Ryan - Bônus

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Ainda estou de ressaca, mas é dia de trabalhar. Então passei no mercado e comprei uns energéticos para levar lá pro quartel.

Ando pela rua me achando o máximo, o fodão que comeu quatro gatas. Caraca, aquelas doidas me cansaram. Passaram a manhã toda na minha casa, usando e abusando de mim. Eu não reclamei, é claro, até fiz almoço pras gostosa. Que após se deliciarem com o meu pau, se deliciaram também com a minha comida.

Não foi fácil mandar elas embora, as maluca não queriam me deixar, mas fiquei com o telefone delas para combinarmos outro dia.

Aproveitei a tarde para descansar e tentar me recuperar da ressaca. Não ajudou muito, mas agora está na hora de trabalhar. Ainda com um pouco de dor de cabeça e com sono, vou andando pro quartel. A sacola com quatro latinhas de energético como acompanhante, e torcendo pra não ter nenhuma emergência hoje. Se tudo der certo, durmo a noite toda no quartel.

Com o canto do olho vejo do outro lado da rua a doutora encrenca saindo de casa. Ela parece irritada, anda olhando para baixo. Nem me viu. Ainda está com o jaleco que usa no hospital e parece que é coisa séria, porque a doida não olha pros lados, segue reto em direção ao seu destino.

Até penso em provocá-la, mas desisto. A porra parece séria e eu não sou maluco de cutucar onça com vara curta. Estou em paz, não preciso da doutora para destruir minha paciência. 

É como aquela música, um homem quando está em paz, não quer guerra com ninguém. Até adoraria me meter numa guerra com a doutora encrenca, mas decido deixar o inimigo quieto. 

Infelizmente meu momento sossego se termina, pois quando chego no quartel percebo que a maior correria, a galera se vestindo rápido, pois o dever está chamando. Entro correndo e já me preparando para ação, enquanto visto a minha roupa o pessoal vai me passando as orientações. Parece que se trata de uma casa pegando fogo, a casa possui dois andares e no segundo andar tem uma criança que não consegue sair. Sem perca de tempo entramos no caminhão e seguimos rapidamente até o local da emergência.

A adrenalina aumenta ao mesmo tempo que o caminhão de bombeiros segue em velocidade máxima até a casa incendiada. O fato de ter uma criança no meio do fogo é extremamente preocupante e faz com que a nossa pressa de chegar até o local se multiplique.

Ao virar a esquina noto que a multidão de curiosos já está a postos, o que acaba atrapalhando a nossa chegada até a frente da casa. Então pulo do caminhão em movimento e corro no meio da multidão gritando para que se afastem, para que o nosso trabalho seja feito.

Vejo uma mulher em lágrimas gritando por "Melina", suspeito que seja esse o nome da criança dentro da casa, me aproximo da mulher.

- Boa noite, preciso que a senhora se acalme e me conte onde exatamente a criança está.

- Minha filha moço, salva a minha filha.

Sinto pena da mulher, que no meio do choro mal consegue falar. No entanto, preciso manter o foco. A prioridade no momento é salvar a criança que está lá dentro e para isso preciso extrair o máximo de informações possíveis.

- Vai ficar tudo bem com a sua filha, eu prometo. Mas preciso da sua ajuda, tente se acalmar e me diga onde a sua filha está.

A mulher tenta respirar fundo, mas tem dificuldades por causa do desespero em perder a filha, uma garota morena se aproxima e abraça a mulher que está em lágrimas. A garota é até bem gostosinha e enquanto abraça a mulher que chora, fica me encarando com um olhar de safada. Eu até aprecio as investidas dela, mas o Ryan bombeiro é o Ryan bombeiro, o cara mulherengo fica pra depois que apagar o fogo.

- Pelo o que eu entendi a Melina estava dormindo quando começou o fogo, ela deve estar no quarto que fica no segundo andar, é aquela janela bem da frente ali. - A gostosinha solta a senhora e se aproxima enquanto me dá as orientações. - Uma moça entrou lá dentro pra tentar salvar a criança acho que um segundo antes de vocês aparecerem, mas ela ainda não deu nenhum sinal. 

Olho para a janela onde a moça aponta e ... puta que pariu. 

Tem uma mulher acenando com a criança no colo, ela grita pedindo socorro. Vejo meus colegas de serviço se aproximarem com a cama elástica para que a moça pule lá de cima. Não consigo ver a mulher direito porque tem muita fumaça, mas meu coração dá um salto quando vejo quem é a heroína.



Oi gente, me desculpem o bônus pequeno, estou no trabalho e postei o que deu.

Na foto, o nosso bombeiro delicia.

E aí? Quem vocês acham que é a heroína? 

Não esqueçam de votar e comentar, hein. Adoro saber o que vocês estão achando da história.


beeijos.


Paixão em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora