Complicações

Capítulo 40 - E a História se repete, outra vez.

Essa vai para Sof... Fica calma, que logo logo tem apego... Opa hahahahhahahaha

     •Por Rodrigo

Fui na casa do Bernardo, torcendo pra não encontrar com a Juliana. Não queria encontrar com ela porque sei que eu poderia fraquejar. Só que não deu certo. Ela apareceu lá e eu, na hora, preferi ir embora. Bernardo me pediu pra ficar, tia Cris me convidou para o jantar, mas eu preferi não ficar ali. Quando estava na porta, dei uma disfarçada e tentei encontrar Juliana pra me certificar de que ela não viria atrás. Graças a Deus ela quase não havia saído do lugar, só tinha ido até sua mãe. Quando Bernardo se despediu e entrou para casa, suspirei aliviado e fui em direção ao meu carro. Só que a senhorita teimosia veio atrás de mim e eu acabei falando o que não deveria.

Não só machuquei a ela, como a mim mesmo. E aquilo me fez muito mal. Cheguei em casa e minha cabeça estava estourando. Tomei um remédio e fui até o quarto da Lelê. Estranhei, pois estavam só os meus pais e nada da dela. Encontrei-a esparramada na minha cama. Dei um sorriso e fui dormir.

A noite não foi tão boa pra mim. Me virei a noite inteira na cama e quase não consegui dormir. Se dormi duas horas foi muito. As sete da manhã resolvi me levantar. Lelê não teria aula naquele dia por conta de alguns problemas na escola, então deixei-a dormir mais.
Fiz o café, coloquei uma roupa mais leve e decidi caminhar na praia. Precisava espairecer. Quando estava quase saindo, minha mãe apareceu.

—Bom dia filhote. —me deu um beijo no rosto.

—Bom dia minha linda. —Retribui o carinho.

—Posso saber onde o senhorito vai?

—Vou dar uma caminhada na praia pra espairecer.

—Opa, então me espera que eu vou também.

Se ela demorou dez minutos foi muito. Graças a Deus minha mãe sempre era rápida com essas coisas. Fomos até a praia de carro e começamos a caminhar.

—Vem cá e você cedo de pé? O que houve? Formiga na cama? —puxou assunto.

—Não consegui dormir muito bem hoje. —respondi

—Porque?

—Não sei também.. Me revirei na cama a noite toda, mas não consegui dormir.

—Credo filho. Mas aconteceu alguma coisa pra você estar assim?

—Não, nada. —menti.

—Nada mesmo? —insistiu.

—Nada mesmo dona Ana.

—Na minha opinião essa insônia aí tem nome, sobrenome e um sorriso lindo...

—Mãe...

—Me conta vai, o que aconteceu entre você e a Ju? Eu estou curiosa poxa.

—Esse é o problema dona Ana, nem aconteceu.

—Mas como assim? No velório do Marcos e da Alessandra vocês estavam super juntos; andando de mãos dadas e tudo.

Eu contei toda história minha e da Ju pra ela, que entendeu mas que não aceitou o que eu havia falado pra ela na noite passada.

—Desculpa filhote, mas você foi muito errado de ter dito isso pra ela. Você deveria ter ouvido. Quem sabe vocês não se acertassem...

—É ruim ein mãe. Certeza que o que ela queria conversar não tem nada a ver com a gente se acertar.

—e como você sabe? Não chegou nem ouvir a menina e já está julgando ela?

—Não estou julgando...

—Ah não? —foi irônica.

—Não! Apenas não quis alimentar algo que eu já sei que não vai dar certo. Então, por favor, vamos esquecer de tudo isso. Vida que segue.

Mudei de assunto e evitei o assunto "Eu e Juliana". Não queria pensar nisso naquele momento. Voltamos pra casa e quando chegamos, vimos a Lelê, juntamente do meu pai, brincando no parquinho do prédio.

—Papai! —ela gritou ao me ver, mas se afastou percebendo que eu estava suado. —Eca, você está suado papai.

—Com este calor, tem como não ficar suado meu amor?!

—Vai tomar banho já. —mandou.

—Acho que vou ficar um pouquinho aqui com você.

—Sério?? Aí que delicia. Vem!! Vamos ali no escorregador. —me puxou pelo braço. —fica aí olhando eu descer.

—Tá bom, mas cuidado viu. —fiz um sinal para o meu pai, que subiu para o apartamento junto com a minha mãe.

Ficamos brincando por vários minutos ali. Eu já estava completamente suado, e como estava muito sol, resolvi tirar a blusa.

Ficar por ali com a Lelê foi maravilhoso. Brincamos muito, como nunca havíamos brincado antes.
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Beijocas
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