Capítulo 30 - Rolo Mais Enrolado

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       •Por Juliana

Os dias se passaram como num piscar de olhos. Hoje voltam as minhas aulas e lá vamos nós para mais um semestre. Este ano eu finalmente termino a faculdade e por ser o último ano, irão começar os estágios. Eu até que estou ansiosa sabe, mas sei que será bastante cansativo.

O dia foi corrido. Tive que resolver algumas coisas da faculdade, tinha reunião com um pessoal da sala pra falar sobre os estágios, tive que fazer compra, porque em casa não tinha nada pra comer, enfim... Fiz tudo isso, cheguei em casa era quatro da tarde. Muito cansada, resolvi dormir.
Às seis e meia me levantei, fiz minha higiene, comi alguma coisinha e fui pra faculdade. Chegando lá, revi vários amigos. Mateus, Alice, Jéssica, Tay, Nath, Vinicius, até o Guilherme eu encontrei.

—Jessicat meu amor!! —abracei-a. —Que saudade de você amiga!

—Nem me fale Juju. Muitas saudades.

—Vem cá, cê viu a Yanna por aí?—perguntei.

—Não vi não. Ela não vinha sempre com você?

—Vinha, antes dela arrumar um namorado né, querida. —Rimos.

—O que as falsianes já estão falando de mim aí ein?! —Yanna apareceu atrás da mim.

—Yaaa!! —Jéssica foi até ela. —Estávamos apenas perguntando de você miga, relaxa. —abraçou Yanna.

—É então e de como você esqueceu das amigas depois que começou a namorar...  —fiz charme.

—Ai que mentira! Eu nunca trocarei vocês por ninguém, okay!!

—Acho muito bom. —falei.

—Mas vem cá, quem é esse gato que você arranjou, cara?! —Jé perguntou pra Yanna.

Elas embalaram numa conversa que eu preferi não me meter. O assunto? Relacionamento Sério.
A maioria das coisas que a Yanna falava, eram de duplo sentindo. Como se estivesse mandando uma indireta pra mim. De vez em outra, olhava pra mim, dava uma disfarçada e continuava a conversa.

—Ei, porque você tanto olha pra Ju ein?! Será que tem alguma coisa que eu precise saber, dona Juliana? —Jéssica percebeu as indiretas que Yanna dava pra mim e acabou questionando.

—Eu mesma não. —dei de ombros. —Eu vou pra minha minha sala que eu ganho mais. —me levantei do banquinho em que estava sentada ali e comecei a subir as escadas para o meu bloco.

—Ei, pode voltando, você não vai escapar de mim. Me conta essa história direito!! —Jéssica gritava.

—Aula de que mesmo? —Do que estávamos falando mesmo?

—Yanna, me conta. —Jé pedia.

—Eu não. Coisas da cabeça dura da sua amiga aí. Ela que te conte.

Entramos na sala, nos sentamos como sempre. Do lado direito nas três primeiras carteiras. Eu na parede, Yanna do meu lado e a Jé do lado dela.

—Se prepara, porque no intervalo você não me escapa. —Ela disse.

Eu ri. E muito.

Intervalo chegou e ela me encheu o saco pra eu contar o que tinha acontecido nessas férias.

—Já te disse, não aconteceu nada demais Jéssica.

—Se não tivesse a Yanna não iria ficar dando indireta pra você.

—Indireta? Pra mim mesma que não foi. —Me fiz de boba.

Ela ficava louca com aquilo. Fomos até a cantina comprar alguma coisa pra comer e a Yanna encontrou com o Bruno. A Ya o apresentou para a Jé e me cumprimentou.

—Tudo bem Bruno? —perguntei

—Eu que te pergunto, tudo bem?

—Tudo ué, porquê? —Estranhei.

—Nada não. E com o Rod, tá tudo certo? —Só vi a mãozinha da Yanna o beliscando. —Ei. —ele reclamou.

—Não sei não. Você não sabe?

—Não...

—Pois é, se você que é irmão não sabe, imagina eu.

—Ju... —Yanna reclamou.

—Se vocês me dão licença, eu vou sentar pra comer.

Me sentei em uma das mesas que ali havia, juntamente da Jé, enquanto Yanna dava um "bronca" no Bruno. Depois de dar uma conversada, ela se despediu dele e veio sentar conosco.

Enquanto a Ya conversava com o namorado, eu não aguentava mais ouvir a Jéssica perguntando e acabei contando. Yanna chegou no meio da conversa.

—Ta contando do seu rolo mais enrolado da história? —ela perguntou

—Não tem rolo nenhum.

Continuei a história e infelizmente, ela concordou com a Yanna.

—Ju, me desculpa, mas agora quem está dando tiro no próprio pé é você mesma. Cara, o homem te quer, você quer ele, fica junto logo de uma vez.

—Não é tão simples assim Jé...

—É simples sim, quem complica são vocês mesmos. Quer dizer, você complica né.

—Jé, desista. Eu já falei tudo isso pra ela e não adianta, ela não escuta. Ela é bem grandinha pra saber o que faz e quais atitudes tomar numa situação dessas. A nossa parte a gente fez. —Yanna disse.

Eu não quis falar nada, até porque ninguém vai me entender. Discutir só vai piorar as coisas, então... melhor ficar na minha.

Quando estávamos voltando pra sala, achei estranho passar pela porta da sala do Rod e não o ver ali. Ele não era de faltar. Pensei que pudesse estar na segunda cantina ou no banheiro, talvez.

Quando a aula acabou, acabei pegando carona com a Yanna e o Bruno, pois estava sem carro e o ônibus já tinha passado. Dentro do carro, quis me explicar com o Bruno, pelo ocorrido durante o intervalo.

—O Bruno, desculpa pela maneira que eu te tratei aquela hora viu. Eu não fiz por mal e nem tenho nada contra você.
Apenas falei sem pensar.

—Não Ju, relaxa. Eu é que falei demais. Não sabia do que tinha acontecido. Desculpa viu.

—Tudo bem. E você sabe como a Lelê anda? Tá se dando bem com o Rod?

—Eles estão como tudo nessa vida né, tem momentos bons e ruins também. De vez em quando ela chora pedindo para os pais voltarem, mas depois passa e ela fica boazinha. Depende do dia né.

—Ah mas sente falta mesmo né, uma figura tão próxima então, é difícil apagar da memória.

—Pois é. Fez um mês hoje que ela tá lá com ele.

—Que legal. Que bom que está tudo nos conformes.
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Quero aqui pedir desculpas pela demora. Eu estava num acampamento nesse final de semana e voltei ontem.
Fic voltando com força total!!
Beijocas
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