56. Quatro (Parte 1)

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Antes de começar o capitulo gostaria de agradecer pelos comentários e votos, mesmo que eu não tenha respondido, pois estive afastado da plataforma, e gostaria de dizer que fiquei muito feliz em saber que ainda tenho alguns leitores. Juro que tentarei terminar de publicar o livro... Pois está quase no fim da aventura de pasus.

Agradeço por ler a minha historia, me sinto muito realizado por cada um dos meus leitores!

 Pasus não conseguia aceitar a resposta que estava diante dele, aquela pessoa não poderia ser o pai que ele tanto esperava. Ele andou alguns passos, tentando encontrar alguma coisa que negasse toda aquela situação, algo que permitisse a recuperação da sua esperança, mas havia somente aquele homem, em uma região coberta de correntes.

- Essa pessoa não pode ser o meu pai - disse pasus, deixando as lágrimas escorrerem livremente pelo rosto.

- Os mantis nunca erram, se eles disseram que você é filho dessa pessoa, você é filho dessa pessoa - disse kedar, consolidando o pesadelo de pasus.

Pasus olhou mais uma vez para o indivíduo soterrado pelas correntes e então aceitou que ele era realmente o seu pai. Ele ajoelhou nas correntes, sentindo todo o corpo fraco do pai e então começou a chorar, pensando que tudo que havia feito foi por nada, imaginando que abandonou a família por nenhum motivo.

O menino ficou com a cabeça baixa, pensando na família e em como ela iria reagir quando soubesse do destino do pai. Ele levantou o rosto e levou os olhos até o pai, percebendo o frágil rosto dele, cheio de feridas e quase seco, com somente um distante brilho de vida.

- Nós podemos tirar ele daqui? - Disse pasus, enquanto olhava para o estado do pai, tão decadente.

- Essas correntes são indestrutíveis, então eu receio que não possamos mover ele - respondeu kedar, avaliando o frágil estado do pai de pasus.

- E se conseguíssemos quebrar essas correntes, poderíamos levar o meu pai? - Perguntou pasus, mantendo o olhar no pai.

- Como eu já disse, essas correntes são indestrutíveis, mas se você conseguisse quebrar acredito que Amanda Iria impedir você de levar o seu pai - respondeu kedar, olhando para pasus, tentando descobrir o que o aprendiz estava pensando e então se virou novamente para o pai do garoto - Mas é possível argumentar que no estado atual, ele não oferece perigo a ninguém.

- Certo - disse pasus, com o olhar distante.

Pasus começou a pensar em alguma maneira de destruir aquelas correntes e então levar o pai, para que pelo menos pudesse se despedir da família, mas, depois de alguns segundos pensando, começou a acreditar que não havia nada que poderia fazer para destruir algo indestrutível, mas ainda assim não podia desistir.

O garoto continuou vasculhando a mente, em busca de uma resposta, até que lhe surgiu uma ideia simples, algo tão ingênuo, que poderia funcionar. Ele procurou a semente no bolso, a encontrando rapidamente, e então a segurou, com um único desejo na mente, que aquelas correntes fossem destruídas.

O menino estava segurando a semente, com muita força, quando viu o objeto começar a emitir uma luz forte, que o cegou. Ele estava ainda sem conseguir enxergar nada, quando ouviu o mestre gritando alguma coisa e então toda a luz desapareceu, deixando todo o ambiente em total silêncio.

Pasus esperou a visão voltar e então começou a procurar alguma diferença em volta, mas não encontrou nada, tudo parecia exatamente igual. Ele olhou para as correntes, mas não percebeu nenhuma mudança nelas e então abaixou a cabeça, aceitando que era impossível libertar o pai.

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