18/12/2018(Continuação)

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Poucos segundos depois já estávamos em frente ao posto, Edinho reduziu bastante a velocidade mas não chegou a parar.

- Não tem nada aí. – Falei. – Vamos em frente.

Seguimos caminho pela estrada sempre atentos em qualquer sinal que pudesse nos dar uma pista ou algum sinal deles mas não avistamos nada. Era sempre mais do mesmo. A estrada nos levava ainda mais em direção ao interior e por volta do meio dia nós cruzamos com uma cidade no caminho.

A cidade parecia pequena e paramos na entrada dela para discutir sobre se entraríamos lá para procurá-los ou continuaríamos seguindo caminho.

- E ai? Vamos entrar dessa vez? – Felipe perguntou.

- Estou pensando. – Edinho respondeu com o carro já parado.

- Se entrarmos ai e não tiver nada só estaremos perdendo tempo. – Falei.

- Se continuarmos parados aqui apenas discutindo aí sim que estaremos perdendo tempo. – Barbara disse.

- Concordo com ela. – Edinho falou dando partida no carro. – Vamos dar uma olhada pra ver se achamos algo. Isso não vai nos roubar muito tempo.

Entramos na cidade por um acesso vindo da BR e logo depois que passamos da primeira rua vimos um posto de combustível mais a frente. Não vimos nenhum zumbi até então e como não estávamos com tanta gasolina acabamos indo até lá antes de vasculhar a região atrás de algum sinal da nossa família.

Como quase sempre acontece o posto não tinha mais nenhuma gota de gasolina nas bombas. Edinho conferiu todas com ajuda de Felipe enquanto Barbara e eu aproveitamos pra olhar o que sobrou da loja de conveniências. Não tinha nada aproveitável lá, o que não foi uma grande surpresa.

Locais expostos e movimentados como estes dificilmente continuam com suprimentos por muito tempo, ainda mais um assim próximo da estrada principal. Eu já sabia da baixa possibilidade de encontrar algo, mas visto nossa sorte em encontrarmos coisas ultimamente acabei tendo fé de mais.

Antes de voltarmos pro carro, eu e Barbara passamos em frente a oficina de troca de óleo e revisão que ficava ao lado da conveniência e decidimos olhar lá também. Edinho já estava nos chamando mas como já estávamos lá dentro eu e ela consideramos ser melhor vasculhar logo tudo.

Barbara ainda conseguiu encontrar algumas ferramentas e eu achei uma garrafa de óleo lubrificante pro motor do carro. Antes de sairmos de lá em definitivo eu decidi forçar uma porta que eu havia tentado abrir assim que entramos e com alguns escorões conseguir arrombar. E o esforço valeu a pena já que lá dentro encontrei dois galões com gasolina.

Nem precisamos chamar Edinho pra ir até lá, ele já estava tão aborrecido com nossa demora que veio com o carro até a entrada da oficina, Barbara o viu assim que saiu. O aborrecimento dele passou no instante que ele me viu com os galões na mão. Reabastecemos o carro e continuamos caminho adentro na cidade.

Rodamos por meia hora mais ou menos e percorremos várias e várias ruas mas não achamos nada que nos chamasse atenção. Sempre mais do mesmo até que passamos por uma rua onde havia cerca de uma dezena de zumbis mortos concentrados todos numa pequena região.

Também é comum vermos zumbis mortos por aí mas nessa quantidade e do jeito que seus corpos estavam dispostos não é algo que se vê todo dia, então decidimos parar o carro e descemos pra observar.

- Já estão aí faz um tempo. – Falei chutando de leve um dos corpos.

- Tem perfurações de bala neles. – Barbara falou olhando outro zumbi.

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