Capítulo 29 - Oi?

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       •Por Rodrigo

Alguns dias se passaram e hoje completa um mês que eu estou com a Lelê. Te-la na minha vida é como se eu tivesse o mundo nas minhas mãos. Ela que fazia o meu dia feliz. Ela que me colocava pra cima nos dias tristes. Ela era, literalmente, a minha felicidade.

Amanhã vão começar as aulas na escolinha nova dela. Procurei a melhor escola que havia por ali para poder matrícula-lá. Eu iria dar o melhor pra ela. E hoje era dia de compras.

—Ô tio, eu vi um estojo na TV maravilhoso, sabe tio; era vermelha e cheio de pérolas em volta. Lindo maravilhoso e que eu necessito urgentemente.

—Ué eu sempre achei que você gostava de rosa...

—Rosa é de patricinha tio. E está fora de moda. —ela era terrível. —

—Minha cor prefida é vermelho.

—Se fala preferida, meu bem. —Ri.

—Ahh, você entendeu né. —disse lindamente. —Nossa e a mochila que eu encontrei na internet... —ela tagarelava no banco de trás do carro.

—Você pesquisou sobre isso na internet menina? —questionei.

—Claro tio. Eu preciso estar ligada na moda escolar também ué.

Eu não acreditava no que estava ouvindo. Ela havia pesquisado sobre tudo que estava na moda escolar, pra poder comprar igual. Até uma lista ela fez.

Passamos a manhã inteira fazendo compras para o material escolar e também fomos comprar o uniforme da escola.

—Pronto? Tudo certo? Não está faltando nada? —perguntei à ela.

—Não. Acho que está tudo aqui. Mochila, caderno, lápis, lápis de cor, régua, estojo... —começou a rever sua lista. —Tá tudo aqui.

—Ótimo.

—Agora vamos almoçar. Partiu MC Donald's. —saiu andando.

—Ei, ei, ei , ei, ei, nada disso. Nós vamos almoçar de verdade. Nada de fast food a essa hora.

—Ah tio, mas eu queria um Mc Lanche Feliz. —eu não aguentava aquela carinha.

—Amor, esse tipo de comida não faz nada bem pra gente nesse horário. Vamos num restaurante mesmo, almoçamos lá e de noite a gente compra o Mc Lanche Feliz, melhor assim?

—Só se vier com batata grita grande e —esticou o dedinho pra mim, em sinalizando que ela que mandava. — sorvete pra acompanhar.

—Tá bom.

—Promete?

—Prometo!

—Promessa de dedinho? —esticou o dedo mindinho pra mim.

—Promessa de dedinho. — engajamos os dedinhos e eu dei um beijo na bochecha dela. —Agora vamos logo, que o tio ainda tem um monte de coisa pra fazer.

Entramos no carro e fomos até um restaurante da família. Comemos a vontade e na volta pra casa, a Lelê apagou de sono.

Chegando em casa ela acordou. Tiramos às coisas do carro e subimos para o apartamento. Durante a tarde, fiquei montando algumas coisas para fazer uma surpresa pra ela. Enquanto ela colocava todas as coisas em ordem no meu quarto, eu trabalhava em algumas ideias.

A noite chegou e a primeira coisa que ela fez depois de ter tomado banho, foi me cobrar a promessa de mais cedo. Fomos até o Mc mais próximo e compramos. Ela sempre se acabava nesses lanches. Era seu preferido.

—Ai que pena que já acabou. —ela disse, olhando para o embrulho sem nada.

—Você não existe Lelêzinhaa!! —peguei-a no colo e a levantei pro alto.

—Claro que existo. Eu estou aqui, não estou?! —Gargalhava.

—Está!! —Coloquei ela no chão. —Agora vai colocar seu pijama e partiu dormir, que amanhã tem aula!

—Eba!! Será que vai ser legal ein Tio? Será que eu vou fazer novas amizade? Será que vai ter aquelas meninas patricinhas que se acham pra caramba... —Ela se perguntava sozinha, enquanto ia pro quarto.

No dia seguinte, lá estava eu, acordando aquela preguiçosa, as seis da manhã.

—Lelê... Lelêzinhaa... Acorda amor, seu primeiro dia de aula, lembra?! —mexia nela na cama.

—Me deixa dormir só mais um pouquinho tio. —disse manhosa.

—Não amor, levanta de uma vez que o sono passa.

—Ah pai, só mais cinco minutinhos, vai... —Ainda manhosa.

Espera aí, do que que ela me chamou?
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Eita!
Comentem, comentem, comentem. Estou carente u.u
Beijocas
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