As Voltas Que A Vida Dá

Capítulo 26

Olá amores. Como prometido vou postar o capítulo 26 e 27 hoje. Esses capítulos estão tristes, mais veremos a vida da Bélgica dar uma volta enorme.
Falta pouco para a história terminar, então  não  deixem de acompanhar.
Beijos  ♡♡

Olhei para meu pai sem entender nada, como sair do imóvel? Nós moramos aqui desde antes de eu nascer. Nunca me imaginei fora dela.. peguei meu pai pelo braço e o coloquei em cima da cama, olhei com cuidado seus machucados e achei melhor leva-lo ao hospital, mesmo contra sua vontade.

Ian me ajudou a carrega-lo até o carro, colocando um braço em seu ombro e outro no meu. Dirigimos até o hospital, e fomos rapidamente atendidos, graças ao Ian que estava conosco, porque se não estivesse, com certeza iríamos mofar de tanto esperar. O médico pediu para que o levassem para a sala de raio x, e eu fiquei esperando na sala principal do hospital, junto com o Ian.

-Porque isso foi acontecer? Me perguntei chorando baixinho, Ian puxou meu corpo para mais perto do seu e me abraçou. Senti uma dor terrível, ao ver Meu pai daquela maneira. Logo um estalo invadiu minha mente, me lembrei das ameaças que Dylan fez a mim no dia anterior, dizendo que acabaria com meu pai, se eu não aceitasse transar com ele.

Não conseguiria imaginar que ele teria ido tão longe, além do mais ele ainda deveria estar no hospital, por causa do seu nariz quebrado. Como iria mandar alguém para fazer isso ao meu pai?

Ian percebeu meu olhar parado em um ponto vazio, e me perguntou o que estava acontecendo.

-Será que o Dylan tem alguma coisa a ver com isso? Perguntei o olhando de frente.

-Porque acha isso?

-Ele ameaçou a acabar com meu pai, caso eu não dormisse com ele. Falei e Ian franziu a testa, e cerrou o maxilar, mostrando que havia ficado com ódio ao se lembrar daquela cena.

-Ian... ouvimos uma voz o chamando de longe, e paramos para olhar de onde vinha. Um homem de terno e gravata se aproximou de nós e Ian se levantou para cumprimenta-lo.

-Olá Sr. Garth...

--Então como está você? Faz muito tempo que não te vejo rapaz.

- Estou bem... Ian falou secamente.

-Sabe que o Dylan se meteu em uma briga, e acabou quebrando o nariz?

Quando ouvi o que ele havia falado, levantei a cabeça e encarei mais o rosto daquele homem, e pude ter certeza, ele era o pai do Dylan, o mesmo rosto fino, olhos pequenos e sorriso exagerado.... Ele eram iguais, somente por uma diferença o pai dele, era grisalho, mais conseguia ser mais charmoso do que o Dylan com certeza.

Ian passou as mãos pelos cabelos e respirou fundo nervoso...

-Sr. Garth, será que podemos conversar lá fora? Ian perguntou, e aquele homem fez que sim com a cabeça,  depois me cumprimentou com um olhar e saiu..

-Eu já volto amor... Ian falou me dando um beijo na testa. Pitty estava na sala de espera comigo.

-A família do Sr. Selin? Um médico apareceu lendo uma prancheta pardo. Me levantei correndo e fui até ele esperando boas notícias. 

-Eu sou filha dele. Falei rapidamente  e Pitty se levantou e ficou no meu lado me abraçando... como ele está  doutor?

-Bom ele não teve nenhum osso fraturado, realizamos alguns exames de rotina, pq seu pai disse que não  os fazia a muito tempo, e vou emcaminha-lo para uma tomografia.

-Tomografia?  Há  mesmo necessidade? Perguntei, não  imaginando que pudesse ser algo sério. ..

-Só pra tirarmos todas as dúvidas, fica tranqüila. O médico sorriu e fiquei mais tranqüila.  Logo ele saiu e eu me sentei novamente no sofá, dei uma olhada na janela de onde se via o estacionamento,  e Ian ainda conversava com o pai do Dylan, so que eles pareciam estar exaltados, ele nao deve ter gostado de saber que foi o Ian , que bateu no Dylan, mesmo que ele merecesse.

Logo ele voltou para a sala de espera e o pai dele seguiu seu caminho, vi quando ele entrou em carro muito caro e luxuoso. 
Ian entrou com um olhar preocupado, mais sorriu quando viu que eu o observava.

-E então  tudo bem? Perguntei...

Ian faz uma cara feia e eu não gostei do que vi.

-O pai do Dylan que está responsável pela interdição da casa de vocês. ..

-Eu sabia, era o Dylan que estava  por trás disso... falei  com ódio, aquele cara estava merecendo mais uma surra, mais dada por mim mesma.

-O Sr. Garth garantiu que não,  disse que o proprietário do imóvel, quer o local para demolir e transformar em um shopping.

-Como é?  Um shopping? Vão nos tirar da casa que meu pai vive a quase 30 anos, pra construir um shopping?  Falei indignada...

-Amor, eu sinto muito..  mais fica tranqüila, eu vou falar com o meu pai e ele... o interrompi

-Não, não precisa, meu pai nunca aceitaria ajuda da... você sabe de quem... vamos dar um jeito..

Ele me abraçou e me deu vontade de chorar, como as coisas na minha vida tinham mudado em tão pouco tempo, cadê aquela felicidade que achei que teria? E agora aonde iríamos ficar? Alugar uma casa e uma loja assim em 24 horas, seria impossível.

A noite passou lentamente, andava de um lado para o outro procurando notícias do meu pai, mais ninguém me dava informações,  já havia se passado três horas, desde que o médico foi falar comigo, e depois disso só  silêncio,  eu ja estava ficando nervosa de tanta espera sem resposta. 

De repente vejo o médico passando de longe para entrar na outra sala, e corri até ele para que me desse alguma explicação. 

-E então Dr.? Perguntei ansiosa.
Ele analisou meu rosto e fez um olhar triste.

-Por favor entre, precisamos conversar... falou me dando passagem para sua sala, minha barriga esfriou quando ouvi aquelas palavras. 

-O que aconteceu com o meu pai? Perguntei com medo da resposta, a saúde em sullivan era um caos, não duvidava de meu pai entrar no hospital bem e sair em mal. Embora aquele hospital fosse particular, mais mesmo assim temi por ele.

-Os exames revelaram uma pequena alteração no cérebro,  fizemos e refizemos para ter certeza. Ele colocou os exames no alto contra a luz e me mostrou um ponto com a caneta, era do tamanho da ponta dela.
-O seu pai, está com um tumor... não  sabemos se ele é  maligno ou benigno. Vamos encaminha-lo para a província para que ele faça uma biópsia o mais rápido possível, só assim podemos diagnosticar com exatidão. 

Meu mundo caiu, quando ouvi aquelas palavras, me agarrei ao Ian, e chorei muito, não  conseguia falar nada, apenas chorava. Era muita coisa ao mesmo tempo na minha cabeça, parecia que a qualquer hora ela iria explodir. Ainda mais com os últimos acontecimentos.

Minha vontade era de dormir e acordar com tudo já  no seu devido lugar... como eu queria que esses últimos dias fosse apenas  pesadelo muito ruim.