Me levantei tentando fugir, mais não consegui, eu estava encurralada, não havia lugar para que eu pudesse escapar. Finn se aproximou de mim, e levantou o cinto para me bater, e logo senti a dor eminente daquele objeto na minha pele.
Ele me jogou no chão, e agarrou forte os meus cabelos, de uma maneira que senti uma dor terrível.
-Vou calar essa sua boca suja agora.
-Me solta seu desgraçado.
-Ainda não aprendeu a ficar calada né? Então vai aprender agora.
Ele levantou o cinto mais uma vez e me bateu novamente. Senti a pele esquentar pela dor e gritei em desespero, nunca na minha vida eu havia apanhado do meu pai, nem quando eu era a mais rebelde das adolescentes, ele nunca sequer levantou a mão para mim.
E nunca imaginei que nessa altura da minha vida, isso pudesse acontecer. Meu coração palpitava forte, e eu pensei que ele iria me matar.
-Você pode me bater seu covarde , mais ainda assim a verdade não mudará. Você nunca será igual ao Ian, vai ser sempre esse merdinha que você é.
Ele soltou o cinto, e agarrou no meu pescoço, senti suas mãos apertando forte, e comecei a perceber que ar não estava mais passando para meus pulmões.
-Então, vamos ver se o Ian, vai acabar feliz nessa história. Porque você não vai estar lá pra ver... ele apertou mais o meu pescoço e por mais que eu lutasse eu não conseguia me soltar.
As lágrimas já começavam a rolar pelo meu rosto, ele me mataria se eu não conseguisse me soltar, logo lembrei que ele estava vulnerável na parte de baixo, e com a pouca força que eu tinha, chutei seus documentos fazendo suas mãos sairem do meu pescoço.
Me levantei depressa tossindo e tentando recuperar o ar, olhei para Finn e ele estava se contorcendo no chão, não pensei duas vezes e peguei um abajur que estava na cabeceira e joguei em sua cabeça. Ele não desmaiou, apenas caiu no chão, com a mão na cabeça. Aproveitei esse descuido e corri para a parte de baixo da casa, me escondendo em um cômodo em baixo da escada. Procurei meu celular pelo meu bolso, mais percebi que eu havia deixado ele no meu carro. Eu não sabia mais o que fazer, como eu estava arrependida, porque fui ser tão burra? Porque acreditei e deu confiança ao Finn? Se eu tivesse me cuidado, hoje não estaria nesse sufoco. Que saudades do Ian . .
Enxuguei minhas lágrimas, e pensei, não adiantaria ficar presa no armário do Finn, o jeito seria tentar escapar, enquanto ele estivesse vulnerável lá em cima. Abri a porta devagar, e olhei pela greta, não vendo ninguém abri a porta e sai, meu corpo doía pelos lugares aonde ele me bateu, e percebi que eu estava mancando, o que dificultaria minha fuga.
Olhei para cima na escada, e não vi nenhuma sombra do Finn e nem som algum, imaginei que o caminho estava livre. E corri até a porta de entrada, porém antes de chegar nela, eu bati no George, aquele amigo do Finn que me assaltou.
-Vai em algum lugar princesa? Ele segurou forte no meu braço e sorriu, seu sorriso era maquiavélico e tive muito medo dele.
-Segura ela... Finn apareceu na beirada da escada, com a mão na cabeça e meio tonto, pela porrada que ele levou.
Tentei me soltar daquele homem gigante, mais claro que não fez nenhuma diferença o quanto eu me mexia, ele parecia nem se esforçar para me segurar, já eu usava toda a minha força e mais um pouco.
Fins se aproximou de mim, e bateu no meu rosto com as costas das mãos, até me fez cair no chão.
-Vadia... gritou e depois me puxou pelos cabelos novamente.
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As Voltas Que A Vida Dá
RomanceBélgica Abranches é uma menina pobre e sonhadora, que sempre luta por um destino melhor. Quando seu maior sonho se realiza, estudar advocacia, na melhor univerdade de sua cidade, Bélgica conhece Ian, um homem cheio de mistérios e segredos. Mais ao...