Capítulo 11 - Tiro no próprio pé

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     •Por Juliana

"A faculdade não tem graça nenhuma, agora com você estudando lá, terei um motivo ótimo e lindo pra ir. "

Quem essa garota pensa que é pra falar assim com ele? Hahahahhaha ai ai viu, nem falo nada.

Continuei a minha conversa com o Gui, a qual estava muito boa por sinal, mas que já estava tomando caminhos diferentes...

-E você namora Ju? - Vai começar...

-Não, não namoro. -Fui direta.

-Entendi. E você ta solteira mesmo ou ta de rolo com alguém por ai?

-To tranquila. - Expliquei

-E será que eu tenho alguma chance com a loirinha? - Ele falou, chegando bem próximo a mim.

Antes mesmo de eu responder, do nada, voou um copo de cerveja, que bateu na cabeça dele e derramou todo o líquido dali em seu colo. Quem fez isso? Não sei, mas tenho uma vaga ideia de quem seja.

-O que que foi isso? -Eu perguntei, assustada. -Meu Deus, olha a sua calça... a sua camiseta... E a sua cabeça, tá sangrando Gui...

-Fica tranquila Ju, tá tudo bem.

-Tudo bem nada, você ta todo sujo e melado. E a sua cabeça, ta tudo bem? Ta sentindo alguma dor?

-Eita parça, desculpa ai, eu fui tentar jogar a latinha pro meu brother ali, e acabou pegando em você, desculpa mesmo. -Ycaro apareceu, juntamente de Rodrigo e Igor.

-foi tudo tão rápido... - Ele disse.

-Gui, tá tudo bem com você? -Yanna perguntou, preocupada.

-Ta sim Ya. Fica tranquila. Eu vou embora que é melhor.

-Não, que isso brother, fica ai, a festa mal começou. -Igor disse, com uma cara de sarcasmo, que me tirava do sério.

-Mas pra mim já terminou. Com licença. -Ele se levantou.

Nesse momento Rodrigo e Igor começaram a rir, quietinhos, mas que eu consegui ouvir muito bem.

-Espera ai Gui, eu vou com você. Eu te levo pra casa. -Me levantei também.

-Que isso Ju, vai deixar a festa? -Rodrigo me perguntou.

-Vou. Eu não sei se você percebeu, mas o Guilherme está bem mal. Com licença. -Acompanhei-o. -Calma Gui, eu vou cuidar de você. - disse, abraçando-o

-Ya, não se preocupa comigo, estou com o Gui. Beijo. -Gritei e ouvi um 'ok' vindo dela.

Se o Rodrigo fez aquilo pra me afastar do Guilherme, o que eu acho que foi o real motivo, se ferrou, porque deu tudo errado. Deu um tiro no próprio pé, como diz o ditado.

Desci para o estacionamento, o ajudei a entrar no carro e fui para o banco do motorista.

-Você dirige é? -Ele estranhou.

-Sim! E fica tranquilo porque eu não sou barbeira.

-Eu estou. Confio em você.

Fizemos o caminho até o apartamento dele numa tranquilidade só. Graças a Deus o trânsito estava uma beleza e chegamos bem rápido no prédio dele.

-Está entregue. -Eu disse, estacionando em uma das vagas que ali havia.

-Obrigado Ju, obrigado mesmo.

-Que isso, nem precisa agradecer. Bom, eu vou pegando o meu caminho porque ainda terei que esperar o táxi.

-Não, que isso Ju. Eu te levo em casa.

-Ah capaz mesmo. Fica tranquilo ai, que eu vou de táxi mesmo.

-Claro que não. O mínimo que eu posso fazer por você é isso. Eu só preciso subir, tomar um banho, colocar um curativo aqui na minha testa e pronto, estou ótimo.

-Não Gui, fica ai e descansa.

-Eu só vou descansar se te levar pra casa. Vai Ju, só me espera tomar banho e eu já te levo lá.

-Será?

-Sim! Agora vem, vamos subir. -Me pegou pelo braço e me puxou em direção ao elevador.

Subimos, esperei ele tomar banho, fiz um curativo na sua testa e logo estávamos chegando em casa. 

-Agora sim vou dormir tranquilo sabendo que você está em casa, sã e salva.

-Ai meu Deus -Sorri. -Obrigada pela carona e vê se cuida desse machucadinho ai.

-Pode deixar. Se cuida você também.

-Ta bom, beijo.

-Beijo.

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E laia. Nem falo nada.
Beijocas
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