Capítulo 51 - Dando a Notícia 2

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    •Por Rodrigo

Estava muito bom pra ser verdade. Tudo o que estava acontecendo parecia até mentira, diante do que a família da Alessandra havia falado. Na "carta" do juiz dizia que a família queria a guarda da menina e que eles tinham seus direitos. Só poderia ser mentira.

—Se eles acham que vão me tirar ela, eles estão muito enganados. —perdi a cabeça.

—Rod, calma. Ficar estressado agora não vai adiantar nada. Vamos avisar ao seus pais e correr atrás de um advogado, depois resolvemos o resto. —ela disse. —Severino muito obrigada, mas agora é com a gente. Com licença. —ela abriu a porta de casa e entrou novamente comigo.

—Eu não acredito nisso Ju... Eu não posso perder a minha filha.

—Rod calma. Eles não podem tira-la de você assim, do dia pra noite, precisa ser pesquisado pelo juiz. É uma burocracia tremenda isso. E outra, eles também são a família dela, têm os direitos deles.

—Eles nunca deram a mínima pra garota, agora que ela perdeu os pais e eu me dispus a cuidar dela, eles querem correr atrás dos direitos?! Ahh não. —me sentei no sofá.

—Por isso que você tem que ir atrás do Advogado, precisamos ver direitinho sobre isso com ele. Agora fica calmo, tá. —ela sentou ao meu lado e começou a fazer carinho nos meus cabelos.

Meu dia, que por sinal estava maravilhoso, se transformou no pior de todos. Liguei para os meus pais e contei a eles sobre o que havia acontecido.

—Rod, fica calmo. Não precisamos nos desesperar. Ligue para o Advogado Peixoto e ele saberá resolver isso. Amanhã estaremos pegando a estrada e indo aí para o Rio pra resolvermos melhor sobre isso. —meu pai falou.

—Tá bom. Vou esperar por vocês. Obrigado pai. —desliguei a ligação.

Meu pai, que havia me indicado o advogado Peixoto, me passou também o número do mesmo para que eu pudesse entrar em contato com ele.

Liguei para ele, expliquei toda a situação, falei que era filho do Beto Simas e ele logo aceitou nos ajudar nesta causa.

—Rodrigo, vamos fazer assim, amanhã nós marcamos uma reunião, juntamente de seu pai aí na sua casa e você me explica direitinho essa história, tudo bem?!

—Ótimo! As três da tarde, pode ser?!

—Claro!

—Então tá bom! Obrigado pela ajuda viu Doutor.

—Que isso, fica tranquilo que isso será resolvido logo logo. Até amanhã.

—Até. —desliguei.

Por enquanto estava dando tudo certo. Logo depois a Ju se despediu, novamente, e foi pra casa.

—Eu vou, mas amanhã eu volto tá moreno. Fica bem. —me deu um selinho e entrou no elevador.

O dia seguinte demorou a chegar, pelo menos pra mim demorou. Não consegui dormir direito durante a noite, ao contrário de Lelê e Luiza, que só acordaram no dia seguinte.

Me levantei as sete da manhã, tomei um banho e fui fazer o café. Assim que o coloquei na mesa a campainha de casa tocou. Eram meus pais.

—Oi pai. Oi mãe. Entrem, fiquem a vontade. —cumprimentei a eles.

—Saímos o quanto antes de casa viu meu filho. Como você tá? —minha mãe perguntou, enquanto me cumprimentava.

—Estou melhor mãe. Falei com o Advogado ontem e ele conversou comigo direitinho e me acalmou bastante.

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