POV's Kate
Casada? Eu era casada? Continuava olhando para a aliança no meu dedo e não conseguia me lembrar de nada. A porta se abriu e o homem que me disse que eu era casada com ele entrou de cabeça baixa e logo fechou a porta.
- Você vai receber alta amanhã. - ele disse sem me olhar.
- Hã... isso é bom, eu acho. - falei depois de um tempo.
- Tem certeza que não se lembra de nada? - ele perguntou me encarando com um olhar triste. Neguei com a cabeça. Eu tentava fazer um esforço, mas nada me vinha em mente.
- Pode me contar? - perguntei com um pouco de dúvida, e se ele estivesse mentindo? Eu juro que quebraria a cara dele.
- Tem certeza? - perguntou sem expressão no rosto. Assenti querendo saber. - Eu não sei por onde começar. - ele disse se sentando em uma poltrona que ficava do lado da cama. - Somos casados, e temos uma filha. - ele disse analisando cada expressão que eu fazia. Uma filha? - O nome dela é Brooke e ela tem 3 anos e meio. Adam não é seu pai e o Maicon é seu pai, so que ele morreu a duas semanas atrás, e foi quando você sofreu o acidente. Sua mãe esta viva e sua irmã morta também. Vocês se conheceram no Brasil e você gostou dela, pelo menos foi isso que você me disse enquanto estávamos lá. Sua mãe, bem, você não quer saber dela. Acho que isso é um resumo de tudo.
Olhei para ele assustada! Eu tinha dois pais e um estava morto, uma mãe desaparecida e uma irmã que estava morta? Aquelas coisas martelavam na minha cabeça, minha cabeça estava começando a doer. Tudo que vinha na minha mente eram borrões de pessoas e imagens distorcidas.
- Qual seu nome? - perguntei depois de um tempo em silêncio.
- Justin, Justin Bieber. - ele disse parecendo cansado. Esse nome não me era estranho, já tinha visto em algum lugar, eu tinha certeza. Mas porque era tão difícil se lembrar? Eu estava desapontada. Justin me contou mais algumas coisas, e cada vez mais eu ficava chateada comigo mesma por não conseguir me lembrar. Jessie.
- Quem é Jessie? - perguntei e ele me olhou um pouco surpreso.
- Sua amiga. - ele disse em um sussurro. - Se lembra dela? - ele perguntou.
- Não. - disse dando de ombros. - Só lembrei desse nome. - falei e sua expressão voltou a ficar tristonha. - Eu vou morar com você?
- Kate você já mora. - ele disse se encostando na poltrona. - Mas respondendo sua pergunta, sim, você vai.
- E vamos dormir no mesmo quarto? - perguntei e ele riu sem humor.
- Somos casados então acho que sim, bom você que sabe.
- E se você se aproveitar de mim? - perguntei e ele caiu na gargalhada como se eu tivesse contado alguma piada. Cara doido.
- Não tem nada ai que eu não tenha visto, nada. - ele disse me fazendo corar. Fingi uma tosse e ele riu fraco me encarando com um sorriso. - Eu quero tanto que a sua memória volte logo. - ele sussurrou.
- O que você faz? - perguntei depois de um tempo.
- Cuido de negócios. - ele disse depois de um tempo pensando.
- Que tipo de negócios? - perguntei curiosa e ele falou algumas coisas, mas pelo que percebi ele estava me enrolando.
- Kate! Temos que terminar mais alguns exames. - disse o médico entrando no quarto.
- Tudo bem. - disse sem vontade. O médico fez os exames que faltavam e logo chamou Justin para conversar, os dois saíram me deixando no quarto sozinha.
POV's Justin
O médico entrou no quarto e fez os últimos exames na Kate e logo que terminou me chamou para conversar. Saimos do quarto e paramos no corredor.
- Não é permanente, ela vai conseguir recuperar. - ele disse sorrindo fraco. Isso era muito bom.
- Isso é ótimo. - eu disse realmente feliz depois de tanto tempo.
- Mas tem um problema, ela pode ficar depressiva depois que recuperar a memória, por causa da perda do bebê. - ele disse. - Já contou para ela?
- Não. - disse e ele assentiu.
- Sugiro que não conte, e tenta não falar disso quando ela recuperar a memória, as vezes isso piora muito o caso da paciente. - ele disse e eu assenti.
- Quando posso levá-la para casa? - perguntei inquieto. Odiava hospitais.
- Hoje a noite se quiser. - ele disse dando de ombros. - So terá que continuar com a monitoração, qualquer coisa venha correndo para cá.
- Tudo bem. - disse sorrindo fraco.
Entrei de volta no quarto e Kate estava impaciente na cama. Ela ficava linda até em roupa de hospital.
- Pronta para ir para casa? - perguntei e ela assentiu depois de um tempo. - Naquela bolsa tem algumas roupas suas, pode se vestir se quiser. - disse me sentando no sofá. Kate se levantou da cama e peguei a roupa dentro da bolsa e entrou no banheiro logo em seguida. Ela parecia aliviada em sair dali.
Uma enfermeira entrou no quarto e foi até a cama da Kate arrumando uns medicamentos.
- Onde esta a paciente? - perguntou com voz de puta oferecida.
- No banheiro. - respondi sem tirar os olhos do celular.
- O doutor liberou a saída dela? - perguntou se aproximando de onde eu estava.
- Se ela esta indo embora. - falei como se fosse obvio.
- Deve ser tão difícil para você, ter uma mulher que não se lembra do próprio marido. - disse querendo me tocar, porem desviei. Mereço um satã desse. - Se precisar de alguma coisa, pode me ligar, estarei sempre a disposição. - disse me entregando um papel com um numero de telefone.
- Te garanto que ele não vai precisar. - disse Kate parada na frente do banheiro, olhando com uma cara emburrada, já vestida e arrumada. - Agora sai daqui logo, antes que as coisas fiquem feias para o eu lado. Não tem vergonha na cara não, dando em cima do marido dos outros e com a mulher dele perto?
- Licença. - ela disse saindo murcha, deu até vontade de rir, mas Kate estava olhando feio para mim. O que eu fiz agora?
- Seu cachorro, sem vergonha, cretino, se você ficar dando asinha para vadias igual a ela eu juro que acabo com o que você mais gosto no seu corpo. Ta avisado. - ela disse pegando a bolsa e saindo do quarto. Será que ela recuperou a memória? Ou foi so um ataque de ciúmes? Seja lá o que for, ela ainda me ama, so não sabe.
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Vida de crime II - Justin Bieber
FanfictionEla o ensinou a amar e ele a ensinou a amar, ambos orgulhosos, ambos deixaram esse orgulho de lado. Brigas, entre tapas e beijos, superação, dor, alegria, tristezas, decepções, mágoas, ódio, amor, paixão. Aviso: Essa obra não é minha, mas resolvi c...