28. Para Sempre

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Kai me olhava completamente chocado. Como se eu tivesse dito algo realmente impactante. Seus olhos azuis pareciam a ponto de saltar das órbitas.

— O-O que você disse?— gaguejou, ainda em choque.

Deslizei as pontas dos dedos por seu peito nu.

— Eu disse que quero fazer amor com você — sussurrei de novo, ficando completamente vermelha.

E para reforçar meu argumento, o beijei com muita vontade, querendo sentir o sabor doce de seus lábios. Kai retribuiu meu beijo, ainda confuso.

Ele afastou meu rosto de forma delicada. Olhei para ele magoada.

— Você… Você não me quer? — perguntei, com a voz, vacilando levemente, a ponto de chorar a qualquer momento.

Kai encarou-me alarmado, como se a menção ao meu choro o assustasse.

— Não, meu amor… É claro, que eu quero você — murmurou, rapidamente — Meu Deus, como eu quero você! Se soubesse o que faz comigo. 

Funguei.

— Então por que está me afastando? 

Ele riu. E me senti mais boba, ainda.

Eu estava me abrindo para ele daquela forma e Kai ficava rindo!

— Eu não estou me afastando, Bon. Eu nunca faria isso — respondeu ele — É só que… você me pegou de surpresa. Pensei que você não… quisesse... agora.

Eu olhei no fundo de seus olhos azuis.

— Mas eu quero — disse firmemente.

Kai franziu os lábios.

— Bonnie, você está fazendo isso por causa do que eu disse lá no lago? — questionou, acariciando meu rosto — Sobre o que eu sinto por você? Sei que não sente o mesmo por mim e não quero que se sinta obrigada a fazer isso ou qualquer coisa para me agradar. Você já é tão boa comigo.

Franzi as sobrancelhas.

— O quê? — questionei, confusa — Eu não estou fazendo isso por "obrigação" ou para "agradar" você, Kai. Eu realmente quero isso, fazer amor com você, porque… porque..

Kai fitava a mim seriamente, mas tinha um desejo contido em seu olhar.

— Por quê, Bonnie?— perguntou ele.

Suspirei, tomando coragem para dizer o que jurei que não contaria a ele.

— Eu adoro seu cheiro — sussurrei, inspirando em seu pescoço devagar, Kai mordeu o lábio — Adoro seu sorriso — disse, acariciando aquela covinha linda no cantinho de sua bochecha, ele sorriu minimamente — Adoro sua voz, seus olhos azuis, perfeitamente revoltosos — murmurei, olhando intensamente em seus olhos — Eu amo o seu beijo — disse eu e toquei seus lábios suavemente com os meus. Ele arfou, fora de si. Afastei minha boca da sua, contendo o desejo — E eu quero fazer isso porque estou ridícula e perdidamente apaixonada por você, Kai. 

Ele franziu as sobrancelhas, confuso e surpreso. 

— Eu sinto o mesmo que você sente por mim, seu sociopata idiota e lindo —sussurrei, emocionada. E senti uma lágrima correr pelo meu rosto.  Kai a secou com o polegar — Eu adoro você — sussurrei a mesma frase que ele me disse no carro ao voltarmos para a cabana.

Naquele momento, eu não demonstrei, mas se ele soubesse a onda de felicidade que me inundou com aquelas três palavras.

Kai sorriu daquela forma linda, com aquelas covinhas maravilhosas.

Convergência Sombria | Bonkai | EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora