Capítulo 48 - Henrique

17.7K 1.1K 16
                                    

Acordei sentindo falta de alguma coisa, olhei para o lado e Fernanda não estava mais alí. Será que ela foi embora? Levantei e seu vestido estava jogado no chão, era um sinal de que ela ainda estava lá. Deve estar na cozinha, saí do quarto indo em direção a cozinha. E lá estava ela com a minha camisa olhando para geladeira.
-Sabia que você ia estar aqui. - falei e ela se assustou.
-Aii, que susto! - falou botando a mão no peito. - Por que sabia que eu estaria aqui?- perguntou.
-Você só pensa em comida agora. - falei e ela me deu língua.
-Idiota! - era disso que eu precisava para a minha felicidade ficar completa. Puxei ela com força e coloquei colada na parede.
-Do que você me chamou? - perguntei, ela me olhou assutada.
-De na...nada! - gaguejou.
-Acho que você me chamou de idiota, isso merece uma punição. - falei e sentei ela em uma cadeira que ficava na bancada da cozinha. A cadeira era alta então ela ficava na altura que eu queria.
-Henrique, você não está pensando em ser bruto não, né? - perguntou e eu apenas dei um sorriso de lado.
-Eu estou carregando um filho seu, vai fazer isso comigo?
-Golpe baixo, mas você não vai escapar! - falei e beijei sua boca com toda brutalidade possível.
-Ai, você é um bruto! - falou e deu um sorrisinho.
-Você bem que gosta quando eu sou bruto com você. Vou te deixar escolher, aqui mesmo ou na cama?
-Em qualquer lugar. - respondeu.
-Essa é a minha garota! - respondi e tirei minha cueca, teria que ser rápido. A qualquer momento Maria podia chegar e pegar a gente aqui. Botei suas pernas em volta da minha cintura e entrei nela com força. Ela estremeceu na hora e gemeu no meu ouvido.
-Acho melhor a gente ir para o quarto! - falei e saí com ela no colo. Deitamos juntos na cama e fizemos um sexo bruto, do jeito que eu gosto e só conseguia fazer assim com a Nanda. O que era engraçado, afinal ela não tinha experiência  mas conseguia me enlouquecer com pequenas coisas.
Ela estava deitada no meu peito enquanto acalmava a respiração.
-Eu preciso ir trabalhar. - falou levantando. Eu observei ela nua e fiquei pensando em como eu não queria ver ela grávida, ela  ficou mais linda ainda com essa barriguinha. Imagina quando meu pequeno nascer, eu tive sorte. Minha família estava completa e perfeita. Nanda era única e madura, o pequeno que ela carrega vai ter suas qualidades e a Sophia era perfeita. Falando em Sophia, minha mãe tinha uma reunião agora de manhã.
-Merda! - levantei rápido e botei a primeira roupa que apareceu.
-Que foi?
-Esqueci que eu tinha que buscar a Sophia agora de manhã. - ela balançou a cabeça e riu.
-Quer ir comigo? Depois te levo pra casa ou para o hospital.
-Eu vou com você e depois vou direto para o hospital. Lá eu boto meu jaleco por cima da roupa.
-Entendi, vamos? - estendi a mão para ela que pegou e saímos do apartamento indo direto para a casa da minha mãe.
-Quer entrar?
-Não, vou ficar aqui. - respondeu enquanto eu saia do carro. Entrei correndo em casa e minha mãe já estava pronta.
-Está atrasado!
-Desculpa, Dona Juliana. Cadê minha boneca? - perguntei e ela me levou para um quarto. Quando entramos eu me assustei, o quarto estava exatamente como o quarto que a Cláudia tinha montado no seu apartamento.
-Por que você fez isso? - perguntei.
-Porque gostei desse quarto e a sua filha tem que ver que a mãe fez algo por ela antes de morrer. - respondeu e eu observei o quarto, ele era tão simples e bonito. Olhei para a parede e tinha uma foto da Cláudia grávida e sorrindo. Ela estava bonita na fota.
-Aqui está a coisinha gostosa da vovó! - falou minha mãe com a Sophia me fazendo acordar dos meus pensamentos. Pegou Sophia e me entregou.
-Oi, papai estava morrendo de saudade de você! - falei com a minha pequena.
-Preciso ir agora!- me deu um beijo e beijou a Sophia.
-Antes de você ir quero te contar uma coisa. - falei e minha mãe parou na mesma hora. - Acho que eu e a Nanda estamos voltando. Ainda não definimos bem, mas passamos a noite juntos.
-Meu filho, estou muito feliz por vocês dois. Demorou para acontecer! - falou e me abraçou.
-Preciso ir, ela está me esperando no carro.
-Por que não entrou?
-Ela não quis e também eu não ia demorar! - respondi e saí do quarto.
-Então tá. Mande um beijo pra ela. - falou e eu acenei indo em direção a porta. Saí e abri a porta do carro para colocar Sophia na cadeirinha.
-Princesa do papai! - falei e beijei sua bochecha. - Tenho que comprar outra cadeirinha para o seu irmão! - falei com a Sophia, que estava só me observando.
-Henrique, ainda falta 3 meses para o nosso filho nascer. Vai com calma!
-Tenho que estar preparado! - falei e ela caiu na gargalhada.

[...]

Parei em frente ao hospital.
-Tem certeza que você tem que trabalhar?
-Sim, tenho.
-Quando eu posso te ver de novo?
-Henrique, vamos com calma!
-Pra que ir com calma? Eu te amo e você também me ama! O que mais vamos ter que esperar?
-Eu preciso me acostumar com isso novamente. - falou e eu senti a sensação de estar perdendo ela de novo. Ela me deu um selinho.
-Por que parece que está se despedindo?
-Porque eu estou indo embora. - respondeu saindo do carro, e antes de fechar a porta ela falou:
-Eu amo você, Henrique. - sorriu - Eu te ligo quando chegar em casa.
-Tudo bem, também amo você! - respondi e ela fechou o carro.
Eu segui para o escritório, vou passar pra pegar uns papéis e ir trabalhar em casa.

[...]

Estava dando banho na Sophia quando meu celular tocou, era a Fernanda. Atendi com Sophia ainda enrolada na toalha fazendo graçinha.
-Oi. - falei meio distante.
-Oi, tá tudo bem?
-Sim, estou bem. E você??
-Melhor impossível. Está ocupado?
-Não muito. - respondi botando o celular no viva-voz e indo colocar uma roupa na Sophia.
-Eu to com saudades de você já! - ouvir aquilo me surpreendeu.
-Eu também. - respondi.
-Posso ir aí? Só pra ver você e a Sophia!
-Claro que pode, sempre que quiser.
-Ok, eu vou em casa me arrumar e pegar meu carro e passo aí.
-Estarei te esperando. - respondi.
-Tudo bem, beijos.
-Beijos. - desliguei e terminei o que estava fazendo.
Botei a Sophia para dormir e fui para cozinha comer alguma coisa.
Meia hora depois a campainha tocou. Fui atender e Fernanda estava só de short e camiseta. Estava atraente, apesar de estar tão natural.
-Oi, amor. - falou e me deu um selinho.
-Oi, Nanda. - respondi e dei espaço para ela entrar.
-Cadê a Sophia?
-Dormindo, no quarto. Pode ir vê-la, se quiser.
-Tá bom. - respondeu e saiu indo em direção ao meu quarto. Fui atrás e fiquei observando ela cantar baixinho para a Sophia, fez carinho no seu rosto e logo olhou pra trás. Me deu um sorriso e veio na minha direção, me puxou para fora do quarto e me beijou. Eu não entendia essa mulher, uma hora quer ir com calma na outra está me agarrando como se nada tivesse mudado.
-Eu preciso de você! - falou e me encurralou na parede.
-O que está acontecendo com você? - perguntei assustado.
-Hormônios! - respondeu enquanto beijava meu pescoço. Vou aproveitar, a levei até o sofá e comecei a beijar seu corpo. Mas ela parou e ficou em cima de mim, ela queria estar no comando. Beijou meu corpo inteiro e mordeu meus lábios enquanto me beijava.
-Eu quero você dentro de mim como na primeira vez! - falou e eu sentei.
-Você vai me ter sempre que quiser! - sussurrei no seu ouvido. Ela estava sentada sobre mim beijando meu pescoço e puxando meu cabelo, liberei meu membro e puxei seu short. Fiquei esperando pra ver a sua reação.
-O que você está esperando pra entrar em mim logo? - perguntou irritada. Eu ri com aquela situação e entrei nela bem devagar. Comecei a me movimentar devagar e fui aumentando o ritmo aos poucos.
-Henrique. - sussurou no meu ouvido atingindo o seu limite. Mais umas estocadas dentro dela e eu atingi o meu limite. Estava ofegante e satisfeito.
-Você me perdoa? - sussurrou no meu ouvido ainda ofegante.
-Pelo o quê?
-Por ter feito a gente viver esse inferno, por te pedido para irmos com calma, por ter te falado coisas horríveis, a lista é infinita. - falou me surpreendendo.
-Você não precisa me pedir perdão. As pessoas cometem erros na vida, até mesmo aquelas que amamos. E você não errou em nenhum momento. - falei.
-Foi preciso a noite de ontem pra eu perceber que eu ainda te amo demais. E que viver sem você é a pior coisa do mundo! - falou e senti as lágrimas caírem no meu ombro.
-Ei, não chora. Eu estou aqui, Fernanda. E sempre vou estar.
-Depois que você me deixou hoje, eu percebi que eu só tinha paz quando estava com você. E eu trabalhei o dia inteiro pensando em quando eu poderia te encontrar de novo e fazer amor com você até amanhã. - falou e eu dei um sorrisinho de lado. Botei uma mecha de cabelo atrás da sua orelha e beijei sua testa.
-Eu te amo! Você me transformou em uma pessoa melhor, me mostrou que o amor é a coisa mais importante do mundo. Que sem amor a vida não tem graça. Eu quero passar o resto da minha vida com você, porque você foi e sempre será a única mulher que eu vou amar na vida! - ela me olhou e lágrimas escorreram dos seus olhos.
-Amor da minha vida! - falou e me beijou. E alí nos perdemos novamente um no outro. Eu amava essa mulher.
Ela estava adormecida nos meus braços e eu estava observando ela a horas. Resolvi levar ela na cama, beijei sua testa e a sua barriga. E foi então que eu me toquei que tudo antes dela foi um nada, a minha vida começou quando eu conheci a Fernanda e eu faria qualquer coisa pra manter ela na minha vida para sempre. Sophia começou a chorar e eu levantei para acalmar a pequena.
-Ei, gostosa do papai. Está com fome? -  pergutei e levei ela pra cozinha. Dei a mamadeira dela e ela dormiu após estar saciada. Voltei para o quarto e coloquei Sophia no berço, deitei e fiquei pensando em me mudar. Essa casa vai ficar pequena para nós quatro, mas eu não queria me mudar sem a Fernanda comigo. Quero casar com ela de novo, mas ela vai querer esperar o neném nascer. Vou ter que esperar tanto tempo, mas vai valer a pena. Beijei a testa dela e a abracei. 

Apenas Um Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora