Depois de tudo o que aconteceu, Roman e eu ficamos em um "quase silêncio total". O silêncio era raramente quebrado por coisas como " Fique perto de mim que está vindo alguém", "Corre", "Se esconde", e coisas do tipo. Sim, era somente o Roman que falava na maioria das vezes, por quê? Porque depois de certo ponto desisti de discussões inúteis com alguém como Roman, ele sempre acha que está certo, se acha superior (apesar de ja ter salvo a vida dele), isso eu acho que ainda não contei né? Foi a mais ou menos uma hora depois que acordei do "afogamento"....
Naquele momento:- Se esconde, está vindo alguém. - Ele disse já me empurando.
- Eu posso me defender.
- Não, não pode! Agora vá!
Subi rapidamente em uma árvore gigante, não porque eu obedecia o Roman, era porque acabariamos morrendo se continuássemos discutindo. Sou bem madura para isso.
Vi ele lutando com uns homens que tinham se transformado em cães, cães iguais a visão que a floresta me deu.
Já tinham cinco lutando ao mesmo tempo com ele, quando veio o sexto e o derrubou, agora haviam dois cães sobre ele prestes a mata-lo quando eu pulei da árvore bem do lado deles, os chutei e eles voaram longe. Okay, dois ja foram agora só faltam quatro. Estava dando socos e chutes em dois enquanto os outros dois fugiram e de repente apareceram atrás de mim, Roman então os matou com uma adaga muito parecida com a qual Gregg havia usado, porém essa era extremamente fina e do tamanho de uma faca de cozinha. Logo depois atingiu os dois que estavam a minha frente com aquela lâmina fina e prateada de sua adaga.
- Sua idiota, você poderia ter morrido.
- Eu salvei a sua vida!
- Eu não pedi! Você não entende... Não dá para mata-los com socos e chutes!
- Por que não?
- São cães do inferno - Falou como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
- Ah é... Puts, como eu pude me esquecer dos cães do inferno... E sabe, como EU VENHO MUITO AQUI eu já deveria saber. - Falei usando toda minha ironia, afinal eu estava realmente brava.
- Se você ainda quer minha ajuda, me deixa fazer as coisas do MEU jeito.
- Tanto faz.
Depois desse momento seguimos em silêncio e quando vinha algo, ou ele me dizia para me esconder, ou para correr ou para lutarmos juntos (que era menos frequente pelo fato de que seu orgulho falava mais alto).
Nesse momento:
Bom, voltando ao assunto, já se passaram muitas horas desde o primeiro ataque (que foi o de seis cães) depois disso foram varios outros, de "espíritos perturbados" princicipalmente, mas também de várias outras criaturas, muitas delas da mitologia grega (só que bem mais apavorantes), eu não sei bem o nome deles pois não sou muito ligada a história... Mas teve uma mistura e tanto, homens com cavalos, homens com bode, homens com isso e com aquilo.
Já está escurecendo, fizemos algumas paradas durante o trajeto para beber, comer frutas e descansar. Roman me disse que demoraria mais ou menos um dia para chegarmos, estou apreensiva com tudo isso, quando chegar lá o que acontecerá? Espero que o plano de Gregg dê certo. Segundo Gregg, posso trocar a liberdade de Will por algo que ele queira, provavelmente meus dons. Caso isso não ocorra, devo sair do inferno e matar Will.
- No que está pensando? - Pergunta Roman com voz de preocupação.
- Não é nada de mais. - Solto um ar pesado dos pulmões.
- Ei, você que estava tão cheia de vida e de esperança... O que houve? Se foi o que eu te disse eu... - Eu o interrompi
- Não Roman, só estou cansada.
- Tudo bem, vá dormir. - Fala ele com compaixão.
Me deito na grama do lado de uma pedra que a pouco eu estava sentada, Roman se deita do meu lado e ficamos olhando para o céu estrelado.
- Que estranho, eu imaginava o inferno diferente.
- É que aqui não é literalmente o inferno, é só o início... O tapete de boas vindas.
- E como é o inferno?
- Você não iria gostar, é um lugar triste, agoniante e severo com as almas perdidas.
Respiro fundo e fecho os olhos, depois de um curto período de tempo, eu durmo.
Meu sonho:
Eu estava novamente vestida de empregada, naquele mesmo lugar, naquela mesma época. Só que desta vez eu estava como uma espécie de fantasma, ninguém me via nem ouvia.
Vou para a cozinha e vejo Trina se beijando com aquele homem que vi no jardim. Ela o chamava de "Alteza", será Mikael tinha um irmão?
Depois de um tempo andando pelo castelo, descubro que Mikael tinha um irmão mais velho chamado Luck, fiquei me perguntando o porque de Luck não ter sido coroado ao invés de Mikael, seu irmão mais novo.
Me lembro da morte de Mikael que foi 19:00, olho no relógio e vejo que falta pouco mais de cinco minutos. Vou para o jardim e vejo que Mikael estava saindo de lá acompanhado por alguém, uma mulher. Não consigo ver o resto dela, mas pelo vestido branco e pela touca branca tapando todo o cabelo, deduzo que seja uma mulher. Então ao andar vejo o movimento do colar novamente, é a assassina! Tenho que ver o rosto dela.
Quando eu me aproximo dela, tudo some, fica tudo escuro e eu acordo respirando forte e rápido.
Depois do sonho:
Acordei assustada e olho para o lado, vejo que Roman dorme, pela primeira vez. Ele deve estar muito cansado depois de tudo que aconteceu.
Em sua testa há um corte profundo que diferente dos outros está demorando muito para desaparecer.
Ando um pouco até chegar na cachoeira que ja havíamos passado a pouco tempo, rasgo um pedacinho da minha blusa (que é grandona) e molho na água que sempre está morna.
Boto o pano molhado em seu ferimento, limpando o sangue e ele acorda.
- Desculpe te acordar.
Ele pega minha mão que estava sobre o pano que estava sobre o ferimento em sua testa, eu o olho nos olhos e ele sussura:
- Obrigado.
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Acordo com o Diabo
ParanormalAnna era só uma garotinha quando conheceu William, um grande amigo a quem ela ama muito. Will e Anna descobrem o sobrenatural ainda criança ao investigar a morte de Gregóri, irmão de Will. Juntos descobrem a tantos problemas e misterios da vida o a...