Capítulo 37 - Página Virada

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     •Por Rodrigo

Apesar do susto, nós conseguimos dormir bem. E foi até melhor ter a Lelê ali do meu lado. Agora sim, nada me faltava.

O dia foi de surpresas, pois meus pais resolveram fazer uma visita pra nós, juntamente do Fi, Mari e a Luíza, minha sobrinha.

Passaram o dia todo conosco. Aproveitamos para ir à praia, shopping, parque, lugares que durante a semana nós não temos tempo de visitar.

Meus pais ficaram muito felizes pelo quarto da Lelê e por tudo que estava acontecendo. Já a noite, enquanto as crianças brincavam no quarto, a gente conversava na sala.

—Então quer dizer que a senhora só me ligou pra saber algumas informações pra poder vir pra cá? —eu disse abraçando minha mãe.

—Claro!! —me retribuiu o abraço.

—Filho, e a família da Lelê, não se manifestaram ainda? —meu pai perguntou.

—Não pai. Acho que aquilo era tudo papo. Tudo coisa de momento ou só pra causar confusão mesmo.

—Pois é... —ele concordou.

Nesse momento meu celular começou a tocar. Estranhei o número mas atendi.

—Alô?!

—Fala Rod, se esqueceu dos amigos foi?

—Bernardo? É você?

—Claro né cara. Seu melhor amigo, quem mais seria?

—Só perguntei porque não estava salvo o seu número aqui. Mas fala aí, como estão as coisas por aí? Você está sumido cara...

—Tá tudo bem sim! Sumido está você... Porque não está indo pra faculdade? —perguntou.

—Vish, história longa cara.

—Eita. Porque você não dá uma chegada aqui em casa? Faz tempo que a gente não conversa.

Aí aí aí, Juliana vai estar lá —pensei.

—Melhor não cara, não quero atrapalhar a sua família aí...

—Eu estou sozinho aqui. Minha irmã e minha mãe foram ao mercado e o meu pai não tá nem morando mais aqui, quase.

—Tia Cris está por aqui?

—Sim. Veio passar alguns dias com a gente.

—Que legal. Bom, então se é assim, eu vou aí te fazer companhia. Já já eu chego.

—Beleza então cara, vou te esperar.

—Tá bom. —desliguei o telefonema e me dirigi até minha mãe. —Mãe, eu vou na casa do Bernardo rapidinho, daqui a pouco eu volto. Vocês ficam com a Lelê aí?

—Tudo bem filho, pode ir. Tá tranquilo.

—Então tá bom, vou só trocar de roupa e já vou.

—Tá bom.

Troquei minha bermuda por uma calça, escovei os dentes e fui.

Aquela casa me trazia boas e más lembranças. Ali passei vários momentos bons da minha vida, mas também momentos ruins, que eu prefiro nem me lembrar.

—Fala brother, beleza?! —Bernardo disse assim que abriu a porta e me puxou para um abraço.

—Eai cara, quanto tempo!! Tá tudo ótimo, graças a Deus, e você? —cumprimentei ele de volta.

—Tudo também. Entra aí, fica a vontade. —ele me deu passagem.

—Licença. —entrei. —Sozinho ainda?

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