Capítulo 24 - O que aconteceu?

231 10 0
                                    


  - Eu não quero mais. – eu disse batendo o pé no chão.

- É serio? – ele perguntou se jogando na cama.
- Sim, vamos resolver isso juntos, sem separação e sem fingimento, você querendo ou não. – eu disse e ele riu sem humor.
- Já falei que você pode morrer? – ele perguntou.
- Então nos encontraremos no inferno baby. – eu disse sorrindo sínica e ele riu fraco.
- Certeza? – perguntou e assenti. – Só porque eu estava a fim de pegar umas vadias. – ele resmungou me fazendo dar um tapa no braço dele e logo o pateta começou a rir. – É brincadeira.
- Sei. – disse me sentando no sofá.
- Você é muito difícil de entender. – ele disse me puxando pela cintura e se deitando em cima de mim.
- Sou nada. – falei enrugando o nariz.
- É sim. – ele disse beijando meu pescoço. Senti sua língua fazer um trajeto de vai e vem por meu pescoço, e logo em seguida sua respiração em cima de onde sua língua tinha passado. Justin começou a mordiscar meu pescoço, o filho da mãe sabia que aquilo mexia comigo.
Em um movimento rápido grudou seus lábios nos meus e logo pediu passagem, cedi sem nem pensar direito. Sua língua estava explorando cada canto da minha boca. Coloquei minhas mãos em seu cabelo e ele sorriu fraco entre o beijo.
A cada segundo que passava os beijos estavam ficando mais urgentes, quando senti suas mãos irem para a barra da minha blusa me afastei dele em um susto, Justin me olhou confuso.
- Não posso. – eu disse mordendo o lábio inferior.
- Por quê? – ele perguntou sem entender.
- Em alguns dias, acontecem coisas e... – parei de falar sentindo minha bochecha corar, Justin continuou me olhando confuso, mas depois começou a rir.
- Ta menstruada? – ele perguntou sendo direto. Acho que agora eu estava pior que um tomate.
- Sim. – eu disse baixo e ele riu ainda mais.
- Isso é normal. – ele disse dando de ombros e se deitando do meu lado.
- Mas não é uma coisa que eu queira falar com você. – eu disse deitando minha cabeça no peito dele.
- Fresca. – ele disse rindo fraco. Homens! – Tenho que trabalhar. – ele disse se levantando.
- Trabalhar? – perguntei debochada.
- Alguém tem que trabalhar nessa casa né? – ele disse sínico me fazendo pegar uma almofada e jogar na cara dele.
- Ta insinuando que eu não faço nada? – perguntei me sentando na cama.
- Claro que não. – ele disse com um sorrisinho sínico no rosto e entrou no banheiro quando peguei um sapato para jogar nele.
[...]
POV's Justin
- Descobriu alguma coisa? – perguntei para Chris assim que entrei no galpão.
- Esta vindo de Miami. – ele disse.
- Então é a Melissa, tenho certeza. – falei me sentando do lado dele e olhando os papéis de anotações dele.
- Ryan encontrou Samanta morta noite passada, ele e Chaz foram ver se encontravam alguma pista, daqui a pouco aparecem aqui. – ele disse.
- Samanta sempre foi inútil. – eu disse dando de ombros.
- E quando vão colocar o plano em ação?
- Kate desistiu. – disse e ele riu fraco.
– Bieber, ela não é mulher de ficar em casa esperando o marido voltar, você sabe muito bem disso.
- Ela é teimosa, isso sim. – falei.
[...]
- Então já estou indo, fechem tudo ai. – eu disse saindo do galpão.
Entrei no carro e dei partida, não demorou e logo estava estacionando o carro na garagem. Entrei em casa e encontrei Sarah sentada no chão brincando com a Brooke.
- Onde a Kate esta? – perguntei curioso.
- Papai! – disse Brooke se levantando e vindo correndo em minha direção.
- Esta no quarto, ela não esta se sentindo muito bem. – disse Sarah.
- O que ela tem? – perguntei.
- Não falou. – ela disse preocupada.
- Papai vai ali e daqui a pouco volta pra ficar com você. – disse colocando Brooke no chão e indo para as escadas. Entrei no quarto e Kate estava deitada na cama, resmungando. – O que houve? – perguntei me sentando na cama.
- Cólica. – ela disse fazendo careta.
- Quer alguma coisa? – perguntei e ela negou com a cabeça.
- Sarah pediu para ir embora mais cedo, eu disse quando você chegasse ela podia ir. – ela disse dando de ombros.
- Vou lá falar que ela já pode ir. – eu disse me levantando e indo até a porta. Desci as escadas e Sarah ainda estava brincando com a Brooke. – Já pode ir se quiser Sarah.
- Muito obrigada senhor Bieber. – ela disse sorrindo e logo se levantou.
- PAPAI! – chamou Brooke se levantando do chão.
- Fala piveta. – eu disse e ela fez uma careta.
- Vamos sair? – ela perguntou levantando as mãos para que eu a pegasse no colo.
- Para onde você quer ir? – perguntei enquanto ia para a escada com Brooke no colo.
- Não sei. – ela disse brincando com o meu colar e deitando a cabeça no meu ombro.
- Não sabe? – perguntei e ela assentiu.
Entrei no quarto e Kate estava do mesmo jeito, sentei Brooke na cama e me deitei colocando a cabeça no travesseiro.
- Mamãe onde vamos? – perguntou Brooke, Kate se sentou na cama e encarou ela.
- Vamos sair? – ela perguntou confusa.
- Sim. – Brooke disse dando de ombros.
- Vai com o papai, a mamãe não esta muito bem. – disse Kate fazendo um careta.
- Por quê? – ela perguntou.
- Porque a mamãe esta dodói. – Kate disse e Brooke assentiu.
- Quer que eu de um beijinho para sarar? – Brooke perguntou me fazendo rir fraco.
- Sim. – disse Kate e Brooke deu dois beijos na bochecha da Kate.
- Ta melhor mamãe? – ela perguntou e Kate assentiu.
[...]
- Vamos voltar cedo. – disse enquanto Kate terminava de arrumar a Brooke.
- Tudo bem. – ela disse sorrindo fraco.
Assim que Kate terminou de arrumar Brooke, saímos. Brooke estava falando sem parar me fazendo rir as vezes. Entramos no carro e eu a coloquei no banco de trás. Meu celular começou a tocar.
- Fala. – atendi enquanto dava partida no carro.
- Eaew Drew! Cara você não vai acreditar onde eu estou. – disse Ryan animado demais.
- Onde? – perguntei revirando os olhos.
- Vem para aquele lugar perto da antiga estação. – ele disse.
- Não da não, to com a Brooke. – falei e ele ficou um tempo em silêncio.
- Pode trazer ela, não tem problema não. – ele disse depois de um tempo. A Kate ia me matar, mas a curiosidade estava falando mais alto.
- Beleza. – disse desligando o celular e colocando no banco de passageiro.
POV's Kate
Estava descendo a escada, fui para cozinha, minha garganta estava seca. Peguei um copo do armário e peguei a jarra de água dentro da geladeira e tomei. Quando estava colocando na pia, sem querer acabei deixando o copo cair no chão. Droga! Pensei. Respirei fundo e decidi catar os cacos depois. Fui ate a sala verificar se a porta estava trancada, estava com um péssimo pressentimento.
Voltei para o quarto e me deitei na cama. Estava quase conseguindo dormir quando escutei um barulho de coisas quebrando na parte de baixo da casa. Levantei assustada.
- Aqui embaixo esta tudo limpo. – escutei uma voz distante. Fui até a porta com cuidado para não fazer barulho e abri, fui até as escadas devagar e consegui escutar melhor o que eles falavam.
- Eu disse que eles tinham saído. – disse outra voz.
- Então vamos copiar logo os arquivos do computado do Bieber antes que ele volte. – disse outro cara.
- Não acha melhor verificar lá em cima? – perguntou o carinha. Tentei olhar para baixo e vi dois caras encapuzados.
- Com o barulho que você fez esbarrando nos vidros ali, se tivesse alguém tinha descido para ver o que era. – disse o outro ignorante, suspirei aliviada quando eles foram para o escritório do Justin.
Voltei pro quarto em silêncio e peguei meu celular, disquei o numero do Justin e esperei ele atender. Tentei mais três vezes e nenhuma delas ele atendeu. Procurei alguma arma nas gavetas e não encontrei. Onde estavam as armas? Pensa Kate, pensa!
Cozinha!! Me lembrei que Justin guardava uma arma na cozinha, embaixo do balcão. Sai do quarto e desci as escadas sem fazer nenhum barulho, fui para cozinha rapidamente e peguei a arma que estava embaixo do balcão, quando estava saindo sem querer pisei em um caco de vidro grande. Ele entrou no meu pé, mordi o lábio inferior para não gritar de dor.
Esperei para um pouco de doer, o que não aconteceu, então voltei para sala mancando e olhei se a arma estava carregada. A porta da sala estava aberta e de lá podia ver os seguranças no chão. A maioria estava recebendo um carregamento do Justin, então ficaram poucos vigiando a casa. Assim que estava subindo as escadas, meu celular começou a tocar, fazendo o barulho ecoar por toda a sala, peguei rapidamente e olhei o visor, era o Justin. Filho da puta, não tinha hora melhor para ligar não?
- Escutou isso? – escutei a voz na porta do escritório. Fudeu! Subi as escadas correndo e entrei no ultimo quarto do corredor, fechando e trancando a porta.
- Alô! – atendi ofegando.
- Kate, o que aconteceu? – Justin perguntou escutou meu tom de voz desesperado.
- Invadiram a casa, eu não sei quem é. Eles estão na parte de baixo e eu estou so com uma arma. – falei sussurrando.
- Não é ninguém. Foi so um celular tocando. – escutei a voz um pouco abafada por causa da porta trancada.
- E do nada parou de tocar, olha todos os quartos, tem alguém na casa. – disse outro.
- Vem pra cá rápido. – eu pedi eufórica.
- Já estou indo. – ele disse e assenti.
Escutei murros na porta e meu coração faltou sair pela boca.
- Abre a porta gracinha, sei que esta ai dentro. – disse do outro lado. – Se não abrir eu vou colocar ela no chão.
- Eles estão aqui na porta do meu quarto. Não sei o que fazer. - murmurei nervosa. - Justin, eu... Eu preciso desligar. Juro que vou me cuidar, estou com uma arma.
- Não desliga essa porra. – ele disse nervoso do outro lado da linha.
- Acho melhor abrir a porta, minha paciência esta acabando. – disse o cara.
- Provoca ele. – Justin disse.
- Que? – perguntei sem entender.
- Provoca ele, assim como você me provoca quando quer me irritar.
- Justin... – ele me interrompeu.
- Provoca. – ele rosnou.
- Meu caro, não estou a fim de matar ninguém hoje, então acho melhor você pegar seu coleguinha e sair logo da minha casa. – falei firme, escutei uma risada debochada do outro lado.
- A mulherzinha do Bieber acha que pode com a gente. – disse outro cara rindo. – Acabou a brincadeira, abre essa porta.
- Não acho imbecil, tenho certeza. – falei ignorante.
- Já que tem tanta certeza assim, porque não abre a porta docinho? – perguntou o cara dando mais alguns socos na porta.
- Já falei, não quero sujar minhas mãos com sangue, principalmente com o sangue de dois maricas. – falei soltando uma risadinha debochada.
No segundo seguinte a porta já estava no chão, coloquei o celular em cima da mesinha sem eles notarem e os encarei com um sorriso debochado. Esqueci que a arma estava em cima da cama, quando tentei pegar um deles me segurou.
- É uma pena eu não poder te matar agora. – disse o cara pegando minha arma em cima da cama e rindo.
- O que você quer? – perguntei com a voz falha.
- Cadê a valentona que estava aqui a segundo atrás? – perguntou debochado.
- Vê se ela esta na puta que pariu. – falei soltando um sorrisinho.
- Cheia das gracinhas né Kate. – ele disse se aproximando de mim.
- Aposto que é o Bieber que esta no telefone, acertei? Vou deixar você se despedir dele, eu tinha que cumprir regras, mas ver esse seu rostinho bonitinho e não poder fazer estrago nele acaba com a minha alegria, então vou te dar uma morte rápida. Ao contrario delas que iriam querer te fazer sofrer e implorar pela morte.
- Vai em frente seu imbecil. Aperta a porra do gatilho! – falei firme, sem mostrar nenhum medo. – Para de ser covarde, marica, estúpido, seu merda. Vamos esta ai demorando porque? Seja homem pelo menos uma vez na vida e aperta a porra do gatilho!
Senti um estralo no meu rosto, e rapidamente o gosto de ferrugem na boca, ele tinha me batido? Era isso mesmo? Sorri falsa, olhando para ele e balancei a cabeça negativamente.
- Sabe que vai se arrepender disso né? Não se bate na mulher do Bieber sem sofrer as consequências. – falei sorrindo debochada.
- E cadê ele aqui? Em cadê? Cala a boca sua vadia infeliz.
- Eu sou muito feliz, isso posso te garantir. – disse sorrindo falso.
- Abaixa a porra da arma, antes que eu abra um buraco nessa sua cabeça vazia. – disse Justin na porta do quarto mirando a arma na cabeça do que estava na minha frente.
O cara se virou olhando meio assustado para Justin, mas ainda estava mirando a arma para mim. Enquanto o outro estava distraído babando pelo Justin me soltei dele pegando a arma que estava na mão dele e colocando em sua cabeça.
- Burro. – falei baixo.
- Olha so, se não é o Justin Bieber! – disse o cara que estava na minha frente debochado.
- Filho da puta, você já torrou com minha paciência, larga a arma antes que eu arranque a sua cabeça. – Justin disse sem um pingo de paciência.
- Acho melhor escutar ele. – eu disse sem animo.
O cara se virou vendo seu colega encurralado e jogou a arma no chão. Os seguranças do Justin entraram no quarto e seguraram eles tirando o capuz, não conhecia nenhum deles e acho que Justin também não.
- Levem eles pro galpão, daqui a pouco eu vou. – Justin disse e os seguranças saíram arrastando os dois para fora do quarto. – Seu pé esta sangrando.
- Eu pisei no caco de vidro quando fui na cozinha pegar a arma. – eu disse sorrindo fraco.
- Tem que limpar. – ele disse me puxando para sair do quarto, entramos no nosso e Justin pegou um kit de primeiros socorros e colocando em cima da cama.
Me sentei e peguei as coisas para limpar, nem estava doendo tanto assim. Justin ficou sentado na cadeira observando cada movimento meu. Assim que terminei, fiz um curativo e guardei as coisas dentro da maleta de novo.
- Pronto. – eu disse vendo como tinha ficado nada mal.
- Eles fizeram alguma coisa com você? – ele perguntou frio.
- Não. – eu disse e ele bufou.
- E o tapa?
- Não foi nada. – eu disse me levantando para ir guardar a maleta. – Onde a Brooke esta? – perguntei.
- Na casa da minha mãe, quis dormir lá. – ele disse ainda me olhando feio.
- O que foi Justin? – perguntei parando na sua frente e colocando as mãos na cintura.
- Porque não se defendeu? – ele perguntou, me fazendo raciocinar, porque eu não tinha me defendido? – Vamos Kate, eu sei muito bem que você sabe lutar, não precisa de uma arma na mão para se defender.
- E-eu não sei. – eu disse realmente pensando nisso, porque eu não me defendi?
- O que esta acontecendo?
- Eu não sei! Eu não pensei em momento nenhum nisso, eu realmente não sei Justin. – disse abaixando a cabeça.
- Eu vou estar no galpão, não sai de casa. – ele disse indo para porta.
- Eu não vou ficar aqui sozinha. – eu disse. Eu estava com medo, medo de ficar sozinha. O que estava acontecendo comigo?
- Kate. – ele disse me repreendendo.
- Justin a casa acabou de ser invadida por sei lá quem, acha mesmo que eu vou ficar aqui depois disso? – perguntei.
- Não acho tenho certeza. – ele falou dando de ombros. – E a casa esta cercada de seguranças. – ele disse dando de ombros. De novo.
- Não. – eu falei me colocando na frente da porta.
- Kate não complica, toda a paciência que eu tinha já sumiu. – ele disse me olhando estranho.
- Me deixa ir com você? – perguntei tentando ser fofa, não sei se deu certo.
- Não. – ele disse.
- Então você também não vai. – eu disse o encarando. Justin passou as mãos nos cabelos, mostrando a falta de paciência.
- Sai da frente. – ele disse.
- Eu to com medo! Eu não quero ficar aqui sozinha! Tem alguém lá fora que quer me matar. – eu disse triste.
- Conta outra Kate, você com medo? – ele perguntou me encarando.
- Eu não me lembro mais de como me defender. – eu sussurrei baixo.
- O que disse? – ele perguntou.
- Eu não me lembro mais como me defender, simplesmente nem sei mais se consigo imobilizar alguém sem estar com uma arma. – eu disse.
- Kate o que você esta falando é serio? – ele perguntou me encarando, assenti. – Eu vou te derrubar e você vai reagir. – ele disse e assenti.
Justin me puxou pelo braço, me imobilizando, tentei me soltar, mas não consegui. Começou a subir um desespero. Ele me jogou no chão e subiu em cima de mim, não me movi. Justin ficou me encarando confuso.
- Reagi. – ele falou e neguei com a cabeça. – Kate reagi!
- Não. – eu disse com um nó na garganta. Eu não conseguia, a única coisa que eu conseguia era expressar medo. Justin levantou me puxando para se levantar também.
- O que você sentiu? – ele perguntou.
- Medo. – eu disse abaixando a cabeça.
- Isso esta errado!
- Não me deixa sozinha, por favor. – pedi e ele assentiu me abraçando.
- Eu vou te ajudar, prometo. – ele disse beijando o topo da minha cabeça. Assenti apertando ele mais forte.  

Vida de crime II - Justin Bieber Onde histórias criam vida. Descubra agora