Capítulo Dois

847 44 9
                                    

_ Sra. Kraven - diz o belo Diretor-Presidente, estendendo uma mão com de dos longos para me ajudar a sair da mesa. Esperava que tivesse sotaque britânico, mas não havia nenhum traços de um inglês na sua voz - Sou Edward Collen, quero dizer, "Earl Grey". Sente-se por favor

Ele é jovem, ele é sexy, ele é alto - é o pacote completo. E não tem cinco anos, de jeito nenhum. Nem pode ter mais de trinta. Esta vestido impecavelmente num terno cinza feito sob medida, camisa branca bem-passada e uma gravata preta estampada com carinhos sorrindo. Com seu cabelo castanho desgrenhado e olhos cinzas, é o tipo de cara sobre o qual você quer escrever uma fanfic.

_ Bem, hum - eu digo, aceitando sua mão e pulando fora da mesa. Pisco rapidamente quando nos tocamos: ou o toque dele e elétrico ou estou tendo uma convulsão. De volta ao chão, peço licença para pegar meu notbook e minha mochila, então volto para sentar em sua frente.

_ A Srta. Kraven teve um imprevisto na última hora, por isso me enviou.

_ E seu nome é...?

_ Anna Steal. A Srta. Kraven e eu somos colegas de quarto.

_ Hummmm-hummm - ele disse.

Puxo o mini gravador do meu bolso para configura-lo. O Sr. Grey me observa com um olhar divertido. Provavelmente deve está se perguntando por que estou usando uma tecnologia que ficou obsoleta no dia em que entrou na linha de produção: um gravador que usa um daqueles mini-CDs. Eu me faço a mesma pergunta. A única coisa que sei é que Kathleen é obcecada por coisas vintage. Por exemplo, a banda favorita dela e o Nirvana.

_ Desculpe - eu murmuro - estou tentando descobrir como essa coisa funciona...

_ Sem problemas. Gosto de olhar - ele diz, com um sorriso malicioso.

_ Posso gravar nossa conversa? É para a Kathleen.

_ Não me importo se você nos gravar - diz ele. O jeito que ele fala "nos" me dá um arrepio que sobe na espinha. Será que está dando em cima de mim? Não estou acostumada com esse tipo de atenção vinda de um homem. Nunca fui a "gostosona",  meu corpo é desinteressante por inteiro, da minha cintura fina demais a meu sutiã 42.

_ Kathleen disse como será a entrevista, certo? - eu pergunto.

_ Nunca falei com ela, mas minha assistente disse que será um tipo de revista de negócios.

_ Hum,  sim - eu digo, finalmente entendendo como ligar o minigravador. Se ele não sabe que tipo de entrevista é, não vou ser eu a explicar. - Então, ela me deu uma lista de perguntas para fazer ao senhor.

Ele me olhou com firmeza com seus olhos cinzentos.

_ E...?

Sem conversa fiada pelo visto. Leio a primeira questão palavra por palavra na tela do notbook.

_ O senhor é jovem e chegou longe nos negócios, mais do que a maioria das pessoas chegará durante toda a vida. Qual é o segredo do seu negócio?

Ele sorri.

_ A parte mais importante da minha empresa são as pessoas que eu controlo e aquelas com as quais minha empresa faz negócios. Gasto tanto tempo conhecendo as pessoas e avaliando-as. Eu às inspiro, incentivo e recompenso. Emprego mais de um bilhão de pessoas em meu império, e entrevistei cada uma delas pessoalmente. São todos seres humanos extraordinários. Assim, em suma, meu sucesso tem tudo a ver com as pessoas que estão ao meu redor.

_ Poderia ser sorte - Isso não está nas perguntas de Kathleen, mas eu tenho que sair do roteiro. Ele parece tão arrogante e seguro de si. Quero baixar a guarda dele. Vai ser o maior perfil puxa-saco que jamais saiu na Delícias no Comando.

Cinquenta Vergonhas De CinzaOnde histórias criam vida. Descubra agora