CAPÍTULO 17

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A noite chegou. Esperamos as luzes dos corredores apagassem poderiamos agir com total descrição.

- Está preparada, Rose? - ela me perguntou. Eu estava com a cabeça em outro lugar, em Daryl, na minha família... agora tinha o bebê.

- Estou. - dei de ombros, seguindo para a porta. Abri com todo cuidado possível, não havia ninguém. Olhei para Beth, fiz um sinal com a cabeça, ela me entregou a pistola. Era agora.

Atravessamos os corredores chegando na sala de Dawn, fora como Beth disse, ela se encontrava bêbada. Lhe aplicamos o sonífero a deitamos no chão, pegamos mais três pistolas, munições, suprimentos médicos, facas e chaves da viatura.

- Beth, precisamos de comida, água e roupas quentes. Pegue a chave da dispensa, e as da porta do telhado. - sussurrei.

Ela revirou aqueles imensos olhos verdes.

- Já peguei. Vamos. - percebi sua hesitação quando íamos saindo.

- O que foi? - questionei - vamos!

Não teve respostas em palavras, a única que vi oi a faca de Beth afundada na têmpora de Dawn. Queria dizer algo, ou questiona-la do porquê, mas não. Fiquei calada saindo de lá com as coisas em uma mochila.

Passamos pelos armários pegando o que podíamos. Chegamos a poeta dada ao telhado, tudo corria como previsto, se não fosse por uma coisa: Gorman.

- Olha só! Temos duas garotas malvadas aqui. Para onde vocês pensam que vão com estas mochilas cheias, mocinhas?

Eu e Beth trocamos um longo olhar. Não podíamos deixar tudo a perder. Já estávamos até aqui, Gorman não tinha noção das nossas armas, pelo que vi, ele estava desarmado. Era a única maneira atirar nele.

Seu corpo caiu para trás e pude vê-lo escorregar pela escada.

- Abre logo, Beth! - a essa altura, todos os outros do hospital já poderiam ter acordado por conta do disparo.

A porta fora aperta. Já no telhado, descemos as escadas de incêndio - fosse em outros tempos o pânico ocasionado pelo medo da altura poderia travar minhas pernas, minha sorte foi a adrenalina quem me moveu.

Descemos o mais rápido que podíamos. Quando chegamos Ao mais baixo, vimos uma horda com mais de 300 zumbis se aproximando atraídos pelo barulho do disparo. Atlanta - ou qualquer cidade - era zona morta. Grandes centros urbanos era a casa dos mortos-vivos, o barulho pode foder com você.

- E agora? - pergunta Beth me tirando dos meus devaneios. O horror estampado na sua rubra face me fez pensar rápido; papai havia me digo sobre disfarçar com o odor dos mortos, assim podendo andar sobre eles livremente. Averiguei a área e vi que tinha uns três zumbis perdidos no beco.

- Olha, o que vamos fazer não vai ser bonito, muito menos agradável. - minha respiração era curta. - é o seguinte, iremos pegar um deles e passar o sangue, vísceras, o que der para aproveitar no nosso corpo, assim teremos livre acesso por eles.

A expressão delta passou de "em pânico" à nojo.

- Como, como você sabe se irá funcionar? - saiu fraco. O medo não permitia uma fala natural de Beth.

- Meu pai já fez isso, olha se nós tentarmos chegar no estacionamento assim sem o cheiro deles, não sairemos vivas!

Ela olha ao redor, o cheiro de carne podre e fezes humanas correndo pelas as nossas narinas, a noite pouco iluminada. Não podia permitir o terror invadi-la.

- Olha para mim! - a sacudi - não temos outra saída. Iremos conseguir, Beth!?

Ela assente. A cabeça balançava automáticamente.

Adentramos no beco, andamos silenciosas. Matamos os três com as nossas facas. Eu virei e a encarei, o seu rosto mantinha uma pálidez comum, o suor fazia seus traços brilharem sobre a luz fraca da lua. Respirei fundo e comecei a cortar a barriga do morto - o mesmo avançava um alto grau de decomposição - havia diversos tipos de insetos, vermes e bactérias fazendo o corpo magro sua morada. Abri um vasto buraco arrancando seu intestino.

- Beth, rápido! - ela encarava agoniada os mortos-vivos vindo na nossa direção. - Beth! Vamos.

Pendurei sobre meu pescoço o intestino. A observei passar o sangue misturado com resíduos corporais em si, Beth já apresentava certa calma. Apressei em cuidar da camuflagem, passei também nas mochilas.

Quando fui comunicada da presença dos zumbis por um grito abafado de Beth. Havia apenas uns 30 metros que nos separavam dos mordedores.

- Ei, Beth, - balbucio - não faça barulho. Vamos passar e nada vai nos acontecer. - nada respondeu. - está bem? - insisti.

Beth dá um meneio.

A segurei pela mão, pronta para entrar no mar de mortos, não sabia o que fedia mais nós, ou os mortos.

Tudo acontece como esperado. Não sofremos nenhum tipo de ataque, ouvimos alguns mordedores grunhirem em direção ao Memorial Grady, alguns dos policiais estavam a nossa procura mas, acabaram por recuar ao ver a manada.

Agora era só seguir até o estacionamento, ao virar meu rosto peguei Beth sorrindo, e senti um sorriso nascendo em mim.

Estávamos em frente ao estacionamento, os zumbis seguiram caminho, houve uns 8 que pararam por ali, o que não foi problema.

Abrimos o carro e entramos.

- Conseguimos. - diz Beth eufórica.

- Sim, conseguimos.

- E agora, Rose? - pergunta Beth correndo os olhos pela horda a frente.

- Esperamos eles saírem, abrirem espaço. E então, caímos fora desse inferno.

Encostei a cabeça no banco do motorista. Me dou conta do intestino do zumbi que foi uma mulher esquelética um dia tirando do meu pescoço o jogando fora. Começo a odiar algo em mim... um certo parasita.

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Olá pessoas!

Estão gostando da fic? Ah, eu estou amando!

O próximo capítulo já está escrito mas vou postá-lo no sábado.

A escola tem tomado todo o meu tempo.

Muito obrigada pelo apoio e desejo sucesso a todos!

Com amor,

Johanna *-*

The Walking Dead: Algo para temer [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora