosso portão e precisávamos dar um jeito de não deixar com que eles entrassem assim que abríssemos pra sair, então meu tio teve uma idéia. Enquanto nós três estivéssemos dentro do carro, Kleber, meu vizinho, jogaria um pedaço de carne na rua, o sogro do meu tio ficaria responsável pelo portão e usaríamos o tempo que os zumbis ficariam distraídos pelo pedaço de carne pra sairmos.

Bom, agora são 12h15m da tarde e chegamos a pouco tempo, foi relativamente fácil nossa primeira patrulha, fomos ao bairro vizinho a procura de alimentos, achamos um mercadinho que ainda tinha alguns produtos e fizemos o saque,em uma situação comum estaríamos encrencados com a justiça mas isso acabou junto com o resto do mundo, agora a lei que rege é a da sobrevivência e nela não há justiça. Alguns zumbis chegaram perto mas saímos antes que eles nos alcançassem.

Além dos alimentos achamos mais um brinde na rua, Edinho, meu tio, avistou uma viatura da policia no fim da rua, fui com ele até lá e achamos duas armas dentro dela, uma pistola 9mm carregada e uma 765 com meio pente e tinha mais munições dentro do porta luvas, dois pentes da 9mm e um da 765, até aí só tínhamos tido sorte, mas a coisa começou a desandar. Além dos vários zumbis que vimos no caminho, enquanto voltávamos pra casa Kleber nos passou um rádio informando que o número deles na frente da casa também só fez aumentar e agora parecia ter o dobro deles.

Paramos na esquina da rua e meu pai passou um rádio e eu dei uma ideia, pedi pra que preparassem alguns coquetéis molotov e que jogassem um pedaço de carne como da primeira vez, fizeram isso, alguém jogou o pedaço de carne e os zumbis se amontoaram pra pegá-lo, assim que eles se juntaram eu vi algumas garrafas voando de dentro da casa e explodindo assim que caíram em cima daqueles desgraçados.

Descemos a rua em alta velocidade e atropelamos alguns deles, assim que chegamos o portão foi aberto e quando entramos foi fechado, estávamos novamente seguros. Ficamos alguns minutos vendo aqueles desgraçados queimarem e caírem de uma vez por todas no chão, era uma cena horrenda mas que nos motivou de uma maneira incrível.

Checamos os mantimentos e vimos a despensa novamente cheia, foi um bom dia,derrubamos vários deles e conseguimos duas novas armas.

04/05/2018

Fiquei intrigado com nossa primeira patrulha pelo fato de não ter encontrado mais ninguém vivo de verdade, eu achava a ideia de várias pessoas também estarem sobrevivendo como nós óbvia, mas perco a esperança a cada dia que passa.

Depois daquele nosso showzinho no dia da patrulha a quantidade de zumbis na rua diminuiu consideravelmente, tem uns 6 ou 9 espalhados e perambulando pela rua, são mais burros do que eu pensava, mas não são tão lentos quando nós veem.

Hoje meu avô passou o dia amolando os dois facões e a foice que temos em casa, as nossas atividades continuam as mesmas, alguns de nós tentam não demonstrar o abatimento, mas isto é inegável, espero alguma transmissão de rádio, mas nada até agora. Edinho e meu pai que também se chama Luciano passaram uma hora derrubando uns cocos e bebemos eles no jantar.