28. Lições em pedra

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Pasus estava ainda deitado na cama, sentindo a consciência retornar, quando ouviu batidas na porta do quarto e então se esforçou para levantar, ainda estava sonolento. Ele demorou alguns segundos para alcançar a porta e quando girou a maçaneta, viu o guia do outro dia.

- Bom dia - disse o guia, com uma estranha cordialidade e então mostrou uma toalha para pasus - Você gostaria de um banho, antes da refeição matinal?

- Sim - respondeu pasus, ainda confuso, olhando para a toalha.

- Por favor, me siga - disse o guia, se virando e então começou a andar.

O garoto seguiu o guia através do corredor, ainda no processo de despertar e quando chegaram no final do caminho, viu somente mais uma porta. Ele viu o guia se virar, percebendo que o homem mantinha a postura formal e então recebeu a toalha, além de algumas peças de roupa minuciosamente arrumadas.

- Esta é a sala de banho - disse o guia, fazendo um aceno para a porta e então a abriu, sugerindo que pasus entrasse - As refeições matinais começam em trinta minutos.

Pasus entrou na sala e viu que estava em longo corredor, cheio de portas largas, que deixavam o vapor do ambiente atrás delas escapar. Ele andou pelo corredor, tentando encontrar uma sala mais escondida e então escolheu uma das portas, a empurrando levemente.

O garoto esperou que o vapor acumulado na sala se dissipasse um pouco e então atravessou o arco da porta. Ele viu que a sala tinha o tamanho do quarto, aonde havia dormido, assim como um banco, um armário e um buraco no chão, que era a origem de todo aquele vapor.

O menino tirou o macacão, que estava usando e então colocou dobrado em cima do banco. Ele andou na direção do buraco, sentindo a água quente tocar os pés e depois de alguns passos pode sentir que estava com todo o corpo coberto por aquele liquido quente.

Pasus se sentiu totalmente relaxado, percebendo que a água quente fazia com que ele despertasse e esquecesse de tudo que tinha acontecido até aquele momento. Ele fechou os olhos, deixando que os vapores enchessem novamente todo aquele ambiente, querendo ficar naquele situação para sempre.

Pasus estava com os olhos fechados, quando ouviu algumas batidas distantes e então pensou que era um aviso, pois possivelmente haviam se passado quase trinta minutos. Ele saiu rapidamente da água quente, vestindo as roupas dadas pelo guia e então deixou para trás a sala de banho, carregando no braço, a toalha molhada e o macacão.

O garoto vestia agora uma blusa azul meio larga, calças pretas, que estavam um pouco frouxas, mas mesmo estando um pouco largas, as roupas cabiam nele e isso o assustava, pois ficou imaginando como hebes poderia imaginar o tamanho dele com aquela precisão.

O menino foi direto para o quarto, para guardar o macacão, mas assim que chegou no cômodo, se lembrou que o guia não tinha dito aonde seria o café da manhã. Ele começou a ficar preocupado, mas antes que pudesse pensar direito, ouviu batidas na porta do quarto.

- O senhor hebes está aguardando - disse o guia, assim que pasus abriu a porta e então apontou para a toalha molhada em cima da cama - Você se incomoda de me devolver a toalha?

- Não... não - respondeu pasus, pegando a toalha e entregando para o guia

- Por favor, me siga - disse o guia, caminhando pelo corredor

- E os meus colegas? - perguntou pasus, seguindo o guia.

- Eles já se encontram na companhia do senhor hebes - respondeu o guia, sem ao menos se virar para pasus.

Pasus seguiu o guia, saindo do prédio, aonde tinha dormido e então entrou novamente no prédio, que visitou no dia anterior. Ele viu novamente a enorme mesa com vários pratos e então percebeu que gubba, cinis e hebes estavam sentados em volta dela.

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