Capítulo 9

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A semana passou voando, por causa da correria das aulas, quase não encontrei o Ian, ele estava fazendo estágios e quase não parava mais na faculdade a tarde. O que era uma pena...

Na sexta feira cheguei em casa mais cedo, um professor precisou sair por problemas pessoais, e como já era sexta, já tinha preenchido minha grade semanal, ou seja já tinha estudado todas as matérias. Cheguei em casa por volta de 3 da tarde, falei com meu pai,que estava arrumando um carro na oficina e subi para meu quarto. Almocei uma comidinha que já estava pronta no congelador, tomei um banho e liguei o computador.
Vi que tinha uma mensagem no meu Facebook aguardando para ser lida, abri e quase cai pra trás quando a li. A mensagem dizia o seguinte:

"Bélgica, sinto muito incomodar você, mais o Peter me expulsou de casa, e meus tios já alugaram o quarto que eu dormia lá na casa deles. Será que eu posso ficar aí alguns dias? "

Xx beijos Pitty xx

Quase enlouqueci quando li que o idiota do namorado da Pitty havia a explusado de casa, eu sempre soube que ele era um cretino.
Sai igual uma louca procurando o meu celular para ligar para Pitty naquele momento.

Ela atendeu no terceiro toque.

- Alô! sua voz saiu chorosa, quase inaudível.

-Pitty, você está bem? O que aconteceu? Perguntei preocupada.
Ela não respondeu de imediato, e começou a chorar compulsivamente.

-Me desculpe.. eu... eu...Não tinha mais ninguém pra procurar... desculpe..

-Pitty pare de se desculpar, quero saber aonde você está?

-Estou na rodoviária, não sabia para onde ir...

-Fica aí, estou indo te buscar agora.

Desliguei o celular, peguei as chaves de casa e saí para buscar a Pitty. Saí de casa do jeito que estava, uma bermuda jeans larga, e uma blusa velha de algodão, pedi o carro para meu pai, que depois de eu explicar pra quê precisava,ele rapidamente me entregou a chave.

A rodoviária ficava a 1 hora da minha casa, era bem longe porque não era na minha cidade. Precisava pegar a rodovia, e eu era péssima pra dirigir em trânsito pesado.
Mais pela minha amiga, valia a pena.

Depois de enfrentar o péssimo trânsito da hora do rush. cheguei até a rodoviária, desci do carro e procurei por ela, a avistei sentada em cima de sua mala, com as mãos enterradas no cabelo.
Desci do carro e fui até ela correndo, quando ela me olhou vi que seu olho estava inchado, Pitty desviou o olhar constrangida, e meu sangue ferveu na hora. A minha vontade era de encher a cara dele de soco. Covarde, desgraçado!
Pitty se levantou de onde estava sentada e me abraçou, chorando muito e não pude deixar de chorar também por ver minha amiga nessa situação.

-Vem vamos embora. Peguei a mala dela e coloquei na carroceria da caminhonete, e fiz ela entrar no banco do carona.

-Você está bem? Eu sei que era uma pergunta idiota, quando você sabe que a pessoa não tá bem. Mais eu não sabia por onde começar. .. ela estava em choque.
-Eu peguei ele com outra, na nossa cama.
Pitty falou e senti uma pontada no coração pela suas palavras. Ela deve ter sofrido muito.

-Eu sinto muito Pitty! Sussurrei colocando minha mão sobre a sua.

Fomos em silêncio até chegar na minha casa, ao entrar lá, meu pai estava na cozinha e já tinha feito um café para recebe-la. Não fez nehuma pergunta, apenas desceu e nos deixou sozinhas.

Fiz Pitty tomar um banho e a ajudei a se vestir, vi que seu corpo estava com muitos hematomas, e parecia que já não era de hoje que ele vinha batendo nela.
Nos sentamos na minha cama, e Pitty abraçou o joelho e afundou o rosto entre suas pernas.

As Voltas Que A Vida DáOnde histórias criam vida. Descubra agora