CAPÍTULO 19

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Já passaram 10 quilômetros, a estrada principal virou um cemitério misto - carcaças de automóveis e humanos - pela posição do sol devia ser umas 3h da tarde.

_ Estamos perto. Pegue a próxima saída _ diz Beth olhando o mapa. O que achei estranho.

_ Procura o que? _ perguntei _ não sabe o caminho da própria casa?

_ Lógico que sei, _ recrutou _ estou traçando uma rota mais rápida a Washington.

_ Ah. _ fuguei.

Chegamos na saída instruída por Beth. No longo do trajeto, só havia mato como paisagem, até aparecer uma pequena vila. Não consegui ler o nome na placa.

_ Beth, pode dirigir um pouco? _ suspirei exausta.

_ Tudo bem.

Afundei em meus pensamentos por segundos, fui despertada com Beth do outro lado abrindo a porta.

_ Eu vou ali rapidinho. _ peguei uma garrafinha d'água.

_ Anh?

_ Vou fazer xixi.

Senti que ela iria perguntar sobre a garrafa mas sai rápido. Procurei um local longe dos olhinhos curiosos dela, perto de onde o nosso carro tinha um enorme caminhão e me escondi atrás.

Abri a caixinha azul com detalhes brancos continha 14 pílulas amarelas. Não sabia quantas tomar, precisava de eficaz, decidi engolir 4.

Mas isso não seria justo com o pai... da criança. Eu... eu percebi o gosto amargo das pílulas na minha boca, abri a garrafinha, a água aumentou minha culpa.

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A paisagem bela abre um abrigo. Consola. A culpa assolava meu peito. O balanço vagaroso do carro fazia minhas pálpebras pesar uma tonelada.

Beth falava algo mas tudo parecia tão distante, lento. Vago. Longe. Meu corpo esfriou. Uma camada de suor frio cobria-me por inteira. Por impulso, acabei cedendo aos encantos daquele sono profundo que me chama...

The Walking Dead: Algo para temer [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora