Fernanda

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Acordei no sábado apenas porque a Nat, minha melhor amiga veio me chamar pra ir pro clube. Meus planos eram aproveitar a folga e dormir. Mas como diz a minha amiga, é quase um crime passar um sábado de sol dentro de casa, o dia está perfeito pra uma piscina.

Graças ao céus estava vazia, eu gosto de gente e tudo mais, mas me sinto muito mais a vontade quando o clube está vazio, gosto de tomar banho de sol sem a parte de cima do biquini, o que é impossível quando o lugar está movimentado.

O clube recreativo dos bombeiros fica perto do pelotão onde o meu pai praticamente mora. Aqui no clube tem piscina, sala de jogos e um campinho de futebol. Eu tenho passe-livre aqui, pelo fato de ser filha do capitão todos me conhecem, então posso entrar quando quiser e trazer quem eu quiser.

Após um tempo delicioso de banho de sol e um mergulho na piscina. Eu e a Nat, fomos para o vestiário tomar uma ducha antes de ir para casa. Infelizmente e eu não sei quem inventou isso, os boxes dos chuveiros fica num local fechado, mas com paredes de vidro em direção a piscina, ou seja, quem está na piscina enxerga o que se passa nos chuveiros do clube.

Como o local estava vazio, eu e a Nat estávamos sem a parte de cima de nossos biquinis, tomávamos banho de costas para a parede de vidro, completamente despreocupadas.

Até ouvirmos uns assobios, olhei para trás e tinha uns cinco bombeiros ali, nos olhando. Entre eles estava o Ryan e o Guto.

Olhei para Nat.

- Já disse que odeio esses idiotas?

- Já sim amiga, e eu concordo completamente pela parte de idiotas, mas você precisa concordar que eles são bem bonitinhos.

Revirei os olhos para ela.

- Ei meninas. Por que vocês não se viram para cá, hein?

Olhei para trás, um loiro assanhado estava falando e rindo como um bobo, meus olhos estavam em Ryan, que segurava cem reais na mão, balançando e me encarando.

Virei minha cabeça para não olhar pra ele e gritei:

- Vai precisar mais que cem reais pra me fazer virar.

- Duzentos.

Um rapaz gritou.

- Hahaha.

Eu ri sem olhar para eles.

- Cada um de vocês dá cem.

A Nat que tinha falado. Olhei para ela, incrédula.

- Você está maluca?

Eu sussurrei.

- Relaxa amiga. Não custa nada agradar eles um pouquinho, e ainda mais com quinhentos reais, dá pra gente sair mais tarde para dançar e beber. Vai lá e mostra seus lindos seios pra eles.

- Você está maluca, não vou fazer isso.

Ela olhou na direção deles e então para mim.

- O Ryan está com 5 notas de cem reais na mão. Eu vou me enrolar na toalha e vou lá pegar enquanto você executa o serviço.

A Nat nem me deu chance de dizer não, já saiu para pegar o dinheiro. Assim que pegou, voltou para dentro do vestiário.

- Vai lá Fernanda, quero ver se tem coragem. Aposto que vai sair correndo e não vai mostrar nada pra gente. É uma medrosa.

A voz do Ryan me alcançou e aquilo foi o estopim para que eu me virasse. Antes de fazer, enxerguei a Nelci na porta, ela era a tia da faxina aqui do clube e do quartel. Pisquei para ela, que sorriu para mim.

Então eu me virei.

Paixão em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora