O Acidente

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- Anna, não dá... É muito forte para você!

- Mãe eu... - Dou uma pausa pois minha garganta está trancada, meus olhos cheios de lagrimas e meu coração ardendo.

- Anna? Calma minha filha, ja passou!

- Não mãe, isso tudo... Eu... Eu preciso saber mãe por favor!- Suplico caindo no chão de joelhos.

- Tudo bem filha, mas terá que ser rápido pois que eu saiba você não veio aqui para isso.

Minha mãe fica de joelhos na minha frente e me da um beijo na testa e com isso sinto muita energia vir dela para mim. Eu vejo.

Estou vendo rapidamente alguma cenas aleatórias de antes de minha irmã e eu irmos para o hospital até focar na cena da gente saindo do hospital, minha irmã no colo do meu pai e eu no da minha mãe. Eles nos colocam no carro de meu pai, Aline na frente com meu pai, eu atrás de Aline em um banquinho para bebês e minha mãe do meu lado.

- Fiquei sabendo... da minha festa surpresa - Fala aline sorrindo.

- Pois é meu bebê, ainda podemos fazer, apesar de não ser mais surpresa. - Fala mamãe tentando parecer animada.

- Não se preocupa mãe. - Aline esta serena, feliz e pensativa, posso ver que está satisfeita em estarmos vivas.

Seria o final perfeito, depois de uma tragédia a família unida conversando sobre o futuro, mas tudo que é bom dura pouco não é mesmo? As cenas seguintes foram muito piores do que uma cena de filme de terror, e era real.

Vi meu pai dirigindo tranquilamente e simplismente do nada o pneu do caminhão que estava na nossa frente estourou fazendo dar uns dislizes para o lado e para o outro, foi tudo muito rapido, meu pai nao conseguiu desviar quando em um desses deslizes do caminhão ele bate com a traseira na frente do nosso carro como em um jogo de beisebol em que no caso, nós eramos a bola.

Então nosso carro gira varias vezes até sairmos da pista junto com o caminhão, batemos em uma árvore e finalmente paramos, o caminhão está logo a nossa frente.

Aline e meu pai não estão mais no carro e minha mãe está sangrando muito e eu estou quieta, assustada.

E quando parece que o terror da minha vida ja havia passado, posso ver que o caminhão que está a nossa frente está com a caçamba carregada de ferro, são muitos ferros grossos e pontudos.

Eles estão escorregando! Mamãe me abraça ficando sobre mim, e é assim que minha vida vira de ponta cabeça, minha irmã já morta, meu pai sobreviveu graças a Deus e minha mãe cheia de furos para me salvar.

É verdade, é verdade... Tudo isso é culpa minha, primeiro foi minha irmã que arriscou tudo para me salvar e agora você mãe?

Eu não posso fazer com que elas tenham morrido em vão, não posso me dar o luxo de fracassar, não posso morrer!

Cumprirei minhas promessas, as que eu fiz para o Gregóri e as que eu fiz para mim mesma, vou fazer de tudo para te salvar Will, porém se eu fracassar, não deixarei você se tornar um monstro sem coração nem alma! Se for preciso, matarei você.

- Anna, se levanta!

Abro os olhos saindo do meu estado de "transe" e voltando para a realidade.

- Anda vamos, não temos muito tempo! - diz Lucia.

- Tudo bem, obrigada por tudo mãe, não irei falhar! - Abraço minha mãe e saio as pressas com Lucia até um portão dourado gigante onde ela para e diz:

- Passando esse portão terá uma imensa floresta escura e no fim dela está o que você procura, eu só pude vir com você até aqui sinto muito.

Concordo com a cabeça e vou seguindo a diante até que ouço Lucia dizer para mim tomar cuidado, me viro para trás e ela já não está mais lá.

- Tenho que ser forte, pelo que Gregóri diz... Não será nada fácil.

Então pessoal, desculpem a demora para postar, mais ai está mais um capítulo da história, o que vocês estão achando? Não esqueçam de votar e comentar, isso é muito importante, até a proxima ♡

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