Capítulo 1 - O grande dia

59.7K 2.4K 2.2K
                                    

NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR E CURTIR,

AJUDA BASTANTE <3 <3

Eu não dormi muito bem na noite anterior, confesso. Minha barriga estava doendo tamanha ansiedade. Vai ser minha primeira viagem internacional. Eu ainda não fiz quinze anos, mas estou viajando em uma das melhores épocas para ir à Orlando.

Eu sei o que você deve estar pensando. Orlando, que clichê. Bom, eu não acho. Fico babando nas fotos daquelas montanhas russas. Sempre quis ir em uma, mas aqui no Brasil é complicado. Você precisa se preocupar em não passar mal e além disso, torcer pro brinquedo não quebrar para você conseguir sair vivo. Sem duvidas, hoje é o grande dia!

Não vai estar tão frio e nem aquele verão monstruoso que sempre dizem, sem falar naquelas filas de três horas dos parques. Minhas malas já estão todas ao pé da cama.

Eu estou indo com um grupo de turismo, mas mesmo não estando legalmente sozinha, eu estou indo sem nenhum conhecido. Nunca tive muita dificuldade pra fazer amizade, mas no inicio é sempre mais chato e cansativo.

Quando eu estava pensando nisso o despertador tocou. Era como se ele gritasse "levanta logo, ta na hora, vai, agora", geralmente eu odeio acordar com esse som irritante.

Alias, é engraçado como o despertador arruina sua música preferida quando você passa usa-la para acordar. Já li uma pesquisa onde diziam que faz mal ao corpo acordar com ele, mas como ja estava acordada e sem sono, não liguei. Levantei da cama.

Apertei o botão do celular para desligar o alarme. Alonguei-me como costumo fazer.

Olhei para porta e meu pai já estava de pé e arrumado. Entrei no meu mini closet e me arrumei de frente ao espelho. Vesti a blusa azul marinho que a agência mandou cuja na altura do peito havia o slogan da empresa.

Meus cabelos ainda estavam como na noite anterior, negros e ondulados. Minha pele morena parecia mais clara com aquela luz.

Nada havia mudado, a não ser a cara de sono que eu carregava. Meus olhos fundos pelas olheiras. Peguei minha necessaire que já estava dentro da mala. Passei-a em todo meu rosto toda aquela base e pó.

Depois de preparar minha pele, finalmente a cara de sono tinha ido embora. Como ainda não passavam das 7, limitei-me a passar rimel.

-Alexia, já está pronta?

Minha madrasta perguntou do quarto dela. É, meus pais são separados. Eu já nem me incomodo com isso, foi tudo muito natural, apesar de na época eu ter cinco anos. Diferente desses filmes, onde a madrasta sempre era má, a minha era bem legal.

-To quase.

Despluguei meu celular da tomada e joguei ele e seu carregador dentro da minha bolsa a atravessando em meu corpo. Coloquei a mochila nas minhas costas e chamei meu pai para me ajudar com as malas.

Quando descemos, fomos logo procurar um táxi para não precisarmos achar vaga para o carro no aeroporto. Apesar do Rio de Janeiro ser quase sempre super quente, Copacabana estava fresco, talvez pela proximidade com o mar, ou pela boa vontade do universo. Eu adorava aquilo. Toda a mistura de pessoas de chinelo e roupas descontraidas e outras de terno e sapato social.

Depois de tres tentativas frustadas de pegar um táxi, que na verdade estavam cheios, o quarto finalmente parou na nossa frente.

Eu nunca sabia dizer as marcas e os nomes dos carros, por isso costumava dar nome para eles e com esse nao foi diferente, o chamei de Pablo, mesmo que mentalmente. Pablo era maior por dentro do que aparentava ser por fora.

De repente é você!!! (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora