Paixão em Chamas

Ryan

Só podia ser um sonho. 

Não é possível a Fernanda na minha casa a essa hora da manhã, linda pra caralho!

É claro que eu estou sonhando. Essa encrenca veio perturbar meu descanso, só pode. 

Olho para a visão do paraíso na minha frente e só consigo pensar o quanto ela é linda e o quanto eu quero estar dentro dela, logo.

Mas sinto que tem alguma coisa errada nessa bagaça toda. Ela está quieta demais e a doutora encrenca nunca é quieta demais, ela sempre fala e fala e sempre está me xingando e taus. Isso não está normal.

Foda-se!

Ela está na minha casa, mais precisamente no meu quarto, toda gostosa prestes a me atacar. 

Eu estou adorando isso. Não posso negar.

Não consigo desviar meus olhos do corpo escultural dela, quando nosso olhar se encontra ela sorri de uma maneira estranha, mas antes que eu possa questionar qualquer coisa lentamente ela sobe na minha cama e vem em minha direção.

Meu pau fica em alerta imediatamente, estou tão duro que chega a doer. Porra! Só essa maldita é capaz de me excitar tanto assim. 

Ela distribui beijos pelo meu abdômen, estou com tanto tesão que não consigo me mover, estou tão enfeitiçado por ela, ansioso para ter essa boca, para saber o que ela irá fazer. Permaneço calado, apenas sorrindo. Ela vem lentamente e beija a minha boca. A encrenca senta bem em cima do meu pau e eu tenho vontade de jogá-la na cama e  penetrar rápido e fundo. Porém, me contenho. Seu olhar não desvia do meu nem por um segundo e isso só faz com que a minha vontade de tê-la só para mim aumente ainda mais.

Ela continua sentada no meu colo e a sua boca está beijando a minha. Ela quer me dominar, pois suas mãos erguem o meu braço acima de minha cabeça e ela segura forte, embora eu saiba que com o mínimo de esforço eu conseguiria me desvencilhar de seu "aperto". Gosto dessa versão Fernanda. Calada e tão sensual. Então eu deixo que ela pense estar me dominando. Eu sei que ela é mandona e tudo mais, por isso decido "obedecê-la".

Com meus braços acima da minha cabeça, com a Fernanda enfiando a língua dentro da minha boca e rebolando sua bunda gostosa em cima do meu pau, eu não prestei atenção que o aperto que ela exercia sobre o meu pulso era suspeito demais, até o momento em que ela ficou de pé e eu me encontrava amarrado, na minha própria cama.

- Mas que porra é essa Fernanda?! Desamarra essa merda.

- Desculpe Ryan, estou atrasada! Preciso ir agora. Tchauzinho.

Ela se abaixou para pegar o seu casaco e sorria descaradamente para mim. Maldita! Eu sabia que isso não tava certo. Eu sempre soube que a encrenca nunca seria tão fácil assim. Porra! Eu estou com os dois braços amarrados, sei que provavelmente o nó que ela deu não é tão difícil, já que ela não é a pessoa mais forte que eu conheço, embora eu tenha certeza que o Capitão Neves fez questão de ensinar a sua queridinha filha, dicas de como se amarra uma corda, principalmente quando um cara quer trepar com ela.

- Volta aqui Fernanda e me solta.

- Senão???.... Relaxa Ryan, você está provando do seu próprio veneno, aliás... cadê a minha calcinha? Lembra que você pediu que eu viesse buscar?!

Maldita! Maldita! Maldita! Ela está se vingando. Porra!

- Desamarra isso aqui Fernanda, eu não tô brincando. 

Ela soltou uma gargalhada e caminhou em direção a porta.

-FERNANDA VOCÊ VAI SE ARREPENDER POR ISSO!

- Tchauzinho Ryan!

E eu só consegui ouvir o barulho da porta se abrir e em seguida fechar.

Estou fodido mesmo.

Com o pau duro e amarrado na minha própria cama.

Mas essa doutora me paga, ah se paga!!!