14. Entre dois idiotas e minhas descobertas

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Ok.

Jeremy Gilbert, estava parado na minha frente. E estava lindo como sempre, com aqueles olhos castanhos e aquele sorriso lindo. O meu sorriso.

Tentei conter a vontade idiota de pular nos braços dele. 

A última vez em que falei com ele, foi por telefone, para me despedir dele quando o Outro Lado — uma espécie de dimensão fantasma — estava sendo engolido por aquele nada e pensei que fosse morrer. Mas, graças a minha avó, fui mandada para o Mundo Prisão, juntamente com Damon, que na ocasião segurava minha mão. E depois que voltei, Jeremy já havia ido embora de Mistyc Falls para começar vida nova. Até liguei para ele, mas nunca retornou minha ligação. E pensei que tudo havia acabado ali, mas ao vê-lo, naquele grande salão senti aqueles sentimentos ressurgindo outra vez.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, totalmente embasbacada.

Claro. Que jeito incrível de se começar uma conversa, Bennett, pensei com sarcasmo.

Ele não disse nada, apenas veio em minha direção, me pegando em um abraço apertado. Nem consigo descrever a sensação de alívio que me percorreu ao sentir o familiar calor de seu corpo contra o meu.

Casa, pensei, suspirando de felicidade. Jeremy é minha casa.

— Senti tanto a sua falta — sussurrou contra meus cabelos.

— Eu também — me permiti dizer.

Nosso abraço foi interrompido por um movimento brusco.

Abri os olhos, vendo Jeremy ser afastado de mim por um Kai extremamente irritado.

— Sai de perto dela — sibilou ele, encarando Jeremy com os olhos cinza frios e calculistas.

Jeremy estava com uma expressão furiosa estampada em seu rosto meigo.

— Não, sai você de perto dela, seu doente — rosnou também, muito, muito irritado — Vem, Bonnie.

E pegou meu pulso me puxando consigo, quando senti outra mão agarrando meu outro pulso.

Virei—me para um Kai possesso de ódio.

— Larga minha mulher — disse ele, me puxando e dando uma empurrão em Jeremy.

— Ela é minha namorada — cuspiu Jeremy, dando um empurrão mais forte em Kai.

Os dois largaram meus pulsos e foram na direção um do outro.

Vi Kai cerrando os punhos, pronto para dar um soco em Jeremy, que fazia o mesmo. Entrei na frente deles antes que começassem uma briga na frente de todos.

Coloquei minhas mãos sobre o peito dos dois, os afastando um do outro.

— Qual é o problema de vocês dois?! — perguntei, completamente irritada, com aquela demonstração de excesso de testosterona — Eu não sou um pedaço de carne para ser disputada!

Olhei friamente para Kai.

— Você não é meu dono — avisei para sua cara fechada. Olhei do mesmo modo para Jeremy. — E você não pode sair me arrastando assim como se fosse um homem das cavernas — ralhei, vendo-o olhar para o piso com um semblante de raiva e culpa. Prossegui — Eu não sou nenhuma propriedade idiota, ouviram?! — murmurei olhando de um para outro.

Kai e Jeremy ainda se encaravam com a mesma fúria, mas boa parte dela havia cedido.

— Idiotas! — bufei, louca de raiva. 

E comecei a caminhar para longe deles.

— Bonnie! — ouvi aqueles trogloditas me chamando ao mesmo tempo e os ignorei completamente.

Convergência Sombria | Bonkai | EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora