Celular Bendito

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''— Princesa, meu amor, meu anjo, shawty...qual você prefere?

— Não sei.

— Já sei, uma mistura de todos.

— Seria....Priamoanshaw?

Ele riu.

— Primolan o que?

Eu ri.

— Priamoanshaw — nós rimos.

— Priamoanshaw....acho que não. — Rimos de novo — Eu estava pensando em cada vez falar um dos nomes. Mas priamoanshaw parece interessante.... — ele disse refletindo.

Eu ri.

— Como preferir. — Dei de ombros.

— Priamoanshaw eu acho melhor você ir dormir. — Caímos na gargalhada. — Viu, esse nome não dá certo, vamos ficar rindo e não é pra rir.''

— Heloísa, você deixou sua roupa no chão do banheiro, filha! — Minha mãe reclamou.

Fechei o caderno com impacto e o guardei suspirando. Benção.

Fui até o banheiro jogando as pernas e pés, depois coloquei a roupa no cesto. Desmotivada, voltei para o quarto e me joguei na cama. Vivi de escrever minhas histórias ontem e hoje, tentando me manter no meu mundinho fantasioso. Mal podia acreditar que já fazia dois dias que o conheci, o tempo passando impiedosamente rápido.

Eu surtara com choros e gritos quando vi as fotos que Fredo de fato postara no seu instagram e as mostrei para todos que apareciam na minha frente na escola. Muitos me esnobaram e alegaram ser alguma montagem ou truque meu, outros me deram sinceros parabéns. Entretanto, o que de fato me importa é que se me concentro posso sentir seus braços a minha volta e ouvi-lo sussurrando "eu te amo" pra mim.

E se as pessoas não acreditaram nas fotos, muito menos nos meus relatos, — com exceção da minha mãe, meu pai, minha família, a Fer e a Soph — que choraram comigo —  o restante ficou desconfiado ou não acreditou mesmo. Se eu pudesse sairia contando até para as flores que abracei ele.

Espera... eu fiz isso.

Meu celular começou a vibrar nas minhas costas, nem percebi que ele estava embaixo de mim. Daqui a pouco o toque "Die in Your Arms" começava.

Coloquei ele no ouvido e cliquei em "atender".

— Alô?


Justin's P.O.V

— Você nem descansou hoje direito, Justin — Scooter me repreendeu.

— Qual é Scooter, estamos no Brasil, você quer que eu me tranque no quarto e durma?!

— Não é para tanto, mas não precisa sair para ir à praia, e correr e nadar, e atender as fãs, e fugir do Kenny, e fugir das fãs.

Eu ri, me lembrando dessa parte. Despistei Kenny, mas depois me vi cercado por uma multidão ensandecida sem proteção alguma. Não me restou escolha a não ser correr, me divertindo em todo o processo.

— Foi divertido.

— Mas amanhã você tem show e foram dois dias seguidos de shows, sem contar as entrevistas, sessões de fotos... você precisava estar descansando hoje para aguentar amanhã — ele pontuou, ainda muito responsável.

— Scoot, meu irmão, — parei na frente da minha porta de hotel e fiz carinho no pouco de cabelo que ele tinha — relaxa, eu tenho dezenove anos, estou legal — pisquei para ele.

November [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora